DOCUMENTÁRIO | Minimalism (Netflix)

Você já ouviu falar que “menos é mais”? Que as coisas mais úteis podem ser as mais simples? Pois é, e se isso fosse levado realmente às últimas consequências? O documentário Minimalism, A documentary about the important things pode te mostrar que isso pode ser verdade. O Teoria Geek te conta tudo sobre essa obra!

Parece que, atualmente, estamos “meio que programados para o consumismo”: você precisa de mais dinheiro, ver mais filmes, mais séries na Netflix ou em qualquer outro serviço de streaming, de uma casa maior, de mais roupas, games, de visitar mais países… Na verdade, como explicam os psicólogos, existe o paradoxo da escolha, que nada mais é que, quanto mais opções temos, mais insatisfeitos ficamos, porque temos a consciência que, independente da escolha feita, perdemos várias outras opções que também poderiam ser incríveis.

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Com 79 minutos de duração, “Minimalismo: Um Documentário sobre Coisas Importantes” é um documentário muito interessante e que vai fazer com que os espectadores reflitam bastante sobre as suas decisões de compra, consumo e estilo e sobre a impulsividade de alguns hábitos de consumo que temos e que, às vezes, nem percebemos que temos ou paramos para refletir sobre. Mas o minimalismo, neste documentário, não é apenas sobre desapegar-se das coisas materiais que julgamos importantes, e sim como saber-se controlar-se com tudo mais na vida.

A palavra “minimalismo” surgiu de movimentos artísticos do século 20 que seguiam como preceito o uso de poucos elementos visuais, e, aos poucos, foi migrando para o campo do social. Diferente dos contraculturais, contudo, os minimalistas não buscam construir uma sociedade alternativa. Os minimalistas têm buscado combater o consumismo por dentro do sistema. Isso quer dizer que eles trabalham, se vestem normalmente e até consomem. Só de, de acordo com eles, de uma forma mais sustentável, justa e menos impactante ao sistema em que vivemos.

Ficha técnica

Título: Minimalism: A Documentary About the Important Things (Original)
Ano produção: 2016
Dirigido por: Matt D’Avella
Duração: 79 minutos
Classificação: Livre
Gênero: Documentário
Países de Origem: Estados Unidos da América

Partindo dessa premissa abordada acima, o documentário “Minimalism…” mostra que a sociedade moderna capitalista está indo para o “caminho errado” e que uma alternativa mais simplista, e por vezes até radical, pode ser a solução para uma vivência mais tranquila e até menos desconfortável do ponto de vista financeiro e ególatra que todos nós temos.

Explorar opções é desejável, mas entender o que de fato cabe na sua vida e no seu estilo, é tão importante quanto. Não sofra por não ter ou não fazer o que o outro tem e faz. Construa e conquiste o que você realmente acredita ser necessário.

De acordo com os escritores Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, autores do documentário Minimalism: A Documentary About the Important Things(“Minimalismo: um documentário sobre as coisas que importam”, em tradução livre), que retrata a vida de pessoas que vivem apenas com o essencial, o minimalismo é um comportamento que torna pessoas mais importantes que as coisas que elas têm.

Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus

O apartamento de Joshua (à esq.) depois do desapego: apenas um sofá para sentar-se. 

Joshua e Ryan citam o filme O Clube da Luta como um exemplo de onde encontrar uma boa referência minimalista. “Não é um filme sobre luta, é uma narrativa sobre vida, sobre como livrar-se das influências corporativas e culturais que controlam nossas vidas”, argumenta Ryan.

Ele lembra as falas do personagem Tyler Durden (interpretado por Brad Pitt) como as ideias minimalistas centrais da sociedade do século 21: “Somente quando perdemos tudo é que estamos livres para fazermos qualquer coisa” e “as coisas que você possui acabam por possuí-lo”.

Por fim, recomenda-se este documentário não apenas como opção de entretenimento, mas também como atração para uma reflexão sobre o que nós somos e tudo aquilo que temos. Achei demais.

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