Desenvolvido por: Square Enix |
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Publicado por: Square Enix |
Gênero: RPG de Ação |
Série: Final Fantasy |
Lançamento: 22 de junho de 2023 / PC: 19 de Setembro de 2024 |
Classificação indicativa: 16 anos |
Modos: 1 Jogador |
Disponível para: PlayStation 5 e PC |
Final Fantasy XVI, lançado originalmente em 2023 como exclusivo para PlayStation 5, finalmente chegou ao PC. Agora, tive a oportunidade de experimentá-lo pela primeira vez nessa nova plataforma.
História
Final Fantasy XVI apresenta uma história profunda e complexa que se desenrola no vasto continente de Valisthea. Nesse mundo, somos apresentados a Clive Rosfield, um personagem com uma trajetória marcada por tragédia e vingança. Clive começa como o Primeiro Escudo de Rosaria, um título de prestígio que o coloca como o defensor pessoal de seu irmão mais novo, Joshua, o herdeiro do trono e Dominante da Fênix, uma poderosa entidade mítica.
O mundo de Valisthea é repleto de magia e conflitos políticos, onde cada nação está ligada a um Eikon, uma criatura lendária com poderes devastadores. Esses Eikons não são apenas figuras de mitos; eles desempenham papéis centrais nas batalhas de poder entre reinos. Logo no início, uma tragédia ocorre, transformando a vida de Clive e o levando por um caminho de vingança. O jogo então mergulha em um enredo denso, repleto de reviravoltas e intrigas políticas, onde Clive se vê envolvido em uma guerra que vai muito além dos conflitos pessoais.
A trama de Final Fantasy XVI é notável por sua abordagem madura, algo raro na franquia até agora. Pela primeira vez, vemos um enredo adulto, carregado de temas sombrios como crueldade, sangue e morte. Há cenas de nudez e violência explícita, mas esses elementos não são usados de maneira gratuita. Eles servem para sublinhar a seriedade dos eventos e reforçar o tom sombrio da narrativa, conectando o jogador emocionalmente com o destino dos personagens.
Além disso, o jogo oferece cerca de 20 horas de diálogos dublados, o que poderia parecer excessivo, mas é um deleite para quem é fã de JRPGs. Cada conversa, cada cena, é importante para construir o mundo e desenvolver a complexidade das relações entre personagens e facções.
Jogabilidade
A jogabilidade em Final Fantasy XVI é um espetáculo de ação RPG que combina fluidez e estratégia de forma brilhante. Clive Rosfield é o protagonista de batalhas dinâmicas e intensas, onde cada movimento conta. As lutas não são apenas sobre apertar botões de forma repetitiva; elas exigem que o jogador domine diversas mecânicas e habilidades, o que garante que os combates nunca sejam monótonos.
O sistema de combate utiliza um botão principal de ataque, mas é aí que a simplicidade termina. A verdadeira profundidade está nos combos, na variedade de ataques e nas habilidades especiais que Clive pode desbloquear ao longo do jogo. Clive pode atacar, esquivar e contra-atacar, e ainda pode contar com o auxílio de Torgal, seu companheiro canino, para dar suporte no combate. Torgal pode ser comandado para atacar inimigos, distrair adversários ou até mesmo curar Clive em momentos de necessidade.
Mas o que realmente diferencia o combate de Final Fantasy XVI é o uso dos Eikons. Esses seres poderosos conferem habilidades únicas a Clive, e o jogador pode alternar entre três Eikons em tempo real durante as batalhas. Cada Eikon possui um conjunto de habilidades ofensivas e um atributo nativo, permitindo uma enorme variedade de estratégias. Por exemplo, um Eikon pode conceder a habilidade de se aproximar rapidamente de inimigos, enquanto outro pode atordoá-los com ataques devastadores. Essa troca dinâmica entre Eikons acrescenta uma camada estratégica ao combate que mantém o jogador sempre engajado.
Além disso, há recursos de acessibilidade que tornam o jogo mais inclusivo. Equipamentos, na forma de anéis, podem facilitar o combate ao permitir que o jogador execute combos automáticos ou tenha ajuda extra na esquiva de ataques. Embora úteis, esses itens são opcionais, e o jogador pode optar por não utilizá-los se quiser uma experiência de combate mais desafiadora.
Missões Paralelas
As missões paralelas em Final Fantasy XVI não são meros pretextos para estender o tempo de jogo. Elas desempenham um papel vital na construção do mundo e no desenvolvimento dos personagens. As missões secundárias aparecem constantemente conforme você avança nas missões principais, e cada uma delas adiciona camadas ao enredo geral ou aprofunda a relação de Clive com os outros personagens.
Além das missões comuns, há o quadro de caçadas, que oferece uma variedade de criaturas perigosas para serem eliminadas. As caçadas são um desafio à parte, com 32 monstros únicos espalhados pelo mapa, exigindo táticas e habilidades específicas para serem derrotados. Essas atividades extras são recompensadoras tanto pela dificuldade quanto pela criatividade dos adversários, além de fornecerem recompensas valiosas que podem ser usadas para melhorar o equipamento de Clive.
Outro aspecto das missões secundárias é que muitas delas se conectam diretamente à narrativa principal. Por exemplo, algumas missões podem levar Clive a enfrentar criaturas do quadro de caçadas, enquanto outras podem recompensar o jogador com itens que são essenciais para melhorar armas ou armaduras. Isso cria uma sensação de continuidade e coesão, onde nada parece desperdiçado ou desnecessário.
Aspectos Técnicos da versão de PC
O mundo de Valisthea é impressionante, com uma direção de arte que capta a grandiosidade de cada ambiente. O mapa de Final Fantasy XVI é vasto, dividido em várias áreas com arquiteturas únicas, que vão desde paisagens desérticas até florestas exuberantes e cidades imponentes. Cada local tem sua própria identidade visual, tornando a exploração sempre recompensadora.
A movimentação pelo mapa é facilitada pelo uso de chocobos, que podem ser desbloqueados em uma missão secundária específica. Além disso, há os obeliscos de viagem rápida, que permitem ao jogador se deslocar rapidamente entre regiões já exploradas, economizando tempo e incentivando a exploração de novas áreas. A opção de usar o modo foto, embora escondida, é um bônus que permite ao jogador capturar a beleza dos cenários de Valisthea.
Vale a Pena Jogar: Final Fantasy XVI?
Sem sombra de dúvida, Final Fantasy XVI é uma obra-prima moderna dentro da franquia e do gênero RPG. O jogo consegue combinar uma narrativa profunda e madura com uma jogabilidade rica e envolvente. O enredo, repleto de temas adultos e dilemas complexos, é complementado por personagens bem desenvolvidos e um mundo vasto e detalhado.
As batalhas são intensas e desafiadoras, oferecendo uma grande variedade de estratégias que mantêm o jogador sempre engajado. As missões secundárias, longe de serem apenas “tarefas”, contribuem para a imersão e o desenvolvimento do mundo. Mesmo com alguns deslizes técnicos em certos momentos, o conjunto da obra é impressionante.
Se você é fã da franquia ou de RPGs de ação, Final Fantasy XVI é indispensável. Com sua trama envolvente, combate dinâmico e um mundo ricamente detalhado, este é um jogo que promete deixar uma marca duradoura tanto na série quanto no coração dos jogadores. Prepare-se para uma jornada épica, cheia de emoções, desafios e, acima de tudo, uma história que ficará com você muito depois de os créditos finais rolarem.