Desenvolvido por: Tose |
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Publicado por: Square Enix |
Gênero: JRPG |
Série: Final Fantasy |
Lançamento: 19 de abril de 2023 |
Classificação indicativa: 12 anos |
Modos: Singleplayer |
Disponível para: PlayStation 4, Nintendo Switch, Android, iOS, PC via Steam |
Com o primeiro título da série lançado há pouco mais de 35 anos, Final Fantasy já conta com 15 títulos lançados de sua linha de jogos numerados, com o 16º deles surgindo no horizonte ainda no junho próximo, isso sem contar os inúmeros títulos derivados. Naturalmente, a Square Enix realizou investidas ao longo de várias gerações de consoles para reapresentar os títulos para gerações novas e reviver as memórias das antigas gerações de jogadores, seja mantendo os aspectos técnicos dos lançamentos originais, quanto modernizando com melhorias técnicas e acréscimos de qualidade de vida. A coletânea Pixel Remaster veio justamente com essa premissa, trazer os games originais para uma era moderna, sem deixar que percam a essência. Lançados originalmente para PC, via Steam, e dispositivos móveis em 2022, os jogos agora estão disponíveis digitalmente para PS4 e Nintendo Switch, separadamente ou como uma coleção composta pelos games Final Fantasy de I a VI.
Do que se trata a franquia Final Fantasy?
Final Fantasy é uma franquia multimídia de antologia de fantasia científica criada por Hironobu Sakaguchi e propriedade da Square Enix (anteriormente Squaresoft, antes da fusão com outra gigante dos RPGs japoneses, a Enix, de Dragon Quest). A franquia é centrada em uma série de games de RPG de fantasia e fantasia científica. As histórias principais da série Final Fantasy não estão conectadas. Cada jogo numerado tem seu mundo e história individual, sendo que eles, no entanto, compartilham elementos, temas e recursos recorrentes, mas independentemente de onde você decidir iniciar a série, isso não afetará sua experiência de maneira alguma. Cada entrada principal é sua própria história autocontida. Geralmente, os protagonistas são heróis do bem que lutam contra forças do mal. A gameplay geralmente envolve explorar cenários, interagir com NPCs, lutar contra inimigos, adquirir novas habilidades, melhorar itens e progredir na história. O sistema de combate de Final Fantasy é baseado em batalhas por turnos, onde os personagens do jogador e os inimigos alternam seus movimentos em uma ordem pré-determinada, assim como a maioria dos JRPGs. Cada personagem tem suas próprias habilidades, magias e equipamentos que afetam seu desempenho, e cada personagem geralmente tem uma classe específica, com seus próprios ataques e ou ações de suporte, como ladrão, lutador, mago.
Diferenças e Extras
O que pode ser observado de material extra e mudanças presentes nos games:
- Os seis primeiros games Final Fantasy com gráficos 2D atualizados, projetados para ficarem ótimos em monitores HD. Embora os sprites originais sejam icônicos, o Pixel Remaster buscou uma maneira de trazer os originais para um pacote de alta definição em telas maiores, sem perder a fidelidade ao material de origem. Mas essa tarefa não ficou incumbida a qualquer um. Kazuko Shibuya, um artista de pixel art, que trabalhou no lançamento original, voltou para supervisionar a remasterização dos personagens que ele ajudou a criar há mais de três décadas. Porém, por mais que tenha ficado um trabalho digno, pode incomodar os fãs mais puristas, por terem sido feitas algumas pequenas alterações. Enquanto os originais possuem mais detalhes, o Pixel Remaster opta por um design mais clean.
- As trilhas sonoras foram reorganizadas com supervisão do compositor original Nobuo Uematsu. Quando os primeiro jogos foram desenvolvidos para o NES, Uematsu foi limitado pelo hardware do sistema, mas foi capaz de criar músicas que inspirariam gerações de jogadores. Quase 35 anos depois, ele agora foi capaz de supervisionar arranjos musicais em grande escala dessas canções inesquecíveis. A música atualizada é um dos destaques na nova coleção, mas o jogador pode optar também pela trilha original.
