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Dying Light 2 Stay Human | Confira nossa review

Dying Light 2 Stay Human eleva a qualidade da franquia, mas sofre alguns deslizes de acabamento.

Dying Light 2 Stay Human
Ficha Técnica
Desenvolvido por: Techland
Publicado por: Techland
Gênero: Ação, Terror, RPG, Sobrevivência
Série: Dying Light
Lançamento: 4 de fevereiro de 2022
Classificação indicativa: 18 anos
Modos: 1-4 Jogadores
Disponível para: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC

 

Foram 7 anos de espera desde que a sequência do aclamado Dying Light foi anunciada, e finalmente podemos experimentar o fruto desse árduo trabalho da Techland.

Há mais de vinte anos, lutamos contra o vírus em Harran — e perdemos. Agora, estamos perdendo de novo. A Cidade, um dos últimos grandes assentamentos humanos, está dilacerada por conflitos. A civilização voltou para a Idade das Trevas. Ainda assim, temos esperanças.

Um rapaz chamado Aiden Caldwell

Em Dying Light 2 Stay Human contamos com um novo protagonista e uma história com uma pegada mais pessoal. Aiden está atrás do paradeiro de sua irmã, e viverá diversas aventuras nesse percurso. Mas não pense que a narrativa é tão simples assim, um mistério parece envolver o seu passado e fará o jogador ansiar por mais destalhes.

Um forte ponto positivo, é que não é necessário você jogar o título anterior para essa trama fazer sentido. Logo é perfeitamente possível novos jogadores iniciarem sua experiência em Villedor e Central Loop – cidades que dão vida ao jogo.

Existe uma beleza escondida em meio ao caos.

Sobreviventes ou Pacificadores?

Estamos de volta num mundo pós-apocalíptico e existe agora um conflito paralelo que irá definir pontos importantes na sua história. A cidade está dividida entre sobreviventes, renegados e pacificadores. Três grupos distintos que disputam o controle da cidade e possuem valores diferentes. Por diversas vezes você terá que escolher entre um aliado e outro, como também realmente colaborar com o crescimento de duas dessas facções.

A importância das suas escolhas é tão grande, que moldará a história através delas. No entanto se tem algo que irá impactar ainda mais é a própria gameplay. Quando você faz com que um dos assentamentos aumente de nível, vantagens únicas serão dispostas no mapa relacionadas a ele.

Os figurinos não passam despercebidos, ajudando a caracterizar cada um dos personagens.

Dessa forma ao contrário de muitos jogos, Dying Light 2 Stay Human vai realmente te fazer querer jogar uma nova campanha para não só ter um vislumbre de escolhas diferentes, mas para conhecer alterações na gameplay que podem estar diversificando seu grau de diversão.

Mundo aberto gigantesco

Assim como no primeiro jogo, o mapa é dividido em duas partes. Numa delas temos Villedor, uma cidade um pouco menor, mas não menos importante. Na outra Central Loop, uma verdadeira selva de concreto, com arranha-céus e tudo o mais.

Se você achar que Dying Light 2 Stay Human não está animado o suficiente, espere até chegar na segunda cidade. Lá é onde a jogabilidade e a história mostram seu verdadeiro valor.

O mapa é rico em atividades. Existem desafios de parkour, missões secundárias, encontros na fogueira, lojas abandonadas, instalações do EGS, moinhos a serem ativados e muito mais. Algumas dessas missões ajudam no seu desenvolvimento e no da cidade, e outras como as missões secundárias ajudam a enriquecer a história.

O Parkour está de volta!

A jogabilidade está muito fluída, e o parkour insano. Imagine que está de noite e uma perseguição se dá início, vários inimigos estão na sua cola e tudo o que lhe resta fazer é correr. Então você sai em disparada, desliza por de baixo de uma pequena abertura e percebe que o final do terraço está chegando, mas olha lá embaixo e tem um colchão, então se joga nele e sai correndo pela estrada. Seguindo em frente você encontra uma forte ventania num bueiro, e não pensa duas vezes, abre seu parapente lá em cima e toma impulso para planar para o prédio seguinte. Lá em cima você encontra um moinho ativado, e está a salvo.

Os parapentes proporcionam uma ótima visão do cenário e também ajudam na mobilidade.

Para quem curte uma boa adrenalina, não tem como não gostar. Principalmente porque quanto mais você vai liberando as habilidades, mais estratégias pode utilizar nas corridas, deixando tudo cada vez mais dinâmico.

No entanto o jogador agora também precisa se preocupar com o fôlego, uma barra de resistência que nos impede de realizar movimentos infinitos. Essa barra precisa ser bem cuidada, para você não acabar se embaçando no chão ao cair de vários metros de altura. A princípio ela incomoda bastante, mas com o tempo você se acostuma e acaba gostando da dificuldade que torna até mesmo uma escalada, em algo inteligente.

E os Confrontos?

