Dead Island 2 é um tour infernal e divertido.
Desenvolvido por: Dambuster Studios |
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Publicado por: Deep Silver |
Gênero: Ação e Aventura |
Série: Dead Island |
Lançamento: 21 de abril de 2023 |
Classificação indicativa: 18 anos |
Modos: Single-player e Coop (Multiplayer local, não disponível) |
Disponível para: PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series XlS e PC |
Voando pelos ares!
Muita coisa pode acontecer em nove anos. Desde copa do mundo até mesmo uma pandemia global. Com o governo e os militares dos EUA forçados a colocarem a Califórnia em uma zona restrita de quarentena devido a um novo surto de mortos-vivos, a obra mantém o humor da série e a matança exagerada de infectados, bem como algumas coisas novas e a experiência de caminhar por locais icônicos da “Cidade dos Anjos”.
Publicado pela Deep Silver e desenvolvido pela Dambuster Studios, Dead Island 2 se passa na cidade de Los Angeles 10 anos após o surto na Ilha de Banoi. Iniciando com uma abertura cinematográfica à lá Guerra Z Mundial, você sobrevive a um acidente de avião infestado por mortos-vivos, mas é mordido e dali começa os primeiros detalhes do enredo principal.
No entanto, em vez de sofrer uma morte rápida, o seu “Caça-Zumbi”, isto é, o seu personagem principal em uma lista de seis pessoas: Ryan, Dani, Bruno, Amy, Jacob ou Carla, desenvolve alguns instintos de sobrevivência incríveis. Descobrindo a verdade sobre o surto e a imunidade ao vírus infernal como de Sam B, de Dead Island: Riptide, o principal objetivo em LA é: escapar — caso sobreviva, claro.
Hora do truco?
Cada um desses personagens inicialmente possui apenas duas cartas disponíveis. As cartas nada mais são que Habilidades Inatas. Mas, o que seria isso? As habilidades se dividem entre Talento, Sobrevivente, Caça-Zumbi e, por fim, Nume. Cada uma delas proporcionam benefícios especiais. Desde animações divertidíssimas como a Joelhada Voadora que esmaga o crânio do infectado ou até recuperar vida extra como o Tônico e outras inúmeras opções. No total, são mais de 35 cartas variando de ofensivo a passivo.
Algumas delas desbloqueáveis ao subir o nível de experiência do Caça-Zumbi, completando missões secundárias ou em locais escondidos. O destaque é justamente isto. Afinal, a beleza é que não ficam “bloqueadas” após equipar pela primeira vez, o que significa que você pode trocar e testar novas cartas a qualquer momento.
A FLESH, isto é, a Fully Locational Evisceration System for Humanoids, tecnologia de desmembramento que o estúdio utilizou, é excepcional. A pele, gordura, músculo ou ossos quebrados brilham. É satisfatório mutilar e conseguir observar os pequenos detalhes no interior do infectado. Falando neles, há até um Zumbipédia. Divididos em duas categorias, os infectados são: Comum e Supervariantes.
A primeira, são aqueles encontrados com mais frequência e claro, os mais fáceis de serem eliminados. Como os Rastejantes, Caminhantes e Corredores. Cada um deles possuem uma característica diferente, seja por fogo, eletricidade, espinho, antimotim, e por exemplo o meu predileto, o Caustic-X, que causam um dano cáustico que derrete a pele do infectado. A última, os Supervariantes, literalmente a categoria dos infernais fazendo jus ao slogan “Welcome to HELL-A”, são brutalmente perigosos e chatos de serem eliminados. Como os Açougueiros, Explosivos, e outras surpresinhas fatais que perseguirão você até a sua morte.
O tour
Sobre as armas, há também níveis. Padrão, Incomum, Raro, Superior e Lendário. A diversão fica a critério do jogador. São martelos, facas, cassetetes, espadas, machados, escopetas, fuzis de assalto ou precisão, pistolas, entre outros que compõem o armamento do personagem.
As vantagens por exemplo, adicionam benefícios com danos elementais. E que é maravilhoso, pois os riscos ambientais também desempenham um papel importantíssimo. Uma poça d’água, por exemplo, qualquer pequena faísca irá gerar um dano de eletricidade no infectado. Já uma mancha de óleo, pode ocasionar um incêndio ou até mesmo uma explosão. Para sobreviver basta apenas ter raciocínio rápido.
O universo de Dead Island 2 não é inteiramente um mundo aberto. Pelo contrário, você se move entre 10 distritos icônicos como Bel Air, Beverly Hills, Pier de Santa Monica, e outros locais como a Calçada da Fama na Hollywood Boulevard, mas agora, com mortos-vivos.
Diversão garantida!
E a aventura pode ser divertida seja solo ou coop — público, apenas convidados ou amigos. Caso opte pela opção cooperativa, a obra suporta até 3 jogadores. Quanto mais players, mais infectados! No entanto, a mesma não suporta crossplay, isto é, se você estiver no PlayStation, não conseguirá jogar com alguém que esteja no Xbox ou PC. Todavia, entre as mesmas plataformas sim. Por exemplo, entre PS4 e PS5 ou Xbox One e Xbox Series X/S.
No PlayStation 5, o desempenho de 60 FPS já confirmado pelo estúdio na última semana é satisfatório. Efeitos de luminosidade e reflexo bonitos. Mas também pequenos erros de textura, sombra e localização. E sobre isso, Dead Island 2 merece ser destacado porque a primeira obra não havia suporte ao idioma brasileiro e aqui, por mais que não haja dublagem, as interfaces e legendas em PT-BR promovem uma acessibilidade.
Inclusive, essa possibilidade me proporcionou “ouvir” pelo rádio, lendo as legendas, um momento mega divertido. Simplesmente uma conversa entre uma NPC e mais outros dois levando uma chinelada. Sim, isso mesmo! Pelos colecionáveis também, nem se fala.
Há dicas e segredos que se destacam com palavras-chave para solucionar as missões, sejam elas principais, secundárias ou achados e perdidos. O conteúdo principal por sua vez, está entre 20 horas. No total, são 24 amarelas, 33 azuis e 15 vermelhas. E o tempo para os perfeccionistas, caso opte por ir em busca do caneco de platina, irá duplicar.
Dead Island 2, vale a pena?
Dead Island 2 é um tour infernal e divertido. Infestado de mortos-vivos a cada esquina, mas com pequenos detalhes que poderiam ser melhores.