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Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name | Confira nossa review

Proteja seu futuro em Like a Dragon apagando seu passado em Yakuza!

Ficha Técnica
Desenvolvido por: Ryu Ga Gotoku Studio
Publicado por: Sega
Gênero: ação, aventura, beat ‘em up 
Série: Like a Dragon (outrora Yakuza)
Lançamento: 9 de Novembro de 2023
Classificação indicativa: 18 anos
Modos: Single-player
Disponível para: PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X/S, Xbox Cloud Gaming, Microsoft Windows

Preenchendo lacunas

A história de Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name se passa três anos após o final de Yakuza 6: The Song of Life e leva direto ao início de Like a Dragon: Infinite Wealth, o futuro oitavo título da franquia, portanto, uma parte notável de Yakuza: Like a Dragon (Yakuza 7), acaba sendo abordada também. Dito isso, Gaiden é melhor experimentado após ter concluído Yakuza: Like a Dragon, já que o jogo prossegue como se os jogadores já estivessem familiarizados com certos personagens e conexões do referido game. O contexto é importante porque Gaiden preenche as lacunas e chega a um ponto realmente importante da história principal de Yakuza: Like a Dragon. Contudo, Gaiden também apresenta personagens e elementos de história que são completamente novos. Poupando spoilers aos que ainda não jogaram os games mais recentes da franquia, em Gaiden, Kiryu está operando sob o codinome Joryu, após os eventos de Yakuza 6, e como era de se esperar, não demora muito para que as coisas dêem errado e nosso herói tenha que resolver tudo na base de surra! O game entra na categoria de games de curta duração com aspecto de DLC, tais como Uncharted The Lost Legacy, Marvel’s Spider-Man Miles Morales, inFamous First Light e afins.

Kazuma Kiryu, tentando apagar seu passado, agora vive sob a identidade de Joryu

Gameplay e porrada!

The Man Who Erased His Name não seria uma aventura digna Yakuza/Like a Dragon sem doses extenuantes de combates, e Gaiden aprimora a destreza de Kiryu com a adição do novo estilo de luta chamado “Agente“. O estilo é projetado para lidar com multidões de inimigos, onde seus socos e chutes poderosos são complementados por vários novos gadgets de alta tecnologia para levar as coisas a um patamar acima.

Chamar um exército de drones é uma boa distração, enquanto acender um cigarro explosivo é tão legal quanto parece. Multidões podem ser arremessadas pela tela utilizando o sempre útil fio em forma de teia, e as distâncias podem ser facilmente vencidas com botas a jato, dando a Kiryu uma maneira mais rápida de derrubar inimigos e se aproximar.

Por si só, essas ferramentas não acabam sendo exatamente uma trapaça de jogo, mas são incorporadas à enxurrada de socos e chutes, e cada encontro com o inimigo se torna muito mais divertido e traz mais variedade aos combates. Isso também tem muito a ver com a variedade de inimigos presentes no jogo, com certos inimigos, como gângsteres armados, tornando-se uma prioridade, e o uso inteligente desses dispositivos pode nivelar o campo de jogo, já que Kiryu está determinado a apenas arrebentar cabeças por sua conta.

Há também o estilo de luta mais tradicional de Yakuza, que traz danos concentrados que podem ser usados contra oponentes mais duros na queda. Muitos movimentos favoritos dos fãs retornam muito bem-vindos com este estilo, e alternar entre os dois proporciona uma reviravolta estratégica e divertida no combate, à medida que os jogadores desbloqueiam ainda mais melhorias no futuro.

Defensivamente, porém, pode haver alguns problemas iniciais a serem superados quando se trata de esquivar e contra-atacar. Tentar acertar os oponentes depois de se esquivar pode ser frustrante devido à maneira como Kiryu mira nos inimigos, muitas vezes causando oportunidades infrutíferas de infligir sequer um arranhão no inimigo. Tentar dar tudo de si no combate é um risco que não vale a pena correr, e uma abordagem mais comedida pode ser mais útil para os jogadores adotarem devido à natureza das coisas.