Em Dying Light 2 Stay Human algumas situações permitem que sejamos furtivos, e em outras, completamente agressivos. A furtividade é realmente útil durante a noite, quando você está dentro de um prédio repleto de zumbis dormindo, então com cuidado pode ir matando todos na moita ou ainda simplesmente passar despercebido para cumprir sua missão mais rapidamente.

Já se decidir por um confronto direto, espere por uma boa pancadaria. Porém os inimigos são variados e podem exigir uma estratégia diferente. Inimigos pesados exigem uma esquiva para o lado para revidar, enquanto inimigos normais permitem realizar numa defesa perfeita que os atordoa e permite realizar uma sequência de golpes. Quanto mais habilidades você libera, um leque de oportunidades vai se abrindo.

Arsenal

As armas essas podem ser encontradas, compradas, conquistadas e modificadas. Existem mestres artesãos em alguns pontos que permitem criar diversas melhorias para elas, e a diversidade é bem satisfatória. Os níveis das melhorias também podem aumentar, e dessa forma um Mod de Fogo nível 3 irá causar um impacto bem maior que de um nível 1, além de melhorar o tempo de efeito, por exemplo.

A variedade de inimigos agrada, e alguns realmente assustam.

Contamos também com uma diversidade de itens que vão ajudar demais a lidar com hordas ou inimigos específicos em determinadas situações. Existe uma grande variedade deles – os inimigos – e alguns são extremamente assustadores, mesmo se você for jogar na dificuldade fácil.

Dia e Noite

No primeiro jogo era comum encontrarmos um esconderijo e irmos dormir até amanhecer, sempre que o dia dava indícios de terminar. Mas agora em Dying Light 2 Stay Human, jogar de noite se tornou divertido. Algumas missões só liberam durante a noite, e a movimentação dos inimigos é completamente diferente.

Se você quiser fazer algo na rua, de dia com toda certeza é o melhor horário. Já que a maior parte dos contaminados se escondem da luz do Sol. Porém  se você quiser adentrar um prédio, o melhor é esperar pela noite, pois os contaminados irão para a rua, e os que restarem estarão em sua grande maioria dormindo.

No entanto fique ligado, em qualquer situação você pode encontrar inimigos perigosos! E de noite você tem um grande empecilho, o tempo! Seu personagem está contaminado e não pode ficar na escuridão por um grande período, o jogador só terá uma brecha de poucos minutos para agir. Mas é claro que existem itens para melhorar a situação e até mesmo alguns pontos de recuperação.

Corra para a luz roxa! Lâmpadas UV podem salvar sua vida.

Gráficos

É inegável que o jogo está realmente bonito, mas isso se dá pela ambientação e uma bela textura. Como era esperado, Stay Human ainda não pode ser considerado um título de nova geração, afinal ele começou a ser produzido 7 anos atrás, quando o PlayStation 5 e Series X estavam longe de chegar em nossas vidas. De qualquer forma a Techland ainda nos trouxe três opções gráficas:

E é aqui que entra um grande problema, pelo menos para mim. Como Dying Light é um jogo em primeira pessoa com muita movimentação de câmera, pode atacar a Cinetose em algumas pessoas – conhecida como o mal do movimento. Desse modo, para quem tem o mesmo quadro que eu, se torna obrigatório o uso do modo desempenho, pois sem os 60FPS, a chance de enjoo aumenta significativamente.

Trilha Sonora

Fantástica, essa é a palavra certa pra expressar essa trilha sonora que realmente consegue nos cativar toda vez que entra em cena. Os instrumentos musicais e as melodias conseguem alcançar algo dentro de nós de uma maneira incrível.

A localização em Português do Brasil também aumentou demais a imersão na trama, com ótimos dubladores marcando presença.

O único empecilho fica por conta do pouco uso do DualSense. Se tivéssemos alguns efeitos sonoros aqui ou ali, acho que dava pra ter uns jump scares legais.

Dying Light 2 Stay Human: Vale a pena?

Com toda certeza! A sequência do aclamado jogo de sobrevivência em primeira pessoa consegue se aprimorar. Sua história é mais envolvente, seus combates mais fluídos, o parkour nunca foi tão bem aproveitado e a trilha sonora está realmente fenomenal. Contudo o jogo peca por apresentar alguns bugs irritantes que estão impossibilitando algumas pessoas de avançar tranquilamente no progresso do jogo – porém eu mesma, não tive nenhum contratempo.

Acredito que Dying Light 2 Stay Human chegou um pouco tarde, mas pela sua qualidade ainda merece uma nota de destaque. Para qualquer amante de um pós-apocalipse zumbi, esse jogo é obrigatório, ainda mais se você tiver amigos para jogar em co-op em até 4 jogadores.

ONDE COMPRAR

Dying Light 2 Stay Human  – PlayStation 4
Dying Light 2 Stay Human  – PlayStation 5
Dying Light 2 Stay Human  – Xbox Series X
Dying Light 2 Stay Human – PC

O Teoria Geek agradece a Techland pela chave de PlayStation 5 fornecida para a produção dessa análise.

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