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Meninas Malvadas | Um ícone que não pode evitar ser popular!

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É completamente impossível você viver no planeta Terra tendo acesso a tecnologia e nunca ter ouvido a tão famosa frase “Nas quartas nós usamos rosa!”. Pois bem, esta como inúmeras outras referências vêm do filme Meninas Malvadas (Mean Girls), lançado em julho de 2004 com o roteiro de Tina Fey e direção de Mark Waters.

Estrelando as lindíssimas Rachel McAdams como a icônica Regina George e suas parceiras Amanda Seyfried como Karen Smith e Lacey Chabert como Gretchen Wieners, o trio esbanja glamour pelos corredores do colégio. Até que chega a estudante novata Cady Heron, incorporada por Lindsay Lohan, que promete bagunçar ainda mais o bando de adolescentes do Colégio North Shore.

Intrigas adolescentes, romances frustrados, amizades marcantes e inimizades mais ainda, temos um exemplo de referência cinematográfico. Sendo “03 de Outubro” ou não, Meninas Malvadas é um marco a ser relembrado em qualquer época e por qualquer geração.

 

A Menina que veio da África

A trama se inicia com a adolescente Cady Heron se mudando com seus pais para os EUA, depois de uma temporada na África. Seus pais são cientistas e trabalhavam lá enquanto a educavam em casa, mas com uma nova oportunidade, se mudaram para a América e a menina pisou numa escola pela primeira vez, já tendo de encarar o pessoal do Ensino Médio numa escola para lá de hierárquica.

Depois de sofrer na mão da galera que não entendia sua ingenuidade perante o cotidiano de uma escola normal, ela faz amizade com dois adolescentes que começam a explicar as “leis” da popularidade. Grupinhos de atletas, viciados em estrelas, os “esquisitões” e então as famosas “Poderosas”…

 

“Nas Quartas Usamos Rosa”

Ao perceberem a garota nova, o trio mais descolado da escola fica curioso e a chamam para conversar. Notando o interesse delas pela menina, a amiga de Cady, Janis, que teve um passado conturbado com Regina, convence a amiga a fingir interesse pela amizade e se infiltrar no trio para se vingar do que passou nas mãos da menina anos atrás. Desta forma, Cady começa a se inteirar além das regras “comuns” do Ensino Médio, às regras das “Poderosas”.

“Você usa um rabo de cavalo no máximo uma vez por semana!”
“Jeans e moletom são só nas sextas!”
“E nas quartas… Usamos rosa!”

“03 de Outubro”

Como qualquer adolescente normal, Cady conhece um garoto na escola e se apaixona ao primeiro olhar. Mas, para sua infelicidade, o rapaz é ex-namorado de Regina, a líder no novo grupo de “amizades” da garota. Sendo assim, ao contar o que estava acontecendo para Karen e Gretchen, as meninas falam sobre a regra de “ex-namorados são proibidos para melhores amigas”. E esta regra até podemos concordar e passar um pano, né? Mas…

Apesar do aviso, a garota continua suspirando pelo tal Aaron Samuels, mesmo sabendo que ele estava “proibido” para ela.

Até então, Cady não tinha entendido a razão de sua amiga, Janis, odiar tanto as Poderosas e principalmente a Regina. Mas após descobrir que a Gretchen tinha contado a líder o interesse da novata pelo seu ex, Regina diz que estava tudo bem para ela e que não se importava.

Cady, feliz, começa a falar mais com o rapaz pensando de fato ter alguma chance futura com ele.

“No dia 03 de outubro ele me perguntou que dia era… 03 de Outubro”.

 

Abelha Rainha

Numa bela noite de festa de Halloween, Cady vai fantasiada a moda antiga (ex-esposa / noiva zumbi) enquanto todo o restante do colégio vai com fantasias sensuais que dificilmente deveriam ser vistas como fantasias. Mas assim vemos que apesar das aulas de popularidade, a garota ainda não se encaixa no cotidiano daquela escola.

E enquanto estava se iludindo com Aaron, Regina que havia prometido falar com ele a respeito dela, vai conversar com ele e deixa a menina sonhadora… Até que vê a líder tascando um beijo no boy e enfim transformando a novata que veio da África, na sua maior inimiga.

