01 de outubro de 1999. Nessa data começa a ser concebida através da fundação da Monolith Studio, em Tóquio uma das séries mais inteligentes da história dos games, Xenosaga.
Ficha Técnica
Desenvolvedora: Monolith Soft
Publicadora: Namco
Diretor: Tetsuya Takahashi
Produtor: Hirohide Sugiura
Escritor: Tetsuya Takahashi, Kaori Tanaka
Programador: Toshiaki Yajima
Artista: Kunihiko Tanaka, Kouichi Mugitani, Junya Ishigaki, Yasuyuki Honne
Compositor: Yasunori Mitsuda
Plataforma: PlayStation 2
Série: Xenosaga
Data(s) de lançamento: JP 28 de fevereiro de 2002 / AN 25 de fevereiro de 2003
Gênero: RPG eletrônico
Xenosaga seria o sucessor espiritual de Xenogears, game que fez um grande sucesso no PlayStation One devido entre outras coisas, a sua história profunda. Já em 2000 começavam os trabalhos para desenvolver Xenosaga, com um time que contava com algumas pessoas que já haviam trabalhado em Xenogears.
O Project X, como foi intitulado inicialmente contava entre outros com: Tetsuya Takahashi como diretor e produtor, a roteirista Kaori Tanaka, desenhista de personagens, Kunihiko Tanaka e o compositor Yasunori Mitsuda. Project X, ou Xenosaga posteriormente, foi imaginado para ser um game grandioso e com uma vida longa. O game inicialmente foi imaginado em 6 episódios, algo que infelizmente não aconteceu, e vamos abordar isso mais a frente.Inicialmente Xenosaga era pra ter sido lançado pela, na época Squaresoft, mas isso não pode acontecer, pois além da gigante japonesa estar totalmente voltada ao seus jogos, Xenosaga era um projeto caro e a empresa não tinha interesse em gastar naquele momento.
Sendo assim Xenosaga Episode I: Der Wille zur Macht viria a ser o primeiro título da Monolith Studios, sendo subsidiária da Namco. Está última por sua vez cuidou de financiar, e distribuir o game, sendo assim Tetsuya Takahashi teve total liberdade para trabalhar no seu Project X. Xenosaga Episode I começou a ser desenvolvido logo em 2000, logo depois da fundação da Monolith. O conceito do game estava sendo trabalhado desde 1999 por Takahashi, com a intenção que fosse um sucessor espiritual de Xenogears em vez de uma recriação ou sequência, como já mencionamos.
Confira abaixo o trailer apresentado na TGS 2001:
//www.youtube.com/watch?v=dXDk8ufe7I8&feature=youtu.be
Enredo:
Nossa jornada começa quando, Uzuki está a bordo da nave Woglinde fazendo testes em KOS-MOS. A tripulação capta o sinal de um Emulador Zohar, uma das treze réplicas do Zohar original.Cherenkov monitora o progresso, porém ao mesmo tempo é um espião da U-TIC à procura do Zohar. A Wogline é pouco depois atacada pelos gnosis. KOS-MOS se ativa automaticamente e protege a equipe de Uzuki, no processo matando Virgil em fogo amigo a fim de salvar Uzuki e Ridgeley. KOS-MOS levam os dois e Cherenkov para a nave Elsa, que está seguindo para Segunda Miltia.
Os Gnosis atacam novamente e Caos usa sua habilidade para salvar Cherenkov. O ataque faz Cherenkov entrar em mutação, tormentando-o com visões de seu passado como soldado que falhou em ajustar-se a vida civil e matou muitas pessoas, incluindo sua esposa.Uzuki fica preocupada que KOS-MOS está apresentando um comportamento errático, enquanto Ridgeley fica preocupado com o estado emocional de Uzuki. Em outro lugar, Ziggy é enviado para resgatar M.O.M.O. da U-TIC, já que dados guardados dentro dela podem abrir o planeta Miltia original, perdido em um desastre pelo qual seu criador Joachim Mizrahi é culpado.Ziggy resgata M.O.M.O. e escapa por pouco.
Piazzolla, que está trabalhando para a U-TIC atrás de objetivos próprios, parte atrás de M.O.M.O. A Elsa é tirada do hiperespaço e engolida por um Gnosis gigante. Cherenkov se transforma em um Gnosis e o grupo é forçado a matá-lo, escapando da nave e sendo resgatados por Jr.. Uma batalha se segue e KOS-MOS ativa armas nunca vistas antes e absorve o gnosis. A equipe descobre de Jr. que a Fundação Kukai estão reunindo e armazenando Emuladores Zohar criados por Mizrahi. Enquanto isso, a U-TIC usa agentes dentro da Federação para alterar imagens da batalha entre Jr. e a U-TIC com o objetivo de implicar o grupo na destruição da Woglinde. Eles viajam para a base da Kukai acima da Segunda Miltia, operada por Gaignun. O grupo é feito de refém por agentes da Federação por causa da influência da U-TIC. Eles recebem a ajuda de um aliado de Gaignun e recuperam evidências do centro de memória de KOS-MOS que pode exonerá-los.
