O Diário de Anne Frank, foi aquela leitura que muda algo por dentro, que perpetua toda sua vida. Conheci a história de Anne com exatos treze anos como a nossa protagonista.
E sim, me tornei escritora por sua causa Anne. Para marcar a minha geração, com meus medos, minhas lutas, minha história.
Ela encontro abrigo por entra páginas de livros, assim que soube pelo rádio, quando a guerra acabasse, eles irão recolher cartas, diários tudo o que posse possível, para publicar e mostrar as atrocidades acontecidas.
Uma adolescente que precisou enfrentar uma Guerra, que tirou toda sua dignidade, sua casa, sua família, sua alma.
Eu guardo até hoje a sensação de discorrer por cada linha, de sofrer junto com ela, era como se eu estivesse ali no esconderijo.
ficar em silencio durante o dia para que ninguém desconfiasse dividir aquele pequeno espaço com pessoas que ela não conhecia e ser adolescente.
No dia 4 de agosto de 1944, o grupo foi traído misteriosamente e teve a localização do esconderijo revelada para a Gestapo, acabando por serem transferidos para diversos campos de concentração.
Em companhia de sua irmã, Margot Frank, a jovem foi transportada até Bergen-Belsen, onde, morreram vítimas de tifo epidêmico, em um dia desconhecido de fevereiro ou março de 1945.
Após o final da guerra, o único sobrevivente do grupo foi o pai de Anne, Otto Frank, que retornou para Amsterdã e descobriu que o diário da filha havia sido salvo por Miep Gies, uma das funcionárias da empresa que havia ajudado a família durante a vida em esconderijo.
Otto publicou o diário em 1947 e, desde então, foi traduzido para mais de 70 línguas e comercializou cerca de 35 milhões de unidades em todo o mundo.
Além disso, autores têm reconhecido o impacto do livro sobre a humanidade ao longo dos anos, sendo referido como fonte de incentivo para políticos como Nelson Mandela e Eleanor Roosevelt.
Em 1960, foi inaugurado o museu Casa de Anne Frank, ponto turístico que tem atraído mais de 1,2 milhão de visitantes anualmente. (quero um dia conhecer).
Antecedentes e esconderijo (1942)
No seu aniversário de treze anos, em 12 de junho, foi presenteada por seus pais com um livro de autógrafos que havia demonstrado interesse anteriormente enquanto passava por uma vitrine; encadernado com um tecido xadrez em vermelho e branco, o material era composto por um pequeno cadeado em sua parte frontal.
Ela decidiu que o usaria como diário, nomeando-o como “Kitty”, escrevendo pela primeira vez em 20 de junho; embora suas primeiras anotações fossem relacionadas aos aspectos mundanos de sua vida
Em 5 de abril de 1944, Anne escreveu sobre o seu desejo em tornar-se uma jornalista ou escritora
”Eu finalmente percebi que devo fazer o meu trabalho escolar para não ser ignorante, para seguir em frente com a vida, para me tornar uma jornalista, porque é isso que eu quero! Eu sei que posso escrever…
Mas resta saber se eu realmente possuo talento…
E se eu não tenho talento para escrever livros ou artigos de jornal, sempre poderei escrever para mim mesma. Mas quero alcançar mais do que isso.
Eu preciso ter algo além de um marido e filhos para me dedicar!
Quero ser útil ou divertir todas as pessoas, mesmo aqueles que nunca conheci. Eu quero continuar vivendo mesmo depois da minha morte!
E é por isso que eu sou tão grata a Deus por ter me dado esse dom que posso usar para me desenvolver e expressar tudo o que está dentro de mim! Quando eu escrevo, posso me livrar de todas as minhas preocupações.
Minha tristeza desaparece, meus espíritos são renovados! Mas, e essa é uma grande questão, algum dia serei capaz de escrever algo extraordinário, irei me tornar uma jornalista ou escritora?”