“Aquela é Regina George, é o mal em figura de gente, ela parece uma garotinha egoísta, traiçoeira e descarada, mas na verdade ela é muito, muito mais que isso…
Ela é a abelha rainha, estrela, as outras duas são os zangões dela.”

 

“Isso é tão barro!”

Aos prantos, Cady se reúne com Janis e Damian para planejar a destruição de Regina e seu “Exército de Galinhas”. Num esquema de vai e vem de sabotagens e maldades adolescentes, as meninas começam a se enfrentar por debaixo dos panos deixando a trama muito intrigante (risos).

Daqui para frente o filme só melhora!

Regina George mostrando sua maldade e Cady Heron mostrando que pode ser igual ou até… Pior.

 

Jingle Bell Rock

Se existe um marco neste filme além das frases icônicas, é o momento da apresentação de Natal! Certamente você já viu um grupo com a roupa de ajudantes do Papai Noel como na imagem acima. E como tradição do antes trio, agora quarteto das “Poderosas”, em toda a apresentação elas faziam sua coreografia da música natalina “Jingle Bell Rock”.

Quem já assistiu ao filme, certamente toda vez que houve esta música, vem um pedacinho da coreografia na memória. E particularmente falando por mim mesma, é tocar a música que já saio dançando porque os passos grudam na cabeça! Me julguem! (risos).

 

Livro do Arraso

Com as armações dos dois lados acontecendo, Cady acaba descobrindo que a Regina trai o Aaron e encontra uma forma dele ficar sabendo disso… Dessa forma, o rapaz termina com a líder que por dois minutos aparenta estar arrasada, mas rapidinho já está de agarro com o novo namorado que antes era amante.

Agora com o caminho livre até o rapaz, Cady vai com tudo para cima, mas tudo acaba muito mal e a novata deixa Regina extremamente furiosa, na sua pior forma possível de adolescente revoltada.

Um livro completamente rosa, com marcas de beijos de batom na capa e um ar super de “patricinha”… Já viu algo do gênero por aí? Pois então, as “Poderosas” tinham o hábito de expor as piores atitudes e defeitos de todos os alunos do colégio justamente neste livro aí, que chamavam “Livro do Arraso”. Além de ser uma ação de péssimo gosto, haviam segredos graves naquelas páginas e suposições que elas faziam, mas que não eram verdadeiras. O livro já existia antes da Cady entrar para o grupo, mas nem assim ela é isenta da culpa, pois participou da elaboração de uma das páginas.

Com a raiva de Regina por todos, ela entrega o livro ao diretor e faz cópias para espalhar por toda a escola. Nem preciso dizer o caos que isso vira, pois adolescentes tendo seus maiores segredos revelados publicamente para todos verem, transforma a todos numa completa “selvageria”… E é claro, as “Poderosas” ficam como as principais culpadas, com a Regina conseguindo se esgueirar e se passar praticamente como inocente do caso.

 

Matletas: Suicídio Social

Quando Cady chegou ao colégio, tinha uma paixão: a Matemática.

Porém, embora tivesse total aptidão à matéria e soubesse resolver tudo que a professora colocasse no quadro, Cady decidiu fingir não entender para poder ter uma chance de se aproximar de Aaron. E, porque TODOS os seus “amigos” disseram a ela que entrar para a equipe de Matemática, era um completo “Suicídio Social” (sem comentários…).

Contudo, depois de tudo que rola no filme, ela acaba entrando e participando da competição. Para mim, como uma amante assídua dos números, foi incrível ver ela retornando a esta paixão e mostrando quão boa ela realmente era! Pena que como o “Suicídio” que era, Cady mostrou sua habilidade apenas nos “quarenta e cinco do segundo tempo”.

 

“Não posso evitar ser tão popular”

E como qualquer filme adolescente, no final este não é diferente dos demais, nos passando uma mensagem bonitinha com uma conclusão pacífica e amigável. Porém, o que se torna marcante é o pacote num todo, os personagens, a naturalidade dos atores e a genialidade dos roteiristas que foram capazes de eternizar esta obra por toda uma geração.

Se você ainda não provou desta água, lhe aconselho a correr de atrás deste atraso imediatamente. Um filme descontraído para te fazer dar umas risadas e desestressar, temos por aqui. Sem falar nas referências que sem dúvidas levará para sua vida e certamente, algumas mensagens sociais que valem a pena darmos uma reforçada.

