Fate: A Saga Winx teve sua segunda temporada liberada na última semana pela Netflix. E assim como a primeira temporada da série, essa mostra que a produção não deve ser levada a sério. Ela entretém e consegue fisgar a atenção. Mas em muitos momentos deixa a desejar.
Título: Fate: A Saga Winx |
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Ano de Produção: 2021 |
Dirigido Por: David Moore, Edward Bazalgette, Sallie Aprahamian |
Estreia: 16/09/2022 |
Duração: 48 a 55 minutos por episódio |
Classificação: 16 anos |
Gênero: Fantasia, teen, drama, aventura |
País de Origem: Estados Unidos, Itália |
Sinopse: Nessa nova temporada, os estudantes tem que lidar com uma nova diretora, o desaparecimento de alguns alunos e a possibilidade da ameaça de bruxos de sangue. |
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Primeira Temporada
Na primeira temporada existe a apresentação dos personagens e do próprio universo da série. O problema foi a maneira como algumas personagens apareceram. Por se tratar de uma adaptação é de se esperar que não seja igual no desenho, até porque a série iria abordar temais mais “adultos” como sexo. Mas acho que ninguém esperava ser tão frustrado com algumas personagens.
Stella (Hannah van der Westhuysen) foi com certeza a maior decepção da primeira temporada. Ela é colocada em um triângulo amoroso, dependente de macho e tem zero carisma. Completamente diferente da Stella da animação que é uma das fadas principais mais adoradas. Super carismática e uma patricinha do bem, mas a série acabou com ela.
Outra que também sofreu foi Aisha (Precious Mustapha). Na série ela colocada para escanteio e houve reclamações sobre como a transformaram na melhor amiga negra da protagonista. Mas Musa (Elisha Applebaum) foi o grande trunfo da temporada. Com um poder interessante e suas inseguranças quanto a ele, ela acaba roubando a cena.
Novos Acontecimentos
A segunda temporada começa alguns meses depois da primeira, e o mistério inicial é o desaparecimento de alguns alunos. As meninas estão mais unidas. Bloom (Abigail Cowen) está com Sky (Danny Griffin), o que afeta Stella de certa maneira. Musa continua com Sam (Jacob Dudman), mas o garoto está tendo altos picos de estresse devido irritações com a nova diretora, Rosalind (Lesley Sharp).
Não demora muito para que as meninas desconfiem que Rosalind tem ligação com o desaparecimento dos alunos. E menos ainda para que decidam começar a investigar. Mas no meio de tudo isso, Stella recebe um broche implantado em sua pele que impede que ela use seus poderes. Tudo ordem da mãe da loira por ela estar usando poderes indevidamente. Só que ela esconde isso das colegas de quarto e uma amizade com Beatrix (Sadie Soverall) surge.
Esses acontecimentos juntamente com a desconfiança de que há bruxos de sangue envolvidos no meio de tudo é o que vai mover grande parte da temporada. Mas uma outra personagem já conhecida dos fãs do desenho finalmente dá as caras, Flora (Paulina Chávez) aparece como prima de Terra (Eliot Salt).
Personagens
Aisha ganha mais palco nessa temporada e até um interesse amoroso. Inicialmente, a fada da água não parece muito afim de dar uma chance para o amor, mas acaba cedendo depois de uma conversa com Flora. Vemos mais do jeito dela bem organizado, mas ao mesmo tempo bem estressado também. E é possível criar mais vínculo com ela graças a esses fatores.
A relação de Stella e Beatrix é um dos pontos interessantes da temporada. Beatrix acaba fisgando o público e conseguindo gerar apego por parte dos telespectadores com relação a ela. Apesar de Stella tem seu momento de brilho (também de forma literal) a personagem ainda não consegue de fato cativar quem assiste. Mas com certeza teve algum avanço se comparada com a primeira temporada.
Bloom se mantém a mesma da temporada anterior. A personagem com o famoso poder do protagonismo. Nunca gostei muito dela como protagonista na animação, mas ela ainda tinha aquele jeito inocente e doce que de certa forma faz a gente gostar. Na série ela é meio sem personalidade, mas com todo o poder do protagonismo.
O Resto das Winx
Terra, assim como na primeira temporada, se mantém uma personagem querida. Mas ela tem um arco muito interessante que eu realmente não imaginava acontecer da forma como acontece. Alguns momentos da temporada pode ser vista como chata, mas é entendível a maneira que se comporta devido a tudo que passa.
A prima de Terra, Flora, começa a temporada de um jeito não muito cativante. Até porque ela é vinculada a personagem do desenho. Mas conforme os episódios passam é possível criar mais apego com ela e desvincular sua personagem da série, da Flora da animação. Mesmo apesar de um grande feito ao final da temporada ainda não dá pra dizer se gosto ou não dela.
Musa é novamente um dos pontos fortes da produção. A fada dos sentimentos continua tendo que lidar com as consequências de seus poderes e isso a leva a tomar uma decisão que muda tudo. Tal decisão é o que a aproxima de Riven (Freddie Thorp). Sim, esse é o momento de glória para os shippadores de plantão e amantes da animação, assim como eu.
Pontos fortes
A segunda temporada de Fate: A Saga Winx traz belas paisagens e consegue fazer o público acreditar que está realmente em um mundo mágico. A sua trilha sonora continua sendo maravilhosa e ressalto o momento Taylor Swift da temporada que foi simplesmente divino. A representatividade queer é mais presente e não colocada tão tóxica como foi na primeira temporada.
Ressalto também a relação desenvolvida entre Stella e Beatrix. As duas que seriam amigas improváveis acabam tendo momentos bem interessantes contando até com um arco de redenção de Beatrix e uma compreensão maior do porque ela faz o que faz.
Outra relação que é muito boa é a de Musa e Riven. Ela acontece de maneira bem natural e é o ponto de início para um possível envolvimento amoroso numa próxima temporada. Ambos têm um desenvolvimento gradativo ao longo da temporada que acende aquela chama de esperança no público que quer ver eles juntos.
Pontos Fracos
A série parece inserir alguns fatores que depois não vão para frente. Alguns acontecimentos parecem ser resolvidos de maneira muito rápida. Bloom toma algumas atitudes bem questionáveis o que dificulta bastante gerar apego por ela. Ela também não tem muito carisma, então como protagonista deixa bastante a desejar.
O que dizer dos looks dessa temporada? A maioria das peças simplesmente não combina entre si e se era para parecer looks ousados eles apenas são feios. E isso é para todas as Winx. A única que consegue se salvar um pouco desse desastre da moda é Bloom e Beatrix.
Enquanto temos duas boas relações sendo desenvolvidas nessa temporada, o namoro de Bloom e Sky é bem morno. Parece não existir nenhuma química entre os dois, e mesmo sendo um casal do desenho, na série eles não conseguem cativar o público. E a própria relação tem dos dois parece ser meio problemática em alguns aspectos.
Opinião Final
Como dito no primeiro parágrafo, Fate: A Saga Winx é uma produção que não deve ser levada a sério. Ela consegue sim entreter e tem momentos de fisgar o público e alguns debates interessantes. Mas se seu objetivo vai além do mero entretenimento então não é algo que eu recomende.
Quem gosta de O Clube das Winx, vai gostar da produção, mesmo com todas as diferenças. Então, em resumo a segunda temporada vale sim o play se você já acompanha a produção, pois a temporada cumpre o que promete, entretenimento. Mas se não é o caso, e se não gosta de séries mais adolescentes por mero entretenimento é melhor ficar longe.
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