Um retrato dos anos dourados dos clubes de motocicleta do final dos anos 60 e início dos anos 70, aos olhos de um estudante de jornalismo que segue a gangue dos Vândalos, baseado em livro documental.
Título: Clube dos Vândalos |
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Ano de Produção: 2023 |
Dirigido Por: Jeff Nichols (VI) |
Estreia: 20 de Junho de 2024 ( Brasil ) |
Duração: 116 minutos |
Classificação: 16 |
Gênero: Drama |
País de Origem: EUA |
Sinopse: Inspirado pelo livro de fotografias de Danny Lyon, de 1967, The Bikeriders é uma história original que se passa nos anos 60 e segue a ascensão de um clube de motoqueiros fictício do meio-oeste.
“Visto através da vida de seus membros, o clube evolui ao longo de uma década de um local de encontro para forasteiros locais para uma gangue mais sinistra, ameaçando o modo de vida único do grupo original.” |
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Qualidade excepcional
O filme consegue ser bastante fiel aos acontecimentos retratados no livro no qual foi baseado, tendo apenas leves liberdades criativas, quase imperceptíveis, por trazer os fatos e opiniões que realmente ocorriam na época.
A relação de amizade e rivalidade que imperava entre o líder, o rebelde e a garota desavisada nos mostra os valores e pensamentos de época de quem era marginalizado pela sociedade por se sentir livre, mesmo que de forma não muito convencional.
Histórias Cruzadas
Focando nas entrevistas e relatos fotografados e gravados com microfone, as reconstituições mostram a leveza que era vista com muito mais peso pelas pessoas, e todo o crescimento e desmoronamento da sociedade, junto à popularização das choppers personalizadas e ào contraponto entre fidelidade entre amigos e rivalidade entre indivíduos.
Vemos boas atuações em todas as camadas, mesmo em personagens secundários, como Cockroach (o motoqueiro comedor de insetos que deseja ser policial rodoviário), e outros membros fiéis à sua turma, e a ascensão e queda de um império que cresceu despretenciosamente.
Grandes Mudanças no Destino
A história consegue ser rica em detalhes e profundidade, mesmo com o pouco tempo que há para tantos personagens em tela. Há alguns poucos personagens que poderiam aparecer um pouco mais, mas, outros conseguem ter um bom resumo, que não deixa o espectador perdido.
O storytelling garante atenção total do espectador ao filme, tendo bons ganchos de vai e volta de épocas, trazendo sempre um estímulo visual a cada momento, de forma que não cansa, e ainda desperta a curiosidade. A fotografia e a montagem lembram bem o ar de filmes dos anos 90 de Tarantino e Scorcese, além de deixar várias menções honrosas à músicas e filmes de época, como Easy Rider, dentre outros.
Veredicto Final
Um filme incrível, que mistura o documental com a representação da evolução dos sentimentos e relacionamentos, com um final que consegue ser satisfatório, poético e bonito ao seu próprio modo.