Internada no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul, a atriz Claudia Jimenez morreu no início da manhã deste sábado (20), aos 63 anos.
Em 1986, Claudia descobriu um câncer, um tumor maligno no mediastino, atrás do coração. Curou-se da doença, porem as sessões de radioterapia lhe causaram outro problema de saúde. Os médicos acreditam que o tratamento afetou os tecidos do coração, o que a levou a realizar pelo menos três cirurgias nos anos seguintes.
Filha de um cantor de tangos e caixeiro viajante e uma enroladora de bala de coco, Cláudia Maria Patitucci Jimenez nasceu na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em 1958. Ela fez o curso normal, com especialização em maternal e jardim de infância, e já na juventude se dedicou ao teatro amador.
Estreou no teatro profissional em 1978, na peça “Opera do Malandro”, de Chico Buarque, em que viveu a prostituta Mimi Bibelô.
Claudio Jimenez viveu e participou de diversos trabalhos significativos em sua vida artística e é impossível pensar na artista sem se recordar de papéis como Dona Cacilda, uma das alunas da “Escolinha do Professor Raimundo”, onde a mesma emplacou um muito conhecido bordão: “Beijinho, beijinho, pau, pau”. O papel lhe rendeu o Troféu APCA de melhor atriz comediante em 1991.
Além de Dona Cacilda, Claudia Jimenez deu vida a doméstica Edileuza, personagem icônico de “Sai de Baixo” em 1996.
Claudia também fez novelas. Foi a Bina de “Torre de Babel” (1998), a Dagmar de “As Filhas da Mãe” (2001), a Consuelo de “América” (2005), a Custódia de “Sete Pecados” (2007), a Violante de “Negócio da China” (2008), a Zélia de “Além do Horizonte” (2013) e a Lucrécia de “Haja Coração” (2016).
Atuou no cinema em obra como “Gabriela, Cravo e Canela” (1983), “Ópera do Malandro” (1986) e Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987). Na dublagem teve participação importante como Ellie de “A Era do Gelo”. Com a Bia de “O Corpo” (1991), ganhou como melhor atriz no Festival de Brasília.
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