Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania | Confira nossa crítica

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Chegou a hora de Scott Lang, nosso querido Homem-Formiga, completar sua trilogia em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania. O herói que pode diminuir ao tamanho de uma formiga mantendo a força de um homem e crescer ao tamanho de um prédio nos fornecendo cenas de ação excelentes.

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Ficha Técnica
Título: Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
Ano de Produção: 2023
Dirigido Por: Peyton Reed
Estreia: 16 de fevereiro de 2023
Duração: 125 minutos
Classificação: 12 anos
Gênero: Ação, Aventura, Ficção Científica e Super-Herói
País de Origem: Estados Unidos da América
Sinopse: Cassie Lang (Kathryn Newton) passou os 5 anos em que esteve longe do pai, estudando o reino quântico. Com isso, ela desenvolveu um dispositivo comunicador que tornava possível acessar o mundo quântico e trocar informações, contudo, isso acaba em desastre. Cassie, Scott, Hope, Henry e Janet acabam sendo sugados para dentro do Reino Quântico e terão de unir forças para sobreviver e conseguir encontrar uma saída do misterioso mundo místico. Enquanto isso, eles conhecem Kang, poderoso e implacável capaz de viajar pelo multiverso com um único objetivo: conquistar tudo e a todos.

 

Em seus dois primeiros filmes, Scott enfrentou ameaças mais “comuns” em comparação ao restante do Universo Marvel. Mas nesta terceira trama, foi optado por trazer “O” grande vilão da fase atual, o que sabíamos desde o início que faria o filme ter uma grande responsabilidade. Kang já havia sido apresentado, mas quase no nível de “simpático”, apenas alertando que o mal que estava chegando era inimaginável. Então quando vimos que uma variante dele marcaria presença no enredo, esperamos um estrondo, mas… Pois é. Vamos falar sobre isso.

Relação Familiar

Vamos começar com um ponto positivo, embora com pouco tempo de aproveitamento.

A Cassie desde o início do filme se mostra super bem adotada pela família Pym, nos fazendo facilmente ver uma relação de neta e avô entre ela e o Henry, pai da Vespa. A Janet também demonstra afeto pela menina, mas o orgulho do Henry em ver a Cassie no laboratório, pesquisando e criando, fica muito evidente. Infelizmente, não tivemos tempo para aproveitar, mas tudo bem, já que a proposta do filme era outra e ao mesmo tempo muito gigante para se focarem nos pequenos detalhes, então… O pouco que vimos, foi bem colocado. Ponto para eles.

Apenas, o que senti uma baita falta foi: a Vespa. Mesmo ela estando no TÍTULO do filme, ela não serviu para muita coisa. Tiveram umas cenas bonitinhas com o Scott e com o restante da família, mas infelizmente a personagem não foi aproveitada em praticamente nada.

Relação Scott e Cassie

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Com o Reino Quântico ao redor dos personagens e os perigos que vinham junto, foi difícil aproveitar os momentos mais íntimos que os personagens tiveram. Mas fora dele, foi bonito ver a relação do Scott e da Cassie, tentando recuperar o tempo perdido e ao mesmo tempo em pequenos conflitos exatamente pelo mesmo motivo. Os atores mostraram uma boa química e além das cenas deles com a família Pym, o momentos “pai e filha” foram bem-vindos também. Quanto mais o filme passava, mais perceptível é o quanto a Cassie se parece com o Scott mesmo com tanto tempo tendo passado longe um do outro. E ele vendo isso é muito bacana. Ponto para eles novamente.

Passado de Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer)

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Pelo que entendemos já de cara, a Janet possui muitos segredos envolvendo seu período no Reino Quântico. Algo totalmente aceitável sem muitas explicações, porém o buraco se mostra mais embaixo quando eles retornam: Janet possui traumas e inimigos que ela sequer ousava mencionar por vergonha e medo. Algumas relações ao primeiro olhar amistosas, mas num todo descobrimos um pouco mais de como foi a estadia dela no lugar.

