Fort Solis I Confira nossa review

Será que vale a pena? Leia a análise completa!

Fort Solis se inspira em Moon — O Outro Lado da Lua, Dead Space e na Quantic Dream. Apresenta um material de qualidade ao estilo Netflix. Mas acaba deslizando em aspectos técnicos.

Ficha Técnica
Desenvolvido por: Fallen Leaf
Publicado por: Dear Villagers
Gênero: Thriller psicológico de ficção científica
Série: Fort Solis
Lançamento: 22 de agosto de 2023
Classificação indicativa: Livre
Modos: Apenas single-player
Disponível para: PlayStation 5 e PC

 

Bem-vindos à Fort Solis!

O protagonista – interpretado por Roger Clark de Red Dead Redemption 2 – Jack Leary recebe um alarme misterioso durante seu turno no posto mineração da Prospecto Um em Marte sobre uma suspeita de falha de energia. Desconfiado de que o alerta foi ativado manualmente e não de forma automatizada, o engenheiro sênior então se prontifica de investigar a estação vizinha de Fort Solis.

A perspectiva de terceira pessoa ajuda a criar uma sensação de claustrofobia, mesmo que não seja fisicamente escuro ou sombrio. Contudo, há uma voz em seu ouvido interpretada por Julia Brown, de The Last Kingdom. Trata-se de Jessica Appleton, nossa colega de rádio.

Quick Time Events (Ilustração: Créditos/Autor)

Chegando nas coordenadas do emissor da mensagem de urgência, deparamos com um local totalmente vazio e meio bagunçado. Latas de refrigerante e papéis estão espalhados por toda parte. Temos a sensação de que o lugar foi abandonado no meio das coisas.  E com uma única mensagem de boas-vindas: “Lockdown in full effect! — Lockdown em vigor!”

Um alarme misterioso! (Ilustração: Créditos/Autor)

Explore, interaja e investigue!

Os pontos de interesse são destacados discretamente por pequenos círculos que se alargam à medida que se aproxima, tornando óbvio o que pode estudar mais de perto ou com o que pode interagir diretamente à medida que se aventura nos aposentos da tripulação e nos escritórios, remexendo nos pertences em busca de pistas.

Pegar itens e mexer em computadores para ler e-mails e assistir a vlogs. Um quadro branco numa sala com um lembrete escrito à mão com caneta para telefonar para casa numa data específica, por exemplo. Um Cubo de Rubik totalmente interativo que pode resolver com mãos menos enferrujadas que as minhas, claro , ferramentas de trabalho, fotografias de entes queridos. E, o mais importante, que o vão pondo a par do que ocorreu.

Prioridade é: Beber uma cervejinha! (Ilustração: Créditos/Autor)

É através delas que somos apresentados ao personagem de Troy Baker de The Last of Us. Por detrás dessas feições severas, o médico de Fort Solis, Wyatt Taylor, expressa preocupações sobre os seus colegas trabalhadores e os seus próprios sentimentos. “Só preciso passar tempo com a minha família”, declara com tristeza. “E não apenas vê-los… através de uma tela de computador”, acrescenta. As únicas notícias que temos do lar e do resto do mundo ocorrem através de mensagens gravadas entre a tripulação e seus familiares.

Luden, da Kojima Productions, é você? (Ilustração: Créditos/Autor)

Unreal Engine 5.2

Por se tratar de indie, a obra atende às expectativas na Unreal Engine 5.2. Há momentos de ação, que vão desde uma tempestade até uma súbita corrida contra o tempo quando o gás entra na estação, forçando Leary correr para o Átrio para recuperar o seu capacete e evitar a contaminação.

Quick Time Event, por exemplo, é uma forma de ação que me chamou a atenção desde o início. Como por exemplo, uma plataforma cai e quase esmaga o personagem. Então, tive que ter sucesso na QTE para me esquivar. Se eu não conseguisse, Jack começaria a mancar. Como em obras da Quantic Dream, por exemplo.

Também se inclina para uma aparência mais real ao remover o HUD. O jogo coloca menus em partes do seu corpo, como uma multiferramenta em seu pulso típica de Dead Space da Electronic Arts, totalmente com interface em PT-BR. Por mais que não haja dublagem, a legenda se destaca como o principal recurso de acessibilidade.

Quebra-cabeças são divertidos! (Ilustração: Créditos/Autor)

No PlayStation 5, há ainda o suporte à resposta tátil do DualSense. Por mais que as telas de carregamento sejam ultrarrápidas graças ao SSD do console, o outro lado da balança é completamente o oposto. O personagem se desloca extremamente de forma lenta. Resolver quebra-cabeças é divertido, mas se tiver que retornar e atravessar os cenários novamente em busca de cartões de acesso ou qualquer outro motivo, mesmo que o Audio Design seja fabuloso, torna-se entediante. Há ainda um Modo Foto. Simples, mas eficiente. Capturar momentos durante a jornada da noite mais longa de sua vida em uma base de mineração isolada em Marte, será marcante.

Fort Solis, vale a pena?

Título funciona perfeitamente como uma série de TV. Com quatro capítulos, não importa se você procura investir tudo de uma única vez ou um em cada semana por exemplo, a história apresenta um material de qualidade ao estilo Netflix. No entanto, com uma duração entre 5-8 horas.

(Ilustração: Créditos/Autor)

Com opções gráficas entre Qualidade e Desempenho, isto é, 30 FPS ou 60 FPS, particularmente presenciei quedas de framerates no build de acesso antecipado em ambas as escolhas e principalmente erros de sombreamento e texturas. No entanto, em um comunicado enviado ao Teoria Geek, a Fallen Leaf prometeu corrigir esses pequenos empecilhos no update de lançamento.


*Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PlayStation 5 pela Fallen Leaf para a elaboração desta análise*