- Recursos de jogabilidade foram aprimorados, tais como modernização da interface de usuário, opções de batalha automática e outros.
- O equilíbrio do jogo passou por correções e ajustes gerais, respeitando o equilíbrio dos jogos originais.
- Capacidade de se mover na diagonal ao atravessar o mapa ou em dungeons, o que pode parecer uma adição boba, mas que de fato traz alguns benefícios. Se você estiver envenenado, por exemplo, mover-se na diagonal reduz o número de passos que você dá para que você possa manter seu HP um pouco mais alto.
- Redirecionamento de ataque para garantir que ninguém desperdice um ataque. Quando um dos personagens elimina um inimigo, se outro personagem atacaria também esse inimigo, ele muda o ataque para o inimigo seguinte ainda vivo. Esta era uma mecânica ausente nos dois primeiros Final Fantasy originais, fazendo com que o segundo atacante perdesse a oportunidade de ataque, pois o inimigo já estava morto.
- Os jogadores da nova coleção podem trocar de jobs sempre que quiserem sem custo de capacity points.
- Uma das atualizações de qualidade de vida mais impactantes no Final Fantasy Pixel Remaster é o recurso de mini-mapa, exibido no canto superior direito da tela, com sua localização atual. Você também pode desativar o mapa a qualquer momento.
- Possibilidade de alternar entre a fonte do lançamento do PC e uma nova fonte pixelada mais próxima das versões originais dos jogos em consoles de 8 bits e 16 bits.
- Os seis jogos também receberam opções de boosts. Os jogadores podem aumentar a quantidade de experiência e dinheiro ganhos por batalha, assim como também podem diminuir a quantidade ganha, caso queiram tornar as aventuras mais desafiadoras. Também há cheats de jogos específicos que variam de jogo para jogo.
- Outro cheat de extrema valia é o cheat No Encounter. Com ele pode-se escolher enfrentar ou não batalhas randômicas. Isso também significa que você não ficará mais forte sem lutar.
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Os JRPGs oldschool podem ser implacáveis quando você entra em uma dungeon, especialmente se você ainda não se familiarizou com o jogo. A última coisa que você desejaria seria se encontrar no coração de uma dungeon com seu grupo nocauteado e nenhuma maneira de curá-lo. Com a nova opção de quick save no menu, você pode salvar seu progresso em qualquer lugar do jogo. Faça uso desse novo recurso, pode ser perigoso lá fora.
- Cada título também conta com um bestiário próprio, com detalhes dos monstros encontrados; galeria de artes; e um player de música com as trilhas do respectivo título.
- Todos os títulos contam como opção de idioma o português do Brasil, uma ótima forma de valorizar os fãs brasileiros e facilitar a compreensão da história por aqueles que não dominam o inglês.
Pontos negativos
De pontos negativos, como já foi dito acima, pode ser considerado a perda de detalhes nos sprites, o preço bastante elevado de cada título (R$64,90, para os dois primeiros títulos, R$94,90, para os demais, e R$374,50 para a coletânea), o que pode afastar muita gente com vontade de adquirir os jogos, pelo menos por ora. A situação é pior ainda se você pensar em ir atrás de uma mídia física para sua coleção, sendo que a versão de Switch dificilmente se encontra por menos do dobro da versão digital, a versão de PS4 por não menos que 2K, e a edição de colecionador então nem se fala.
Final Fantasy Pixel Remaster: Vale a Pena?
Em 35 anos de existência, essa é sem dúvidas a coletânea mais completa e de maior qualidade da franquia, mesmo que contenha apenas parte dos títulos. Serve indiscutivelmente como a melhor porta de entrada para aqueles que nunca jogaram um game da franquia, e serve também como a melhor forma de fãs de longa data reviverem os primeiros títulos que consagraram a franquia.
Eu não escolhi esse caminho. O caminho, ele me escolheu. Leia mais aqui