O grupo atravessa a memória de KOS-MOS, que é apresentada na forma de um reino lúdico construído a partir das memórias reprimidas de todos, por todo caminho observados por Nephilim. Uzuki encontra uma visão de Debronia, uma realiana morta no Conflito Miltiano, que lhe pede para “libertar” suas irmãs Cecily e Cathe pelo bem tanto de humanos quanto realianos. Nephilim conta ao grupo que KOS-MOS foi projetada para impedir que as energias U-DO entrassem nesta realidade, um evento que causou o planeta Miltia original desaparecer em um vácuo de espaço-tempo. Uzuki tem a capacidade de fazer um futuro melhor por sobreviver a um encontro com um gnosis e permanecer humana. Piazzolla, durante esse eventos, captura e tortura M.O.M.O. psicologicamente até iniciar a “Canção do Nephilim”, uma música que atrai um enxame de gnosis.
A frota da Federação tenta destruir a base Kukai por parecer que é a origem da Canção, porém Wilheim, que tem observado secretamente os eventos, chega com uma frota particular que destrói os Gnosis e protege a base. KOS-MOS utiliza uma arma avançada a fim de detectar a fonte da Canção em uma nave camuflada. O grupo aborda a nave espacial, resgatam M.O.M.O. e enfrentam Piazzolla, porém são parados por um homem azul que permite que Piazzolla escape com dados extraídos que podem dar acesso a Miltia. Ele convoca a Proto Merkebah, uma nave de pesquisa criada por Mizrahi, destruindo a frota da Federação antes de mirar suas armas na capital de Segunda Miltia.
O homem azul revela ser Virgil ressuscitado e observa os eventos antes de desaparecer. O grupo infiltra-se na Proto Markebah e destrói seu núcleo, porém Piazzolla foge. Eles escapam da nave enquanto ela entra em autodestruição, com KOS-MOS protegendo a danificada Elsa enquanto esta entra na atmosfera de Segunda Miltia.
Gameplay:
Os personagens podem usar ataques de curto alcance e ataques de longo alcance, vários movimentos especiais e poderes, que são basicamente feitiços. Como em Xenogears, os personagens podem executar combinações de movimentos em uma único turno e, adiando suas ações por um turno, você pode fazer um personagem desencadear ataques mais poderosos.
Confesso que achei o game um pouco lento, e isso do início ao fim, mas isso não quer dizer nem de longe que o game é ruim.O sistema de batalha é muito profundo, e isso acaba compensando a lentidão do game, cada batalha oferece possibilidades diferentes.As batalhas lembram os sistemas de combate lembram os da serie Final Fantasy da época. Xenosaga não tem encontros aleatórios encontros aleatórios, isso não quer dizer que o combate não seja intenso.
Os inimigos estão visíveis na tela e quando você se aproximar eles vão avançar ferozmente.Você pode controlar três personagens em seu grupo durante uma luta e se revezar com seus inimigos, como na maioria dos outros RPGs. Para isso você vai usar os ataques previamente definidos em X, O, [ ] e /\.
Amigos e inimigos se revezam de acordo com a iniciativa deles, mas à medida que você ataca com sucesso, seus personagens ganham a capacidade de conseguir turnos extras. Você também terá que ficar de olho em vários efeitos debilitantes que podem afetar seus personagens e aprender a identificar seus inimigos. Fora isso, os dois lados apenas se recuperam e se curam quando se machucam, o mesmo que na maioria dos jogos de RPG, embora o combate seja um pouco mais estratégico aqui.
As batalhas no final do jogo podem ser bastante difíceis, então você terá que fazer todas as ações valerem.Conselho de amigo, avance moderadamente no game, se chegar despreparado nas partes finais, você não vai conseguir avançar.
Considerações:
Conheci Xenosaga Episode I no final de 2002, vasculhando alguns games acabei encontrando o jogo em uma loja no centro da minha cidade (Itaquaquecetuba). Como havia lido uma breve matéria na revista Gamers e sempre fui apaixonado por Friedrich W. N. não perdi a oportunidade e comprei.
Como fã de RPG eu recomendo Xenosaga Episode I, pois é uma experiência gratificante, em um gênero que hoje mudou muito.O jogo é bastante interessante e se você gosta de um enredo marcante e cheio de controvérsia vai amar o game. A historia do game, cheia de reviravoltas e principalmente temas controversos como, religião, ética, politica e amor, fazem de Xenosaga um game épico.
Isso se estende aos outros dois jogos da série, mas isso vamos abordar em Xenosaga Episode II: Jenseits von Gut und Böse em breve. Para terminar deixo uma frase de Nietsche, uma das que mais gosto, publicada no seu livro ” Para Alem do Bem e Mal” – 1886 Não é a intensidade dos sentimentos elevados que faz os homens superiores, mas a sua duração.
É você, conhece ou jogou Xenosaga Episode I? Conte pra gente nos comentários abaixo.
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