“Chamar alguém de gorda não nos torna mais magra, chamar alguém de estúpido não nos faz mais espertos, na vida temos de resolver os nossos próprios problemas.”

 

Meninas Malvadas: Cinema

Que carregam o nome de Meninas Malvadas, temos dois filmes produzidos. O primeiro, é o qual carrega todo o peso da popularidade do título, se tornando de fato um verdadeiro marco de sua época. E com o sucesso, claro que tentaram continuar o legado, mas trocando as atrizes e os personagens… Não deu muito certo.

Em janeiro de 2011 sob direção de Melanie Mayron, saiu um segundo volume da tão memorável produção. E apesar de manter a essência do trio de garotas mimadas e da novata rebelde, a trama nem pode ser comparada a primeira. Se tivesse sido lançado apenas como uma inspiração, talvez tivesse dado certo, mas como carregou um título de tamanha referência, muitas pessoas foram assistir e saíram decepcionadas.

E falando de inspiração, além das frases que são usadas em outras obras como referência ao primeiro filme, temos diversas produções que se inspiraram no roteiro como um todo. De obras cinematográficas, a teatros, livros, músicas e seus respectivos clipes… Podemos dizer que Meninas Malvadas sem dúvidas virou um exemplo de obra adolescente para qualquer plataforma.

Eeeee voltando ao fato de que tudo que é sucesso o cinema tenta reprisar para usufruir um pouquinho mais dos “frutos”, existem informações de um NOVO FILME sendo produzido… Este será inspirado no musical da trama que já existe no teatro. Felizmente, Tina Fey, roteirista do primeiro sucesso da produção cinematográfica confirmou presença no trabalho até então.

Se teremos algo semelhante a genialidade da primeira obra, vamos ter que aguardar para descobrir! Como a inspiração é em cima de algo tão bom, difícil não dar ao menos uma leve animada… Mas com o segundo volume sendo algo semelhante ao fracasso em comparação, prefiro ficar em cima do muro enquanto não temos maiores informações.

Mas fé nunca é demais! Quem sabe…

 

Meninas Malvadas: Teatro Musical

Com o grande sucesso do filme, a adaptação foi levada até os palcos de teatro sendo transformado em um musical muito elogiado pela crítica. Com músicas por Jeff Richmond, letras criadas por Nell Benjamin e coreografia e direção por Casey Nicholaw, o musical passou inicialmente pelo Teatro Nacional em Washington e depois no Wilson Teatro na Broadway.

 

Meninas Malvadas: Curiosidades

Com um filme desses, é claro que temos muitas curiosidades para abordar, mas quero mencionar apenas as mais interessantes!

Como, por exemplo, a atriz Lindsay Lohan inicialmente foi escalada para ser Regina George, mas a atriz preferiu optar pela menina boazinha e acabou sendo Cady Heron. Já imaginou a ruiva no papel da Abelha Rainha metendo o terror pela escola toda?

Continuando na escalação, Amanda Seyfried, foi escalada para dar vida a protagonista Cady, mas o produtor decidiu colocá-la no papel de Karen. E no papel de Karen, quase que a Ashley Tisdale ficou com o papel! Lembra da Sharpay de High School Musical? Essa mesma.

Para quem nunca pescou essa, aqui vai: Tina Fey, o cérebro por trás do roteiro que tanto eternizou em nossa memória, também está na equipe de atores da trama. A professora Ms. Norbury, quem quase reprova a Cady… Essa aí, lindíssima do início ao fim.

Lembram-se da mão fraturada do diretor Duvall? Pois bem, aquilo de atuação não tinha é nada, o ator Tim Meadown realmente tinha se machucado e Tina Fey resolveu incluir essa jogada no roteiro.

Para quem assiste o filme e suspira por aquele cabelão impecável de Regina George, saiba que é uma peruca. Pois é, sonho de princesa destruído com sucesso (risos)!

Para finalizar, a trama toda foi inspirada no “Queen Bees & Wannabes” (2002), um livro de auto-ajuda que fala justamente sobre adolescentes colocando rótulos em grupos sociais. E, aproveitando a brecha, o filme quase carregou o nome de “Homeschooled”, que se refere a alunos que estudam em casa. Mas por não transmitir toda a essência que o filme carregava, foi alterado para o atual, Meninas Malvadas (Mean Girls).

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