Algumas lembranças são mostradas do início dela ali, algo realmente interessante. Mas o resto… Foi exatamente isso mesmo: resto. Porque eles engataram algumas coisas que no final parece que esqueceram de explicar.

Kang: O Conquistador

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No seriado Loki, pudemos ver a introdução de uma variante de Kang, nos deixando sentir a preparação de que o cara ia meter o terror dez vezes pior do que o Thanos, grande vilão das fases anteriores do Universo Marvel. De cara, podemos pensar que ele teria de se esforçar para ultrapassar o Thanos, mas diferente do roxão, Kang se mostrou alguém implacável que simplesmente matava por matar, sem um princípio (não que a atitude do Thanos tenha uma explicação plausível, mas ele tinha um objetivo quase compreensível). O novo vilão eliminava e liquidava sem limites, apenas literalmente para conquistar tudo e a todos em todo o Multiverso.

E como dito pela própria variante apresentada em Loki: ele era o mais sociável dos outros dele. Então, era óbvio que a Marvel queria que esperássemos um vilão que faria o Thanos chorar, porém… Ai. Foi cruel. Para nós no caso, enquanto assistimos, só (risos).

O ator entregou além do esperado, é claro. Quando Jonathan Majors aparece na tela, podemos, sim, sentir o poder do personagem, a força que ele representa e isso é muito bom. As promessas de um futuro em completo caos dão certo arrepio na espinha sim, mas… Mas. Não posso dar spoilers, porém vocês entenderão quando estiverem assistindo ao filme. O ator é excelente e o personagem parece promissor também, mas apenas uma dica: não pisquem! Podem perder o que deveria ser o mais importante em todo o filme caso façam isso. Em resumo, a coisa toda permanece da mesma forma que começou.

Alteração de Atriz para a Personagem Cassie

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Em Vingadores: Ultimato temos a atriz Emma Fuhrmann interpretando a personagem Cassie (filha de Scott), no momento em que ela vê o pai na porta depois de 5 anos preso no Reino Quântico. A partir deste momento, imaginamos que o martelo havia sido batido e ela que carregaria o papel dali por diante. Porém, o primeiro trailer do Homem-Formiga apareceu e vimos um novo rosto para Cassie: Kathryn Newton.

Vi que alguns por aí tem reclamado da troca, mas particularmente, não me incomodou. Claro, nunca saberemos o que a Emma poderia ter de fato nos entregue, podia ter sido ainda melhor, sim. E também teve apenas 10 segundos em tela, o qual apenas pode mostrar o que o momento exigia: o sentimento de ter o pai de volta. Mas a Kathryn me soou mais como a Cassie desde o primeiro olhar. A atriz até visualmente tem a carinha de travessa da atriz mirim (Abby Ryder Fortson) que interpretou a menina nos dois primeiros filmes do herói.

Eu gostei dela e acho que entregou um bom trabalho sim.

Cenas Pós-Créditos de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

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Para quem ainda não se aventurou pela trama, aqui fica a dica: O FILME POSSUI DUAS CENAS PÓS-CRÉDITOS! Então, sim, massageia a bunda para ficar sentado até o “final do final” dos créditos, porque a segunda demora para caramba. Mas acreditem… Por ela, vale a pena.

Na primeira cena, após termos visto o “desenrolar” do filme, a sensação é de: “meh”. Pois como a proposta do filme se desenvolveu do jeito apresentado, essa cena causa uma empolgação de ZERO porcento em nós. Se tivesse sido em outro filme, entremeio a este e ao seriado de Loki, tenho certeza de que a reação poderia ter sido bem melhor, mas depois das duas horas desse filme… Não.

Mas então, meus caros, chega a segunda e: BAM! Por incrível que pareça, apesar dos pesares, ela carrega sozinha a carga de nos fazer sair desejando ver a continuação da coisa toda. Sem spoilers aqui, mas acreditem em mim, faz o coração dar aquela formigada gostosa (risos).

Gráficos de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

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E vamos para a polêmica (risos)!

