O ex-fundador do estúdio Arkane, Raphaël Colantonio, reacendeu o debate sobre a viabilidade do modelo de assinatura de jogos da Microsoft, o Xbox Game Pass. Em entrevista recente, Colantonio afirmou que o serviço, embora atraente para os consumidores, representa um risco para a sustentabilidade da indústria de games a longo prazo. Confira o comentário:
“O Game Pass é ótimo para os jogadores, mas não sei se é sustentável para os desenvolvedores. Alguém está pagando essa conta, e não sei por quanto tempo isso pode continuar”, declarou Colantonio.
O criador de títulos aclamados como Dishonored e Prey argumenta que o modelo baseado em assinaturas pode desvalorizar o trabalho dos estúdios, especialmente os independentes, ao reduzir a percepção de valor dos jogos. Segundo ele, a pressão por manter um catálogo vasto e constantemente atualizado pode comprometer a qualidade e a diversidade das produções.
A crítica de Colantonio se soma a uma crescente discussão na indústria sobre os impactos dos serviços de assinatura. Embora o Game Pass tenha sido elogiado por democratizar o acesso a jogos e oferecer uma alternativa ao modelo tradicional de vendas, há quem tema que ele possa seguir o mesmo caminho de plataformas de streaming de vídeo, onde a saturação de conteúdo e a competição por atenção acabam prejudicando os criadores.
