Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes é o clichê de aventura que a gente gosta, em formato de RPG de mesa.
Jogo esse anteriormente marginalizado, de forma errada, que passou a ganhar mais adeptos durante o passar dos anos. Se você não sabe de quem estou falando, procure sobre a história de Damien Echols, a pessoa que inspirou a criação do personagem Eddie de Stranger Things.
Acreditem! Está tão escancarado que o filme é uma partida de Dungeons & Dragons, que sua narrativa parte dessa premissa, mas sem se tornar piegas.
Título: Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes |
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Ano de Produção: 2023 |
Dirigido Por: John Francis Daley e Jonathan Goldstein |
Estreia: 13 de abril de 2023 |
Duração: 134 min. |
Classificação: 12 anos |
Gênero: Ação. Aventura. Fantasia. |
País de Origem: Estados Unidos |
Sinopse: Em Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes, em um mundo repleto de dragões, elfos, anões, orcs e outras criaturas fantásticas, sobreviver é sempre um grande desafio. O bardo Edgin (Chris Pine), embarca em uma missão para resgatar uma relíquia mágica, capaz de ressuscitar sua esposa e recuperar a confiança de sua filha Kira (Chloe Coleman). O homem se une a um improvável bando de aventureiros, e juntos eles se arriscam entre os lugares mais perigosos e misteriosos desse universo, dispostos a combater o mal e a derrotar as mais terríveis criaturas que surgem em seus caminhos. Mas as coisas podem sair perigosamente erradas. Entre os desafios, eles precisarão enfrentar o exército de Forge (Hugh Grant), a feiticeira Sofina (Daisy Head), além de Holga (Michelle Rodriguez), Doric (Sophia Lillis), Xenk (Regé-Jean Page) e o mago Simon (Justice Smith). Baseado no jogo Dungeons & Dragons, um Role Playing Game (RPG) criado na década de 70. |
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Entendendo o mundo do “jogo” ou filme
Aqui, o personagem de Chris Pine, o bardo Edgin Darvis, narra do que se trata a história e como foi que ele foi parar onde está.
Deixo claro que o diretor se vale da narrativa, tal como ocorre nos jogos de tabuleiro, até mesmo com as interrupções, para explicar algo aos “jogadores”, ou melhor, espectadores. Mas, fiquem tranquilos, o artifício não é nada cansativo. Já que a forma em que somos introduzidos ao mundo de Dungeons & Dragons é dinâmica e um tanto quanto divertida.
Aliás, devo acrescentar que o estilo me lembrou muito ao do diretor, Guy Ritchie, em filmes como Sherlock Holmes e Rei Arthur.
E que filme visualmente bonito de se ver. Embora tenha muito efeito especial, a condução da jornada dos “heróis” é tão orgânica, que você passa a achar que está fazendo parte do grupo. Principalmente, quando você sente, em alguns frames, que a câmera faz a vista dos olhos do espectador a um tabuleiro de mesa, como os mapas de Tolkien de outrora, eternizados nos filmes de Peter Jackson.
Escolha seus personagens
Mais uma vez, a narrativa se vale da dinâmica do jogo. Isto é, após ter discorrido sobre o mundo em que a história se passa, o espectador passa a conhecer cada personagem desse aleatório grupo formado para um objetivo comum.
Por isso, encantem-se com as vastas espécies como: o bardo, o feiticeiro, a druida, o cavaleiro e a bárbara. Sim, pessoal, tudo está lá e funciona.
Sei que possa parecer um tanto clichê de filmes dessa estirpe. No entanto, devemos entender que temas universais como família, amizade, fraternidade, entre outros, são constantes; e sua nova interpretação em meio a uma nova forma de contar a história é o que move a indústria do cinema.
Afinal, se pararmos para pensar no assunto, qual foi o tema principal de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, premiado como Melhor Filme em 2023? Exatamente, as relações familiares.
O conflito maior
Você pode estar pensando do por quê que estou criando essas fases nos títulos parecidas com a do RPG. Mas, acreditem! Ao assistir ao filme tudo fará sentido, até mesmo ao tratar do objetivo central da história.
E digamos que isso é extremamente divertido, principalmente, com toda a ambientação dos magos vermelhos (o que me fez desconfiar de um certo velhinho que se vestia de vermelho, também, e sumia e desaparecia em um certo desenho dos anos 80 rs) e o papel deles na história e a busca de um artefato extremamente importante ao protagonista.
Ou você realmente achou que um filme de Dungeons & Dragons não teria aquela boa e velha busca de um MacGuffin?!
Construa missões secundária
É claro que para um filme nesse estilo, essa fase não iria faltar, não é mesmo?! E devo dizer, é uma das melhores partes do filme.
Isso porque, vê os personagens se metendo em várias confusões e, com isso, conhecendo novas ambientações, criaturas e artefatos é bastante agradável aos olhos.
É como se em cada acontecimento, alguém tirasse um coelho da cartola ou uma carta na manga. Ou seja, sempre tinha uma solução para tudo, por mais mirabolante que seja e o quão inusitada parecesse.
Aqui, dou menção honrosa à cena do cemitério que está incrivelmente hilária e no ponto certo.
Nem tudo o que reluz é ouro
Embora o filme esteja na medida certa, algumas interpretações deixam a desejar, principalmente, pelo tom da comédia. Esclareço que o gênero possui uma linha tênue entre o que é engraçado ou caricato. E, infelizmente, Hugh Grant foi para este último lado.
Já o nosso querido duque de Bridgerton, Regé-Jean Page, lamentavelmente, foi outro caso parecido. Uma vez que, em boa parte do seu arco, parecia que as feições do seu personagem estavam enrijecidas — o que é uma pena, haja vista o papel extremamente importante que ele possui para a trama.
Contudo, tais feitos são mínimos e quase imperceptíveis e não macularam a obra e o transcorrer da trama. Digamos que era somente uma “pedrinha” no caminho (esta referência eu deixo para vocês procurarem no filme).
Se tem bardo, tem música
A trilha sonora é empolgante e completamente capaz de transmitir com perfeição a atmosfera de cada lugar em que passa o filme, inclusive de cada espécie.
Até a música cantada pelo bardo, Edgin Darvis é bem divertida (embora eu tenha me decepcionado, porque não era nossa querida e velha “dê um trocado ao seu bruxo. Oh, Vale Abundante” de The Witcher rs).
Artefatos Secretos
O filme contém um brinde aos saudosos amantes da saudosa A Caverna do Dragão; e uma engraçada, mas contida cena pós-créditos, já que não demonstra se teremos novos filmes do mesmo universo.
Veredicto: Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes
Confesso que eu não estava dando muitos créditos ao filme depois da experiência desastrosa de 2001, mas fui contrariada, positivamente.
Dungeons & Dragons: Honra entre Rebeldes é um filme extremamente divertido e conduzido de uma forma que o espectador viva a experiência como se estivesse realmente jogando e criando estratégias.
Seus efeitos e trilhas sonoras complementam a grande sacada desse incrível e dinâmico jogo de mesa, que tem como grande feito o fato de querer repaginar temas universais, de forma criativa e que vale a pena pagar o ingresso.
Tem tudo para ser uma ótima franquia! Simplesmente assistam!
Até mais, e Obrigado pelos Peixes!
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