
Desenvolvido por: Supergiant Games |
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Publicado por: Supergiant Games |
Gênero::Roguelike |
Série:Hades |
Lançamento: 25 de setembro 2025 |
Classificação indicativa: 14 anos |
Modos: um jogador |
Disponível para: PC e Switch |
Vale ressaltar que esta review só foi possível graças ao envio antecipado de uma cópia pela Supergiant Games, com o objetivo de viabilizar a produção de conteúdo. Nosso agradecimento à Survios pelo apoio!
História
A história de Hades II coloca o jogador no papel de Melinoë, princesa imortal do Submundo e irmã de Zagreus, protagonista do primeiro jogo. Após os eventos da aventura original, surge uma nova ameaça: Cronos, o titã do tempo, que retorna para desafiar deuses e mortais. A narrativa mistura mitologia grega com criatividade própria da Supergiant, trazendo uma trama envolvente e recheada de diálogos dinâmicos.
O enredo se adapta ao progresso do jogador, às escolhas feitas e até mesmo às derrotas, criando uma sensação de continuidade a cada tentativa. No entanto, algumas críticas apontam que, embora a escala da história seja maior, certos momentos importantes acabam não alcançando o mesmo impacto emocional do primeiro jogo, o que pode decepcionar quem espera um clímax tão memorável quanto o de Zagreus.
Jogabilidade
Na jogabilidade, Hades II traz novidades significativas. Melinoë tem um estilo de combate diferente do irmão, focado em magias e gerenciamento de sua barra de mana, além das armas com estilos variados que transformam o ritmo das batalhas. A grande inovação está na possibilidade de seguir dois caminhos distintos: descer pelo submundo em direção a Cronos ou subir à superfície em direção ao Monte Olimpo.
Essa dualidade garante variedade de cenários, inimigos e mecânicas, ajudando a manter cada partida única. Os boons, favores dos deuses, também estão mais complexos e oferecem sinergias poderosas, incentivando experimentação de diferentes builds.
Por outro lado, a curva de aprendizado pode assustar: a dificuldade é mais intensa, com chefes que exigem atenção e estratégia, o que pode frustrar quem busca algo mais acessível.
Sistemas de progressão
O sistema de progressão continua sendo um dos pontos fortes da série. Assim como em Hades, cada derrota não é apenas um recomeço, mas sim uma oportunidade de avançar. Recursos adquiridos em cada corrida podem ser usados para desbloquear melhorias permanentes, novas habilidades e equipamentos. Além disso, os relacionamentos com NPCs e os presentes dados a eles continuam trazendo recompensas, fortalecendo a sensação de crescimento constante.
As armas oferecem aspectos variados, os boons têm combinações ainda mais profundas e novas mecânicas como os “Hexes” ampliam as opções de personalização. A repetição, inevitável em roguelikes, é suavizada pelos dois caminhos possíveis, que tornam cada tentativa menos previsível e mais estimulante.
Aspectos técnicos e artísticos
Hades II é impressionante: personagens com design marcante, cenários belíssimos e animações fluidas. Cada bioma tem uma atmosfera própria, com cores e detalhes que reforçam a imersão, tanto no submundo quanto na superfície. A trilha sonora de Darren Korb continua sendo um destaque absoluto, com músicas que se adaptam ao ritmo das batalhas e intensificam momentos dramáticos.
Além disso, a dublagem mantém a qualidade, com diálogos bem interpretados que dão vida aos personagens. Em termos de desempenho, o jogo roda bem no PC e no Switch 2, com suporte a altas taxas de quadros. Contudo, em plataformas mais limitadas, como o Switch original, há relatos de batalhas visualmente confusas em meio a tantos efeitos na tela, o que prejudica a clareza em momentos mais caóticos.
Hades 2: vale ou não a pena jogar?
No fim, a grande questão: vale a pena jogar Hades II? A resposta é sim, especialmente para quem gostou do primeiro jogo ou aprecia roguelikes desafiadores. A sequência amplia praticamente todos os elementos da fórmula original, oferecendo mais variedade, mais profundidade e mais motivos para continuar jogando após dezenas de tentativas. Os pontos fortes incluem a narrativa envolvente, o combate dinâmico, os sistemas de progressão recompensadores e a identidade artística impecável.
Por outro lado, a dificuldade elevada pode afastar alguns jogadores, e nem todos os momentos narrativos têm o mesmo peso emocional que no jogo anterior. Ainda assim, o conjunto final é de altíssima qualidade. Hades II não apenas honra o legado do primeiro título, como também se firma como um dos melhores roguelikes da atualidade.

Depois de tudo o que passamos juntos. De tudo o que eu fiz. Não pode ser em vão. Permaneça conosco.