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MARVEL vs. CAPCOM Fighting Collection: Arcade Classics | Confira nossa review

Ficha Técnica
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom
Gênero: Luta
Série: Marvel vs Capcom
Lançamento: 12 de setembro de 2024
Classificação indicativa: 14 anos
Modos: Single-player, Multiplayer local e online
Disponível para: PlayStation 4, Nintendo Switch e PC (Steam); Xbox One – 2025

 

Em uma extensa parceria por 30 anos, Capcom e Marvel lançaram muitos sucessos nos arcades, com ports para consoles domésticos, em uma parceria que foi indiscutivelmente bastante rentável para ambas as empresas. Muitos desses games fizeram a cabeça das gerações que cresceram nos anos 90 e 00, com grandes games populares, como os games consagrados da franquia Marvel vs Capcom. Com tamanho sucesso, era inevitável que marcasse o coração dos fãs, sejam da Capcom ou da Marvel. Infelizmente, todo produto que envolve licenciamento, acaba tendo um prazo de validade. E com a série MVC não foi diferente, tornando os games indisponíveis em todas as lojas. Para a alegria de todos, a Capcom e Marvel renovaram o acordo entre ambas e essa coletânea se tornou realidade. Porém, será que os games presentes nela sobreviveram aos efeitos do tempo? Vamos conferir!

Sobre a Coletânea

A coletânea compila as versões arcades de 7 games, apresentando todos os jogos 2D licenciados da Marvel que foram lançados pela primeira vez no Arcade, de The Punisher (1993) a Marvel vs. Capcom 2: New Age of Heroes (2000). Muitos que cresceram com estes games devem estar se perguntando sobre X-Men: Mutant Apocalypse e Marvel Super Heroes in War of the Gems. O motivo da ausência deles é que The Punisher é o único jogo de briga de rua (beat ‘em up) presente nesta compilação, por ser o primeiro jogo licenciado pela Marvel feito pela Capcom, e ter uma versão arcade, diferentemente de X-Men: Mutant Apocalypse e Marvel Super Heroes in War of the Gems, que são jogos exclusivos do Super Nintendo, não possuindo uma versão arcade.

Gameplay e Experiência

Se colocarmos de lado as opções de filtro com scanlines disponíveis e os papeis de parede utilizados para preencher a totalidade da tela, os títulos aqui se apresentam exatamente como eram em suas versões originais, na época em que foram lançados, com controles bem responsivos e sem lags que incomodem. Os modos de jogo presente em cada um dos 6 games de luta são os básicos de qualquer fighting game de arcade: um modo arcade para 1 jogador; um modo versus; além de modos de jogo adicionados exclusivamente para a coletânea, um deles sendo um modo de treinamento, que por si só já dispensa explicações, possuindo até mesmo um display de segmentos de hitboxes no corpo de cada personagem; e um modo online, com rollback netcode, para melhora da experiência online, podendo até mesmo ser feita buscas por partidas em todos títulos simultaneamente, com possibilidade de espera no menu, no jogo ou até mesmo no museu. O modo online oferece partidas casuais, ranqueadas, personalizadas e classificação nas ranqueadas, além de um modo espectador. O game também conta com uma lista de golpes completa do personagem controlado, no menu de pausa. Também é possível realizar e carregar save states. Dos títulos presentes todos podem ser experimentados nos idiomas inglês ou japonês, além de muitos outros, caso você acesse o menu de opções. Os games também permitem ajustes de dificuldade, velocidade e número de rounds.

Sobre os títulos

  • X-Men: Children of the Atom

Lançado no Japão em 8 de dezembro de 1994, é o primeiro jogo de luta produzido pela Capcom usando personagens sob licença da Marvel Comics , e é amplamente elogiado por sua fidelidade em capturar o espírito dos quadrinhos dos X-Men, usando animação em cores e dubladores da série animada X-Men. Akuma, Magneto e Juggernaut agora são jogáveis sem códigos. Além disso, eles ganham a cor do jogador dois de Marvel Super Heroes.
  • Marvel Super Heroes

