Título: Doutor Estranho no Multiverso da Loucura |
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Ano de Produção: 2022 |
Dirigido Por: Sam Raimi |
Estreia: 5 de maio de 2022 |
Duração: 2h06min |
Classificação: 13 anos |
Gênero: Ação/Aventura |
País de Origem: Estados Unidos |
Sinopse: Em síntese, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura abre as portas do Multiverso e expande seus limites onde será possível viajar pelo desconhecido com o Doutor Estranho, que, com a ajuda de seus antigos e novos aliados místicos, atravessa as realidades alternativas alucinantes e perigosas do Multiverso para enfrentar um novo e misterioso adversário. |
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Quando a liberdade criativa, finalmente, funciona!
Embora o artifício não tenha sido bem sucedido em Os Eternos, o mesmo não se pode falar de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura.
Sam Raimi trouxe, ao Doutor Estranho, a “loucura” proveniente de sua obra, isto é, como o famoso, Uma Noite Alucinante (1981), no qual o horror e o humor irônico andam juntos.
O filme tem suspense e, ademais, não mede esforços para quebrar pescoços de personagens, empalá-los ou decepá-los ao meio. Longe disso! Ele é tudo o que você ainda não viu em um filme de super herói da Marvel (crianças, se vocês têm medo do bicho papão, não assistam rs).
E, ainda, com uma pitada de Stephen King, quando vemos uma Feiticeira Escarlate, ao melhor estilo, Carrie, a Estranha. Ora, se não era a intenção do diretor, pelo menos a referência ficou implícita.
E, para aqueles que estavam com receio de um novo Homem-Aranha 3, não temam! Não é na direção que o filme peca.
Pelo contrário!
O filme é visualmente sensacional, como estamos acostumados com um filme da Marvel, e traz o brilhantismo saudoso de Raimi que há dez anos não assumia uma obra cinematográfica.
Doutor(es) Estranho(s)
Se alguém tinha dúvidas de que Benedict Cumberbatch é a melhor personificação do Doutor Estranho, não tenha mais. O autor, mais uma vez, fez a lição de casa e parece que a cada filme está mais familiarizado com o seu personagem.
Tanto é, que além do Doutor Estranho que conhecemos, ele sabe dar a nuance certa aos “outros” Doutores Estranhos, confundido até personagens, como é o caso da nova inclusão ao MCU, America, que aprende a distinguir a qual Estranho ela deve recorrer, quando está em apuros.
Feiticeira Escarlate no Multiverso da Loucura
Ora, sabemos que o filme é do Doutor Estranho. Contudo, Sam Raimi, acertadamente, não trouxe a Feiticeira Escarlate como uma mera antagonista coadjuvante. Isto é, Wanda aparece na mesma proporção que o personagem que, verdadeiramente, dá nome ao filme.
E que cartada certeira! Para quem não tinha a noção sequer da instabilidade da personagem, principalmente, no que se refere aos quadrinhos, é neste filme que você vai conhecer.
E, nesse quesito, eu tiro o chapéu para Elizabeth Olsen, pois a atriz soube intercalar muito bem entre a doçura de Wanda com a personalidade implacável e um tanto quanto assustadora, de uma deusa, uma louca, uma Feiticeira Escarlate (eu não podia deixar de fazer esse trocadilho rs).
Precisamos salvar a América!
Sim, a frase foi realmente dita! Mas, não de forma leviana e, sim, para introduzir a nova personagem, America Chavez, interpretada, brilhantemente, por Xochitl Gomez.
Contudo, embora eu tenha gostado da personagem, e seus poderes são um tanto quanto intrigantes para a realidade do multiverso, senti que o plot da personagem, apenas caiu no colo da MCU, mas sem um roteiro efetivamente amarrado.
A sensação que eu tive é: “Tem essa nova personagem aqui. Por favor, lidem da forma que melhor convierem com ela”. Isso precisa melhorar!
Veredicto: Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
Primeiramente, uma coisa deve ser esclarecida sobre Doutor Estranho no Multiverso da Loucura: o filme não veio para ser um novo Vingadores Ultimato ou Homem Aranha: Sem Volta para Casa, e graças aos céus, nem é a pretensão dele.
Na verdade, a missão do filme é fechar arcos abertos desde WandaVision e abrir outros que fazem parte da Fase 4 da MCU. Logo, é aquele conhecido trabalho de “formiguinha” iniciado com Homem de Ferro e Capitão América: o Primeiro Vingador.
A assinatura de Sam Raimi torna o filme imperdível, mesmo que peque pelo roteiro um tanto quanto questionável (de Michael Waldron), em alguns momentos. Mas, nada que não o caracterize como uma das obras primas do Universo Cinematográfico da Marvel.
Dica 1: Evite de ir ao banheiro durante o filme e nem chegue atrasado. A frenesi do filme é tão intensa que você não pode e nem deve perder nenhum momento, sob pena de perder todo o fio da meada.
Dica 2: Receita básica para assistir ao filme: assista, pelo menos, à WandaVision, a What…If? (Episódio 1 e 4) e ao Doutor Estranho 1, para se familiarizar com a história (eu disse, pelo menos, hein?!).
Menção Honrosa
M1: Tem fan service, sim, e muitos! Então, esperem pela gritaria no cinema.
M2: A 1ª cena pós-créditos traz um personagem, extremamente, importante ao arco de Doutor Estranho.
M3: A 2ª cena pós-créditos, aliás, foi feita para os fãs de Sam Raimi!
Até mais, e Obrigado pelos Peixes!
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