O DualSense Edge lançou e muitos de vocês podem estar se perguntando se ele é um bom investimento, essa análise é para destacar as principais qualidades do controle e ajudar vocês na tomada dessa decisão.
OS DETALHES
Assim que você pega um DualSense Edge na mão, percebe duas coisas de imediato: o peso e seu visual. O novo dispositivo é ligeiramente mais pesado e traz em seu visual detalhes únicos, como os símbolos da PlayStation no gatilho e touchpad que não só ajudam a embelezar o controle, como contribuem devido a sua textura para uma melhor estabilidade em seu manuseio.
O painel que abraça os analógicos sai do preto fosco do qual estamos acostumados, e assume um preto tão brilhante que você pode se espelhar nele. É realmente bonito, no entanto com a utilização, você acaba deixando-o repleto de digitais.
O CARREGAMENTO
Uma das maiores dúvidas por parte dos usuários, é se você pode carregar o DualSense Edge na base carregadora, e sim você pode, os conectores da parte inferior estão lá. A única diferença está na parte superior, que possui duas lacunas para fixar o mecanismo de trava do cabo de carregamento.
Junto do DualSense Edge você terá um cabo USB trançado de 2,5M – bem flexível – caso precise carregá-lo ou sincronizá-lo com o PlayStation 5. Existe também um dispositivo que irá fixar o cabo no controle, evitando que o cabo acabe “quebrando” ou o conector estragando por algum acidente.
Nota: Após a última atualização do PlayStation 5, é possível realizar o update dos controles via Wi-Fi, eliminando quase por completo a necessidade dos cabos caso você tenha uma base carregadora.
OS DIFERENTES ANALÓGICOS
Além do formato padrão, temos dois pares adicionais que lembram os botões do DualShock 3, um da mesma altura que o padrão e outro mais alto. Apesar de ser legal poder trocar, as opções não são muito úteis já que pela altura a mais, acabam fazendo o jogador perder precisão.
OS BOTÕES EXTRAS
A adição mais legal do DualSense Edge! Na parte traseira do controle, existem dois orifícios para você encaixar novos botões e configurá-los como bem entender. No entanto, como sabemos, o L3 e R3 são os botões mais instáveis e colocar a função deles nesses botões, é simplesmente maravilhoso.
O jogador tem ainda a sua disposição dois pares de alavancas ou de conchas para encaixar nesses orifícios. As alavancas são bem confortáveis e minhas favoritas no começo dessa experiência. Contudo, como jogo PlayStation desde os anos 90, confesso que me adaptar com novos botões foi um desafio. No final das contas, troquei para as conchas, pois com elas é mais fácil de você lembrar que existem novos botões ali.
Trocar os botões é bem fácil, mas exigem cuidado ou você pode acabar arranhando o controle na hora de retirá-los.
GATILHOS ADAPTÁVEIS
Uma função que a princípio me pareceu completamente sem graça, e após algumas horas jogando, não consegui mais me imaginar sem. Atrás do controle, logo abaixo dos gatilhos existe uma alavanca que permite ao usuário optar entre 3 alturas: Alta, média e baixa.
A altura alta, como devem imaginar, é a qual estamos acostumados a pressionar os gatilhos. A média encurta um pouco o caminho e é minha favorita. Já a baixa deixa tudo obviamente mais rápido, mas muito seco também, lembrando os controles lá do PlayStation 1.
Essa configuração é ideal para jogos de tiro, pois pode não só agiliza a mira com o L2, como o tiro no R2. Algo bacana, é que você pode deixar cada lado de uma determinada altura.
ANALÓGICOS MODULARES
Lembra do painel que abraça os analógicos? Ele pode ser retirado facilmente ao você deslisar o botão “release” na parte inferior traseira do DualSense Edge. Feito isso, você conseguirá observar que seus analógicos são destacáveis e podem ser trocados facilmente – existem alavancas internas que podemos usar para retirá-los.
No estojo inclusive, existe um espaço para você guardar um analógico extra, que pode ser comprado separadamente.
OS BOTÕES FN
Abaixo dos analógicos você conseguirá observar que existem agora duas “esporas”. Elas servem para você trocar entre perfis, mas que perfis são esses? Bom, você pode ter vários perfis, e deixar apenas 4 no acesso rápido. Esses perfis estão relacionados com as configurações digitais do seu DualSense Edge.
Assim que você conectar seu controle no PlayStation 5, uma tela irá surgir te ensinando sobre as funções e encaminhando você para as opções de configuração. Entre elas:
- Adicionar as funções nos botões traseiros, assim como alterar qualquer atribuição de outros botões.
- Alterar a área inativa dos gatilhos, caso você queira por exemplo, realizar movimentos mais curtos, sem alterar a altura deles fisicamente.
- Configurar a sensibilidade e área inativa de cada analógico individualmente, tendo ao seu dispor opções que favorecem movimentos precisos, rápidos, dinâmicos, constantes, etc.
Ademais, caso você utilize headsets com fio conectados no controle ou headsets sem fio compatíveis – como é o meu caso – é possível alterar o volume e também mexer no balanço entre áudio da party e jogo de forma bastante prática.
Curiosidade: O FN não funciona com os headsets da própria PlayStation para a função de controle de volume e controle do Chatmix por apresentarem botões nativos para a mesma funcionalidade.
BATERIA
A bateria dura menos tempo que o controle tradicional se você fizer uso das novas features. Mas algo em torno de 6 à 8 horas até ele descarregar não me pareceu o bicho de sete cabeças que pintaram por aí.
O ESTOJO
Ainda faltou falar da “capinha” que suporta todos os itens citados e ainda é claro, o DualSense Edge. Ela é bem robusta e deve proteger bem contra quedas – não que eu vá testar. Mas algo interessante é o fato de você carregá-lo de forma bastante segura, e quando sincronizado com um novo console, suas configurações (perfis) estarão lá.
Além disso a case possui um velcro na parte de trás no qual você pode retirá-lo e carregar o controle lá dentro em segurança.
O PREÇO
É um produto caro e assim como um iPhone, talvez o custo benefício em relação a outros produtos não seja um fator atrativo. Mas isso não impede de as pessoas quererem um iPhone, certo? São os pequenos detalhes que fazem a diferença, e o mesmo acontece com o DualSense Edge.
Não é um produto para o jogador comum, é para quem quer um atrativo a mais, um luxo ou simplesmente status. Se você joga MUITO como eu, é super interessante, pois torna várias funções bastante cômodas, além de oferecer algumas vantagens em determinados jogos. Se você tiver condições, por que não? Mas se não tiver, lembre-se que pode comprar de 3 à 4 DualSense tradicionais com o mesmo valor.
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Testes realizados por Ígara Ferreira e Fabiano Cooper para a produção desta análise.
Não nos abandone ainda, tem muita coisa legal acontecendo, dê uma olhada aqui.