Pois então, difícil começar a falar a respeito. Como o filme é praticamente inteiro no Reino Quântico, não era novidade que o CGI ia estar carregando TUDO ao redor. Assim como personagens novos, personagens antigos e afins, tudo gira em torno de efeitos especiais, então fica difícil não reparar e apontar.

Eu poderia dizer que por ser um filme gigante precisando de tanta presença de gráficos, a trama já se perdoava por aí se apresentasse qualquer problema referente. Mas, poxa, é o Universo da Marvel. Eles levantam da cama de manhã e já tropeçam numa pilha de dinheiro ao lado, então a coisa fica de fato complicada.

Resumindo, não apresentou o que ela poderia ter apresentado. É tão horrível? Não, não é, o povo gosta de reclamar também, não se esqueçam disso (o seriado da She Hulk sem dúvidas ainda permanece com o troféu do pior, fiquem tranquilos). É dos melhores? Também não. Tem coisa ali no meio que chega a fazer os olhos doerem, vocês entenderão quando verem (dica na imagem destacada). E como já estamos (ou estávamos) acostumados com obras primorosas vindas das mesmas mãos, é difícil encarar um filme que não traga a mesma excelência num quesito que sabemos que a produtora é capaz de nos dar. Mas, não é o fim do mundo também. Acreditem, antes fosse apenas o gráfico para resmungarmos…

Piadas no Roteiro

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Homem-Formiga desde seu primeiro momento foi conhecido por um roteiro mais leve, o qual usava um bom humor, equilibrado e bem formulado para levar o roteiro principal. Neste terceiro não foi muito diferente, embora tenha sentido este lado diminuir, o que foi perfeitamente aceitável já que a trama carregava um peso muito maior desta vez. Então, para os fãs do Scott divertido, fiquem tranquilos, porque ele teve seus momentos assim. E para os fãs assustados com o atual exagero da Marvel em piadas que só eles riem (estou falando de você, Thor…), fiquem tranquilos, as piadas presentes são bem colocadas. Com exceções pequenas, tem coisa boba sim, mas dá para passar um pano.

Confesso que ultimamente este tem sido meu maior medo nas produções da Marvel, eles acabam se desviando do caminho para fazer piadas estúpidas e sem graça. Mas, praticamente mantiveram o Scott em sua essência original, amém. Mergulhem com o coração aliviado neste quesito.

Conclusão: Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

O Homem-Formiga desde o primeiro olhar virou um dos meus heróis favoritos. Gosto do jeito dele e de tudo que ele traz consigo. Acho que o personagem mostra um lado humano muito bacana, essencial para o que a Marvel vinha montando desde os primórdios, então sem dúvidas ele merecia uma trilogia a altura.

Infelizmente, este terceiro filme não entregou isso. Aos fãs de carteirinha, claro que é essencial assistir e não, não é tão ruim quanto falam. Em minha opinião, a raiz de tudo foi que engrandeceram tanto a coisa e no final foi “puf, acabou, é isso”. Foi decepcionante a conclusão. Sendo bem direta, praticamente não serviu para nada. De fato, aqui, temos um excelente exemplo de: prometeu tudo e não entregou nada. Até conseguiu iludir no começo, mas no final… É inacreditável como levaram o fim. Sim, eu saí decepcionada do cinema. Mas infelizmente, como já estamos há um tempo nessa margem de filmes e séries “razoáveis” da Marvel, o coração meio que já espera isso. E de qualquer forma, sim, já teve coisa bem pior em relação aos pontos negativos pelos quais o filme está sendo apontado.

Resumindo: o maior pecado do filme foi o término fácil e rápido das grandiosas promessas que a trama trazia. Muita coisa misturada e bagunçada, fazendo a gente se perder no meio do caminho e que no final das contas, nada era explorado. Eles pareceram não dar a mínima a alguns pontos e isso fez com que nossa reação fosse igual. Jogavam umas coisas no ar e assim iam. De resto, temos um gráfico razoável, cenas bonitas, interessantes e divertidas, bons personagens no geral, ótimos atores, mas com um final péssimo para a proposta principal.

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