Originalmente lançado em 1995, o jogo é vagamente baseado no enredo da saga das HQs Infinity Gauntlet, com os heróis e vilões batalhando entre si pelas Joias do Infinito. O chefe final é Thanos, que rouba todas as Joias que o jogador havia coletado até aquele ponto, exceto a Joia da Mente, e as usa contra o jogador, mas com cada joia tendo um efeito exclusivo quando usada por Thanos. Marvel Super Heroes é similar em jogabilidade a X-Men: Children of the Atom, mas com um uso mais simplificado do medidor de supers, e a adição das Joias do Infinito. Cada Joia pode ser ativada em batalha, dando ao usuário um poder diferente por alguns segundos. Além disso, cada personagem tem uma Joia com a qual tem uma afinidade especial, e obterá habilidades adicionais sempre que ativá-la. Um fato curioso é que este jogo foi dedicado à memória de Jack Kirby, com as artes dos personagens baseadas em seus designs antigos. Anita (que antes era exclusiva do Japão), Doutor Destino e Thanos estão jogáveis sem códigos.
  • X-Men vs. Street Fighter

Lançado pela Capcom em 1996, este é o primeiro jogo da série de luta de crossovers entre personagens da Marvel e da Capcom, apresentando personagens das franquias X-Men e Street Fighter. Foi também o primeiro jogo a misturar um estilo de combate de tag team com a conhecida jogabilidade de Street Fighter, além de incorporar elementos dos jogos de luta anteriores da Capcom na franquia Marvel Comics.
  • Marvel Super Heroes vs. Street Fighter 

Lançado para os arcades em 1997, Marvel Super Heroes vs. Street Fighter é o quarto jogo de luta licenciado pela Marvel Comics produzido pela Capcom e a segunda entrada da série “Marvel vs”. É uma sequência de X-Men vs. Street Fighter que substitui a maioria dos personagens X-Men por personagens da Marvel. Em uma tentativa de equilibrar os problemas do jogo anterior, a engine do game foi alterado, embora permanecesse esteticamente o mesmo, um dos pontos de críticas. Além de todos os recursos introduzidos nos outros games, o jogador agora pode convocar seu parceiro para executar um de seus movimentos especiais sem alterar seu personagem controlado naquele momento. A maioria dos personagens de Street Fighter do jogo anterior retornaram, com exceção de Cammy e Charlie , que são substituídos por Dan e Sakura. No entanto, todos os personagens de X-Men do jogo anterior (com exceção de Cyclope e Wolverine) foram substituídos por personagens da Marvel. Um personagem original criado e de propriedade do comediante japonês Noritake Kinashi, que não representa nem a Marvel nem a Capcom aparece como um personagem regular nas versões japonesas de arcade e console do jogo, mas foi removido em todas as versões internacionais. Ele retrata uma imagem estereotipada de um cara nerd e covarde do tipo colegial. Ele está armado com uma câmera, joga itens escolares comuns, mini-bonecas Gouki e pelúcias como projéteis e tenta pedir o autógrafo de seu oponente no meio da batalha, como um movimento de provocação. Norimaro agora pode ser jogado, no entanto, jogar como ele requer selecionar a versão japonesa do game. Personagens secretos como Cyber-Akuma, US Agent, Mephisto, Shadow, Dark Sakura, Spider-Armor Mark I Spider-Man e Mecha Zangie-F também podem ser selecionados ​​regularmente.
  • Marvel vs. Capcom: Clash of Super Heroes

Lançado para os arcades em 1998, Marvel vs. Capcom tem o enredo vagamente baseado no arco X-Men: Onslaught da continuidade da Marvel Comics. Após um incidente em que o telepata mutante Charles Xavier foi forçado a entrar na mente de Magneto, parte da raiva de Magneto escorregou para a psique de Xavier e, após se fundir com as emoções mais sombrias de Xavier, gerou uma poderosa entidade psíquica conhecida como Onslaught. O jogo expande a história ao fazer a consciência de Xavier convocar heróis do universo da Capcom para ajudar a detê-lo. O que torna este título único em comparação com X-Men vs. Street Fighter e Marvel Super Heroes vs. Street Fighter, é que este jogo apresenta personagens de várias franquias da Capcom, como Mega Man, Captain Commando e Strider, em vez de apenas personagens de Street Fighter. Em termos de jogabilidade, Marvel vs. Capcom se distingue por duas características dos demais games anteriores da série: a capacidade de invocar personagens auxiliares e o Duo Team Attack. Ao contrário dos jogos anteriores da série, o personagem controlado de uma equipe não podia convocar o parceiro fora da tela para um ataque de assistência; em vez disso, um personagem de assistência era selecionado aleatoriamente antes do início da partida. Esse personagem podia ser convocado um número limitado de vezes na batalha para atacar o oponente em paralelo. Já o Duo Team Attack permite que um jogador controle ambos os personagens de sua equipe simultaneamente por um breve período de tempo; os personagens tinham uso ilimitado de seus hyper combos durante esse tempo. Aqui, assim como Apocalipse nos 2 games anteriores, Onslaught também não é jogável, diferente da versão doméstica desse game. Alguns estágios desse game também sofreram alterações, como o Honda’s Bathhouse, por exemplo, que foi alterado para remover o padrão do sol nascente no mural, semelhante a como todas as versões do Honda’s Bathhouse depois de Ultra Street Fighter II não o têm mais.
  • Marvel vs. Capcom 2: New Age of Heroes

