Teoria Geek – O Importante é se divertir!

Immortals of Aveum I Confira nossa review

Immortals of Aveum - 2

Immortals of Aveum é a prova de que gráficos não são tudo, mas importam muito.

Ficha Técnica
Desenvolvido por: Ascendant Studios
Publicado por: Electronic Arts
Gênero: Tiro, Ação e Aventura
Série: Immortals of Aveum
Lançamento: 22 de agosto de 2023
Classificação indicativa: 14 Anos
Modos: 1 Jogador
Disponível para: PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC

 

O que faz um jogo ser divertido? Essa é a pergunta que divide opiniões entre uma boa história e uma gameplay atraente. Immortals of Aveum tem essas duas coisas! A estreante Ascendant Studios demonstra muita paixão e criatividade ao trazer um jogo único para um jogador e em primeira pessoa, onde o que você vê na tela não envolve um arsenal de diferentes armas de fogo, mas sim, magias de diversas cores.

Atirar com as mãos é tão divertido quanto usar armas de fogo!

Jak, nosso protagonista, é um triarca, o que significa que ele é um dos poucos magnus (magos) capazes de controlar todos os três tipos de magia: azul, verde e vermelha. Cada cor traz características próprias durante o combate, que podem ainda ser desenvolvidas através de uma árvore de habilidades. No entanto, a magia em Aveum não é estável, e necessita de manoplas canalizadoras chamadas de “sinos” para os magnus não explodirem a si e todos ao seu redor.

Mas antes que nos aprofundemos mais, vocês devem se perguntar…

Sobre o que é Immortals of Aveum?

Jak se tornará – enquanto você percorre os tutoriais do jogo – um dos magos de batalha de elite que buscam não apenas acabar com uma grande guerra que divide Aveum, mas também impedir o fim do mundo. A ordem desses magos de elite, é chamada de “Os Imortais”.

A história é muito bem construída, vai revelando alguns mistérios aos poucos e preenchendo informações até chegar num final bem interessante. Apesar de você poder entender tudo apenas com a campanha principal, conversas opcionais com alguns personagens e textos encontrados durante a exploração são capazes de fornecer detalhes enriquecedores, sobre toda a cultura e história de Aveum, garantindo ao jogador uma melhor nuance de tudo o que está em jogo.

Esse é o nosso Jak!

Os diálogos e atores acabaram criando uma atmosfera atraente, pois você cria simpatia por eles e fica ansioso pela próxima cena que os envolve. Devo confessar que a princípio não achei nada disso, mas aos poucos, como um bom livro, os personagens e a trama vão se desenvolvendo e criando uma empolgação genuína pelos próximos eventos. Vale lembrar que interface e legendas foram localizadas para PT-BR.

Atirando com as próprias mãos!

De volta a ação, Jak como vocês já sabem, é capaz de usar três magias diferentes, e alterá-las durante a batalha com um simples apertar de botão. De início, a magia azul lança tiros precisos e potentes, a verde se assemelha a uma metralhadora e a vermelha lembra uma escopeta. Mas isso não é regra, já que você poderá trocar os sinos que alteram completamente o estilo de jogo, mesclando potência, taxa de tiro e capacidade.

Qual magia será sua favorita?

Na hora dos confrontos é muito divertido encontrar uma configuração que te agrade e aplicar ali no confronto. Os inimigos não são tão variados, mas a forma que o jogo os combina para te desafiar varia e oferece bastante diversão. Além dos chefes e sub-chefes que possuem toda uma batalha a parte, os inimigos comuns costumam desenvolver uma espécie de resistência e proteção que nos obrigam a usar determinada magia e favorecem o espetáculo na tela.

O pecado de Immortals of Aveum

Bom, seria um espetáculo se o jogo oferecesse uma resolução digna da atual geração de consoles. Infelizmente, o brilho da obra que Immortals of Aveum poderia alcançar, foi apagado por uma resolução em 720p fantasiada de 4K. Sim, está bem ruim. Por mais que os 60FPS se mantenham estáveis na maioria das vezes – minha cinetose aprova -, a resolução torna a parte visual precária. A iluminação, as texturas, basicamente tudo fica a desejar. O que me deixa triste, pois o jogo tinha um ótimo potencial, e espero sinceramente, que seja corrigido em alguns próximos patches de correção.

A magia verde é capaz de manipular objetos, como grandes estátuas que podem ser usadas como elevadores ou pontes.

As músicas que acompanham os combates e exploração funcionam muito bem, assim como a dublagem dos atores durante os diálogos. Porém, alguns cenários se tornam muito artificiais sem a presença de barulhos no ambiente. Você repara isso principalmente durante a exploração, resolvendo algum quebra-cabeça ou correndo atrás de algum baú dourado repleto de ouro para usar na lojinha.

Explorando com muita magia

Immortals of Aveum conta com portais que vão sendo liberados ao longo da campanha e oferecem viagem rápida para nos deslocarmos mais rapidamente. Mas Jak ainda é capaz de andar, correr, pular e usar as linhas de ley – uma aglomeração de magia que forma linhas no ambiente – para se deslocar de um ponto ao outro.

Jak usando as linhas de magia para avançar no mapa.

As magias não se limitam a apenas mandar feixes de magia com os sinos, criar um escudo

Alterar equipamentos antes das batalhas pode fazer toda a diferença.

para se defender ou se esquivar. Existem mais de 20 feitiços diferentes que não só ajudam durante os combates, mas na parte de exploração também. O chicote é um que pode trazer um inimigo até a você, ou nos içar até um ponto mais alto do cenário. Diversos outros serão desbloqueados de forma gradativa.

Mesmo após o término da campanha, é permitido continuar explorando para achar todos os equipamentos e quem sabe, enfrentar todos os desafios nos templos ou combates com outros magos poderosos conhecidos como “Os seis”.

Immortals of Aveum: Vale a pena?

Immortals of Aveum inova de uma forma bem divertida, nos conquistando com a sua jogabilidade ousada e funcional, e cativando com seus personagens e boa história. No entanto, se perde com talvez um “lançamento apressado” que sacrificou uma qualidade indispensável na atual geração: resolução. Ninguém espera gastar mais de 350 reais num jogo e não obter tudo que ele deveria oferecer, esse é o maior pecado da obra e o único motivo que me impede de recomendá-lo em seu lançamento.

Pois, como é de se imaginar, eu gostei e muito desse Call of Duty colorido que troca balas por feixes de magia. Além do mais, aconselho a experientes em FPS a jogarem direto na dificuldade mais alta, o desafio ali, é bem divertido.

Curiosidade: Esse é mais um título que não usa os gatilhos adaptáveis e nem explora a resposta tátil daquela forma que tanto gostamos em nossos DualSenses.


*Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PlayStation 5 pela Electronic Arts para a elaboração desta análise*
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