A forma como a DC construiu seu universo cinematográfico, ao longo dos anos, é um tópico que divide opiniões e gera diversos debates entre a comunidade geek. Se compararmos a fórmula da DC com o método Marvel, a diferença será nítida: a Marvel, indiscutivelmente, conseguiu fazer um trabalho excelente, escolhendo seus atores de uma forma minuciosa, apresentando ótimos roteiros adaptados de seus quadrinhos, desenvolvendo bem cada personagem e criando um segmento que teve um resultado primoroso.
Em contrapartida, acompanhamos uma DC que não se preocupou em ter um painel mais sólido. Por exemplo, temos o Coringa do Joaquim Phoenix – que por sinal é um baita de um filme – mas é um Coringa que não se encaixa na perspectiva de alguma outra obra da produtora; temos a trilogia do Batman de Christopher Nolan, que não casa, por exemplo, com o Superman do Henry Cavil e assim por diante. Desse modo, acaba criando-se um tipo de concorrência interna, fazendo com que o espectador seja apresentado a um leque de opções que o deixa sem saber por onde começar.
Assim sendo, estamos acompanhando recentemente as mudanças promovidas por David Zaslav, o mais novo CEO da Warner Bros. Discovery, que já chegou prometendo colocar “ordem na casa”, anunciando um projeto de 10 anos para a DC, similar ao realizado pela Marvel.
Antes de tudo, temos que reconhecer a humildade de Zaslav ao admitir, publicamente, que está se espelhando em sua principal concorrente para desenvolver seu projeto. Nos últimos dias, dentre outras divulgações, vimos o anúncio de uma futura fusão entre os streamings HBO Max e Discovery Plus e, o que pegou muita gente de surpresa, o cancelamento de filmes já prontos ou em andamento, como o da Batgirl, que seria estrelado pela Leslie Grace, cujo descarte gerou muitas discussões e teve grande repercussão.
Em suma, realmente é mais conveniente que se promova, antes de tudo, os personagens de primeira prateleira, para posteriormente inserir os derivados. E no quesito personagem de primeira, a DC possuiu um extenso catálogo: Superman, Batman, Aquaman, Mulher Maravilha, Lanterna Verde, dentre outros. Personagens, aliás, que poderiam ter sido melhor explorados pela DC nos cinemas, haja vista o que apresentam em suas respectivas HQs e animações.
No entanto, o que a administração anterior da DC nos ofereceu foi um apanhado de obras – não todas, obviamente – de personagens secundários, sendo colocados em uma importância que eles NÃO POSSUEM.
Diante disso, a partir de agora, a proposta é realmente um reboot total. Isto é, com o objetivo de construir um universo cinematográfico do zero, dando aos verdadeiros protagonistas da DC o espaço que merecem. E o que não falta são boas histórias como pano de fundo.
A DC e a Marvel, no que diz respeito às HQs e animações, estão no mesmo páreo. Foi no cinema que a Marvel trabalhou melhor, algo que a DC também poderia ter feito desde o início, mas nunca é tarde para começar. Espero, realmente, que a DC se estabeleça e que consiga trazer um universo mais crível para seu público. Afinal, a fase 4 da Marvel está deixando um pouco a desejar. Se a DC seguir de verdade o mesmo projeto da Marvel, não tenho dúvidas de que irá alcançar ainda mais prestígio. E quem mais irá ganhar com tudo isso? A comunidade nerd!
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