“Oppenheimer” (2023) não só se tornou um dos melhores filmes do ano passado como também despertou a curiosidade sobre alguns personagens históricos que surgem na obra, como no caso de Albert Einstein.
Título: Einstein e a Bomba |
---|
Ano de Produção: 2024 |
Dirigido Por: Anthony Philipson |
Estreia: 01 de março de 2024 |
Duração: 1h 16min |
Classificação: 12 anos |
Gênero: Documentário |
País de Origem: Reino Unido |
Sinopse: Albert Einstein, o cientista mais famoso do mundo em 1933, precisou fugir da Alemanha após o avanço de Hitler, que começou a perseguição sistemática aos judeus. Se escondendo da vista de todos, um dos maiores pensadores da história da humanidade se isolou para fugir da guerra, mas também foi neste momento que seu relacionamento entre a Europa e os EUA, entre o pacifismo e a agressão, se iniciou, o colocando no caminho da mais poderosa das invenções: a bomba atômica. O documentário Einstein e a Bomba usa as próprias palavras de Einstein através de imagens de arquivos, cartas e entrevistas para revelar sua vida durante duas guerras mundiais. |
---|
.
NARRATIVA E DIREÇÃO
Embora aparecendo pouco na obra de Christopher Nolan, o cientista protagonizou uma cena final ao lado do protagonista J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy) que diz tudo sobre o quanto estamos impotentes perante a ambição do homem ao usar uma das armas mais mortíferas já criadas que é a bomba atômica. “Einstein e a Bomba” (2023) é uma pequena obra que serve mais para saciar a curiosidade sobre o cientista, mas não espere algo da mesma envergadura da obra de Christopher Nolan.
Dirigido por Anthony Philipson, o filme conta mais especificamente sobre o período em que o cientista precisou fugir da Alemanha após o avanço de Hitler, que começou a perseguição sistemática aos judeus. Se escondendo da vista de todos, Einstein colaborou, mesmo de forma indireta, na criação da bomba atômica na tentativa de conter o poderio nazista. Porém, mal sabia ele que esse poder de destruição em massa causaria tamanhos danos para a humanidade futuramente.
O filme transita entre a linguagem documental com momentos de reconstituição quando o cientista se refugiou. Curiosamente, a obra ganha maior atenção nossa graça a essas passagens, onde testemunhamos cenas reais do próprio Einstein além de várias cenas de arquivo sobre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Mesmo com pouco mais de uma hora de duração temos uma pequena síntese do porquê Alemanha, antes moribunda devido ao primeiro grande conflito, ter se tornado uma potência perigosa nas mãos de Adolf Hitler.
INTERPRETAÇÃO
Aidan McArdle até que se sai bem ao dar vida ao cientista, mas acaba se tornando uma interpretação falha ao compararmos com o verdadeiro quando surge em cena nas cenas de arquivos. Além disso, a direção de Anthony Philipson é deveras econômica, sendo que a gente só não tem maior sensação sobre isso quando ele consegue fazer uma boa edição de cenas da reconstituição dos fatos e sabendo alinhá-las com as cenas de arquivos. Além disso, as realizações do cientista até que são bem explicadas, não sendo levadas ao extremo, mas ao menos nos passando o peso sobre o que elas haviam se tornado.
Ao final, constatamos que cada um teve culpa no cartório pela criação da bomba, sendo que até o próprio Einstein reconhece a sua falha ao colaborar neste caminho sem volta. Uma vez combatendo medo contra o medo se gerou então algo mais mortífero, do qual a humanidade até hoje convive com ela e fazendo a gente se perguntar qual será o nosso último passo em vida. Albert Einstein sempre pregou o bem através da ciência. mas jamais imaginou que os poderosos no comando de grandes potências seriam tão irracionais perante a possibilidade de extinguir a vida na terra.
VEREDITO
“Einstein e a Bomba” serve mais como aperitivo para aqueles que apreciaram “Oppenheimer”, mas que obtém a nossa atenção graças ao temor que temos com relação a extinção da raça humana.
Onde Assistir: Netflix
Conheça nosso canal no YouTube: