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MARS 2120 | Confira nossa review

Ficha Técnica
Desenvolvido por: QUByte Interactive
Publicado por: QUByte Interactive
Gênero: Ação, aventura, metroidvania, plataforma
Série: MARS 2120
Lançamento: 31 de julho de 2024
Classificação indicativa: 14 anos
Modos: Single-player
Disponível para: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series S/X, Nintendo Switch e PC (Steam)

MARS 2120 é possivelmente o projeto mais ambicioso da desenvolvedora/publicadora brasileira QUByte até então. Mas será que o game alcançou um resultado de qualidade? Vamos conferir!

Do que se trata MARS 2120?

No século 22, a primeira colônia humana em MARTE envia um sinal de socorro às Nações Unidas. É então que a tenente Anna “Treze” Charlotte é recrutada para descobrir o que aconteceu,  navegando pela colônia e abrindo caminho através dos segredos de Marte. Mesmo com os avanços tecnológicos alcançados pela humanidade, todos os seres vivos ali presentes estarão caçando você!

Gameplay

MARS 2120 é um jogo de ação e aventura, com movimentação em 2.5D, que se inspira em títulos icônicos do gênero Metroidvania (mais notavelmente na franquia Metroid), com alguns elementos de combate de jogos de luta. A tenente Treze além de combate corpo a corpo também pode contar com ataques de longa distância com sua arma, inicialmente não elemental, e conforme se avança ao longo do game desbloqueia novos modos de disparo carregados elementalmente. Conforme desbloqueia um novo elemento (eletricidade, fogo ou gelo), uma nova arma é desbloqueada com um tipo diferente de disparo, sendo as 3: metralhadora, espingarda e lança-chamas. Os ataques corpo a corpo também ficam imbuídos do elemento selecionado, sendo que alguns inimigos são imunes a determinado elemento e outros não. Como já é de costume em qualquer game do gênero, para a progressão do game, será necessário a aquisição de novas armas/habilidades para acessar novas áreas, sendo que algumas delas irão requerer um dos referidos elementos.

Pontos positivos

O game entrega uma variedade decente de cenários e ambientes, assim como uma quantidade satisfatória de técnicas e habilidades que você adquire conforme sua progressão. Há também uma variedade aceitável de inimigos, assim como bosses suficientes e cada qual com identidade própria. Muitos deles são bem criativos, mas nada muito diferente do que você já tenha confrontado em sua vida gamer.

A ambientação, arte e som estão em sintonia. Os controles permitem que sejam configurados conforme sua vontade, contribuindo para a acessibilidade. O game também possui um mapa mapa rápido, responsivo, que marca os bloqueios de progresso de forma clara (até agora vi que tem de 3 cores e são bem distinguíveis), apesar de simplório. Os gráficos merecem elogios, apesar de ser um projeto lançado para as gerações vigente e anterior, apresenta um visual honesto e satisfatório para os escopo do projeto. A jogabilidade, por sua vez, acaba sendo o maior atrativo do game, mesmo com uns defeitos de fluidez na movimentação e alguns glitchs que acabam travando nossa protagonista no próprio cenário, podendo levar a partida ao game over, sem culpa do jogador.

Pontos negativos

Embora o game implemente muitos recursos de games modernos, e por mais que se saia muito bem nisso, o jogo ainda acaba ficando um pouco áspero nas bordas. O combate de longo alcance inicialmente é algo que pode desagradar, sendo que a arma inicial possui um ritmo de disparos um pouco cadenciado. Mas isso é algo que melhora com alguns upgrades e logo percebemos se tratar de uma escolha de design, não limitação, e os disparos tornam-se mais fluidos. O combate evolui pouco no decorrer do game, mas sempre acaba sendo um recurso útil para se locomover com mais agilidade pelos cenários. Ambas as mecânicas poderiam ter um pouco mais de fluidez, mas não chegam a incomodar tanto, porém, dependendo do desespero do combate, você pode acabar penalizado pela movimentação truncada em certos momentos. O design de áudio é bastante heterogêneo. Enquanto a trilha sonora é boa e competente, alguns efeitos sonoros parecem fora do lugar e algumas interações não têm som algum. A dublagem em inglês é digna, mas a dublagem na língua nativa da produtora é completamente sem emoção. A protagonista também carece de personalidade, o storytteling é pobre, contato por meio de audio logs, embora as poucas custcenes ingame sejam competentes, porém em quantidade extremamente reduzida. São pontos que pesam bastante na nota final.

MARS 2120: Vale a Pena?

Um bom Metroidvania brasileiro lembrando os clássicos Super Metroid e Castlevania: Symphony of the Night, com elementos de Strider de 2014, fortemente inspirado por Metroid Dread. MARS não tenta reinventar a roda, pelo contrário, tenta chegar ao seu destino por meio de seus recursos próprios, mesmo inspirando-se fortemente em franquias consagradas, e ainda assim consegue tal feito com um resultado digno, contudo, não mais que isso. Quem sabe se saia melhor em uma sequência? Ainda assim, vale a conferida!

Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PlayStation 5 pela QUByte Interactive para a elaboração desta análise.

Depois de tudo o que passamos juntos. De tudo o que eu fiz. Não pode ser em vão. Permaneça conosco.

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