“Joryu” gosta de viver a vida perigosamente soltando pipa à noite nas ruas próximas ao McDonald’s de Andradina

Paralelamente a isso

Claro que a vida de um gangster que virou agente secreto envolve mais do que apenas brigas, e como já é tradição na série, Like a Dragon Gaiden oferece uma longa lista de atividades e hobbies para os jogadores participarem. Jantares, apostas, dardos, karaoke e mais estão de volta, permitindo que os jogadores passem o tempo participando de distrações divertidas que são uma marca registrada da série.

No entanto, a grande atração principal paralela desta aventura é o coliseu no cassino flutuante conhecido como The Castle, onde lutas solo e em equipe podem ser realizadas para ganhar dinheiro, fãs e renome. As lutas solo certamente contém algumas das lutas mais difíceis do jogo, e o foco das lutas em time em brigas em massa sempre resulta em uma briga divertida. Recrutar e criar as melhores equipes para cada luta possui uma profundidade surpreendente, e ser capaz de melhorar os relacionamentos para obter buffs adicionais dá continuidade à tendência da série de colocar os humanos em primeiro lugar em muitas de suas atividades.

Com um sistema de ranking, começando com o vermelho e até a platina (não confundir com os troféus PlayStation), ter um bom desempenho no coliseu e subir na classificação é facilmente a melhor maneira de ganhar dinheiro, que pode ser usado na compra de melhorias e itens mais caros. As primeiras impressões podem ser de que as lutas clandestinas teriam mais a ver com a história, mas além de abrir mais áreas do Castelo para explorar e jogos de azar de alto risco, esse fervor pode morrer facilmente se você não gosta de lutas na jaula.

Os minigames marcam presença novamente

Além disso, os jogadores também terão que ajudar com uma rede de informações secreta, realizando uma variedade de tarefas nas ruas, alimentando outro sistema de progressão que pode levar a novos desbloqueios e melhorias de itens, como melhores taxas de obtenção de itens. A maioria das tarefas são trabalhos que podem ficar um pouco repetitivos, como encontrar itens perdidos, lutar contra bandidos ou tirar uma ou duas fotos, mas os pedidos mais complicados podem levar a caminhos verdadeiramente bizarros e fascinantes, outra marca registrada da franquia que encontrou um novo lar.

Tudo dá a sensação de que, superficialmente, esta última aventura de Kiryu contém todos os pré-requisitos para ser um jogo Like a Dragon, mas há uma desconexão distinta, que torna o tempo gasto fazendo todas essas coisas secundárias menos atraente do que antes. Se não fosse por Kiryu, haveria ainda menos razões para fazê-lo.

Eeeeeeiiii, Insomniac! Me chamem para o Spider-Man 3!!

Por fim…

No final das contas, Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name parece uma aventura bônus que aguça ainda mais o apetite dos fãs por Infinite Wealth, projetada especialmente para preencher a lacuna de Kazuma Kiryu. Aprender mais sobre este personagem tão popular é sempre enriquecedor, mas fora o combate levemente inovado, todo o resto parece um pouco obsoleto e familiar demais. Ainda há uma quantidade razoável de entretenimento em The Castle e Sotenbori, mas não espere o mesmo nível de polimento aqui que nos games principais.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name: Vale a pena?

Apesar da duração da campanha relativamente curta, sendo uma aventura mais condensada com apenas cinco capítulos, com cerca de 12 horas de duração (cerca de 30h caso queria completar todas as atividades opcionais) para ser concluída, o enredo não carece de profundidade. Há insights ainda mais genuínos sobre o personagem de Kiryu, conferindo ainda mais robustez ao que já é um protagonista amado e abrindo caminho para os eventos do vindouro Like a Dragon: Infinite Wealth, que chega em 2024. E por falar em Infinite Wealth, uma demo do vindouro novo capítulo da franquia acompanha este game. Para os fãs que acompanharam sua jornada até agora, esta lente adicional sobre Kiryu não chega a ser indispensável, mas acrescenta bastante ao universo da franquia, e se por si só não for convidativo o suficiente, o game custa menos do que o preço praticado atual, custando R$250 na versão base e conta com textos localizados em nosso idioma. Vale a pena dar uma conferida!

Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PlayStation 4|5 pela Sega para a elaboração desta análise.


Depois de tudo o que passamos juntos. De tudo o que eu fiz. Não pode ser em vão. Permaneça conosco.

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