Eu li: Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki, em memória da já falecida Baek Se Hee aos 35 anos.
Baek já travava uma batalha contra a depressão, e foi por causa dessa luta que ela escreveu seu livro. Foi muito transparente quando descreveu suas seções com seu psiquiatra.
Pensei muito se deveria ler o livro nesse momento. Dias após a notícia do falecimento de Baek, ele já estava há vários meses no meu carrinho; meu medo eram os gatilhos que poderiam vir com essa leitura.
Como escritora de um livro que também aborda o mesmo tema que ela enfrentava, fiquei muito abalada com essa devastadora notícia; a causa da morte não foi revelada.
Foi inevitável não pensar que eu também acabaria vivendo o mesmo desfecho que Baek.
” A arte me deu fé: fé de que hoje pode não ter sido um dia perfeito, mas, ainda assim, foi um dia bastante bom; ou fé de que, depois de um longo dia depressivo, ainda consigo cair na risada por causa de algum pequeno detalhe…”
”Pela prática muito pessoal dessa arte, espero encontrar meu caminho até o coração dos outros, assim como este livro encontrou o caminho até suas mãos.”
Logo de cara, me identifiquei muito com a autora, pelo desejo de que nossa escrita, ou a nossa história, toque outras pessoas que também se veem diante desta luta.
Eu amei ler essa obra, foi leve, triste, impactante, mas muito enriquecedora.
Baek deixou um legado, mostrou a importância de cuidar de suas dores, medos, traumas, afinal de contas, todos temos algo a melhorar e monstros a matar.
”Só escrevo quando o tempo, meu corpo e minha mente estão sombrios. Quero escrever coisas boas.”
Em memória de Baek Sehee