Sendo este o último game da série em 2D, a Capcom simplificou a engine para que fosse mais acessível a jogadores casuais, a fim de atrair novos jogadores, já que o interesse em jogos de luta arcade havia diminuído em meados dos anos 2000. Mudanças foram feitas no sistema de combos aéreos e a configuração dos botões foi reduzida para 4 botões principais e 2 botões de assistência. O jogo também apresenta pela primeira vez na série tag de 3 x 3, em comparação com a tag 2 x 2 dos jogos anteriores da série. É o único jogo da série a usar o sistema NAOMI, que era usado principalmente para jogos 3D. Este é o primeiro jogo Marvel vs. Capcom sem finais específicos para cada personagem, já que o final será o mesmo para todos, independentemente dos personagens usados ​​ou da rapidez com que o oponente final for derrotado, um ponto bastante decepcionante do game e que reduz em muito o fator replay deste. O jogo tem 56 personagens jogáveis, incluindo personagens novos e antigos da Marvel e da Capcom. Personagens jogáveis ​​originais, tais como a Ruby Heart, SonSon e Amingo, e o antagonista original Abyss, também foram adicionados ao lado da Capcom.
  • The Punisher

The Punisher é um jogo de arcade beat ‘em up de 1993 desenvolvido e lançado pela Capcom, estrelado pelo vigilante anti-herói da Marvel Comics, o Justiceiro, e coestrelado pelo agente da SHIELD Nick Fury Sr. como o personagem do segundo jogador enquanto eles embarcam em uma missão para matar o senhor do crime, o Rei do Crime, e derrubar sua organização. Embora siga a mesma fórmula geral dos beat ‘em ups anteriores da Capcom, o jogo tem uma variedade de armas utilizáveis ​​e uma apresentação no estilo de quadrinhos. The Punisher ganhou popularidade significativa nos fliperamas e é amplamente considerado um dos melhores títulos do gênero beat ‘em up, bem como uma das melhores adaptações de histórias em quadrinhos para videogame. O jogo é conhecido como o ponto de partida da parceria entre a Capcom e a Marvel, que eventualmente levaria à existência da série Marvel vs. Capcom.

Galeria e Extras

Além dos modos em que a porrada come solta, há também o já conhecido modo museu presente em várias coletâneas, onde aqui é possível ver concept arts, documentos de design e um music player para conferir a trilha sonora de cada game. Também é possível acompanhar o progresso de suas conquistas em um modo chamado Prêmios do lutador (desafios), onde fica disponibilizado seu perfil.

MARVEL vs. CAPCOM Fighting Collection: Arcade Classics: Vale a pena?

Seja você um apreciador de bons games de luta, um saudosista da franquia Marvel vs. Capcom,  um explorador em busca de conhecer séries que antes não conhecia ou apenas queira reviver com os amigos os bons tempos de boteco, é uma coletânea que vale a pena ser conferida. Um grande louvor à era dos crossovers em games de luta que vale a pena ser conferido, mesmo com a ausência de X-Men: Mutant Apocalypse e Marvel Super Heroes in War of the Gems, títulos que foram tão marcantes quanto os presentes nesta coletânea.

Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PlayStation pela Capcom para a elaboração desta análise.

Depois de tudo o que passamos juntos. De tudo o que eu fiz. Não pode ser em vão. Permaneça conosco.

 

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