Dragon’s Dogma 2 | Confira nossa review

Ficha Técnica
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom
Gênero:: RPG de Ação
Série: Dragon’s Dogma
Lançamento: 22 de março de 2024
Classificação indicativa: 16 anos
Modos: Um jogador
Disponível para: Playstation 5, Xbox Series S|X e PC

 

Imagine a minha surpresa quando Dragon’s Dogma 2 foi anunciado, o jogo original de 2012 e foi um dos que mais joguei na época do Xbox 360, seus sistemas, chefes e mundo aberto eram completamente diferente de tudo que já tinha visto em um RPG de ação, o jogo me lembrava bastante um MMORPG onde seu herói é acompanhado de outros heróis criado por outros jogadores e essa premissa era algo muito interessante para época. Contudo, será que a sua continuação expande e melhora os sistema do jogo original? vamos descobrir nessa review.

Uma história familiar

A trama de Dragon’s Dogma 2 pode parecer familiar à primeira vista, retomando a premissa central do seu antecessor: um protagonista em busca de vingança contra um dragão que roubou seu coração para salvar o mundo. No entanto, o jogo aprofunda-se em questões políticas, especialmente na cidade de Vernworth, onde a linhagem real é contestada, e um líder impostor manipulado por trás das cortinas domina o trono.

Um impostor reina.

A história se desdobra em meio a duas nações, Vermund e Battahl, cada uma com suas próprias dinâmicas sociais e políticas. Apesar das tensões entre eles, ambos concordam em unir forças contra o dragão ameaçador, revelando uma intrincada teia de alianças e rivalidades que moldam o destino dos protagonistas e das nações envolvidas.

Dragões se alimentando de corações humanos é algo bem comum por aqui.

A narrativa se desenvolve através de uma série de cenas e diálogos entre os personagens, mantendo uma abordagem simples que, no entanto, cativa pela sequência de eventos envolventes ao longo das 25 horas de campanha. Apesar de sua simplicidade, a história conquista a atenção do jogador, oferecendo uma experiência envolvente graças às reviravoltas e desafios encontrados na missão principal.

Uma jogabilidade familiar

A jogabilidade de Dragon’s Dogma 2 começa com a criação meticulosa do personagem, onde detalhes como altura, peso e musculatura influenciam diretamente em suas capacidades físicas, como capacidade de carga, resistência e alcance de saltos. Essa atenção aos detalhes na estrutura corporal do protagonista é uma característica única e fascinante do jogo.

O jogo oferece um criador de personagens bem completo.

A segunda parte da criação do personagem envolve a escolha da vocação, determinando tanto suas habilidades ativas e passivas quanto as armas disponíveis. Inicialmente, o jogador tem acesso a vocações básicas, como arqueiro, ladrão, lutador e mago, podendo alternar entre elas livremente, já que cada uma evolui independentemente. Ao longo da jornada, novas vocações avançadas são desbloqueadas, oferecendo combinações únicas de habilidades, como o arqueiro mágico e o lança mística.

Comecei como ladrão e logo troquei para lança mística.

Contudo, rotular Dragon’s Dogma 2 simplesmente como um RPG de ação é subestimar sua profundidade. O jogo se revela como um verdadeiro sandbox de aventura, repleto de eventos, combates e situações diversas durante a exploração do mundo. Essa variedade gera experiências únicas para cada jogador, resultando em narrativas pessoais para compartilhar, reforçando sua essência como um título onde cada sessão de jogo reserva surpresas inesperadas.

Dragões são os inimigos mais desafiadores espalhados pelo mundo.

Além do protagonista, Dragon’s Dogma 2 oferece acesso a três peões para compor o grupo de aventureiros, cada um com sua própria classe. A montagem de um time equilibrado torna-se essencial para enfrentar as missões principais e secundárias que o jogo oferece, aproveitando ao máximo o combate dinâmico e envolvente que o jogo oferece. Essa diversidade de habilidades entre os peões proporciona uma experiência de jogo mais estratégica e divertida, enquanto os jogadores exploram o mundo e enfrentam seus inúmeros perigos.

Chefes colossais!

Apesar da excelência do combate, a jogabilidade de Dragon’s Dogma 2 enfrenta um desafio crítico devido à falta de variedade de inimigos. A maioria dos oponentes é herdada do antecessor, carecendo de novidades em termos de ataques ou variações significativas. Essa repetição se torna evidente em menos de 15 horas de jogo, quando o jogador já se depara com todos os tipos de inimigos disponíveis, o que pode ser uma decepção para aqueles em busca de uma experiência mais diversificada e desafiadora.

Sistema de peões

Após a criação do protagonista, Dragon’s Dogma 2 oferece a oportunidade de desenvolver um peão, nosso leal companheiro de jornada. Podemos personalizar sua estatura física e classe, moldando-o de acordo com nossa estratégia e preferências. Esse peão, além de nos auxiliar, também está disponível para outros jogadores por meio de um sistema de recrutamento.

Existem diversos peões espalhados pelo mundo que podem ser recrutados.

Nosso grupo pode contar com até três peões, sendo um deles o que criamos e os outros dois recrutados através da pedra da fenda, que pertencem a outros jogadores e têm suas próprias personalidades, equipamentos e classes de combate definidos por eles.

Os peões não são apenas ajudantes passivos; eles possuem uma variedade de inteligências artificiais que se adaptam conforme exploramos o mundo. Nosso peão fixo, por exemplo, aprende as fraquezas dos inimigos, descobre caminhos secretos e alerta sobre perigos iminentes durante nossa aventura. Essa interação dinâmica cria uma sensação envolvente de estar acompanhado por amigos em um MMORPG, tornando a experiência ainda mais imersiva e colaborativa.

Visuais, perfomance e microtransações

Dragon’s Dogma 2 nos presenteia com paisagens deslumbrantes e ambientes variados, desde montanhas majestosas até ruínas misteriosas e desertos áridos, proporcionando uma experiência visualmente rica e dinâmica. No entanto, apesar da impressionante tecnologia da RE Engine, a otimização deixa a desejar, com quedas de framerate notáveis, especialmente em áreas densamente povoadas ou durante combates intensos.

Horizontes deslumbrantes.

Quanto às microtransações, houve muita confusão desde o lançamento do jogo. Embora ofereça itens facilitadores, como pedras de teleporte, para compra com dinheiro real, a maioria desses itens também pode ser obtida de forma orgânica no jogo, através da moeda do jogo ou de baús. No entanto, a venda de itens como mudanças de aparência por dinheiro real é criticável, especialmente considerando que muitos outros títulos oferecem essa opção como parte do jogo sem custo adicional.

Dragon’s Dogma 2: Vale a Pena?

É importante nivelar as expectativas ao abordar Dragon’s Dogma 2. O jogo não busca rivalizar com grandes títulos como Skyrim ou Elden Ring; em vez disso, se baseia nas fundações estabelecidas por seu antecessor, buscando expandir e aprimorar essas características. Apesar de oferecer uma variedade que promove experiências únicas para cada jogador, é importante reconhecer que o título enfrenta problemas de desempenho e uma falta de diversidade de inimigos. Ainda assim, sua essência reside na aventura envolvente que proporciona aos jogadores, destacando-se por sua abordagem única e cativante.

Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PlayStation 5 pela Capcom para a elaboração desta análise.


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