Já disponível no catálogo brasileiro da Netflix, a muito esperada 2ª temporada de Cidade Invisível, com um total de 5 episódios. Nestes novos capítulos, a série brasileira introduz algumas das lendas mais interessantes do folclore nacional – que surgem em uma nova roupagem e com poderes incríveis.
Criada por Carlos Saldanha (Rio), Cidade Invisível tem Marco Pigossi (Tidelands), Alessandra Negrini (Travessia), José Dumont (Dois Filhos de Francisco), Fábio Lago (Tropa de Elite) e Julia Konrad (1 Contra Todos) no elenco principal.
Saiba todas as lendas do folclore brasileiro que Cidade Invisível apresenta na 2ª temporada:
Matinta Perê
Famosa por performances em várias novelas da Rede Globo, a atriz Letícia Spiller integra o elenco da 2ª temporada de Cidade Invisível como Matinta Perê – uma espécie de bruxa que aparece com os cabelos desgrenhados e pinturas de guerra.
Para quem não conhece, a lenda da Matinta Perê (ou Matinta Pereira) descreve uma criatura mágica que, durante o dia, assume a forma de uma velha bruxa, mas à noite, se transforma em pássaros como a coruja e o urutau.
Toda noite, a Matinta pousa no telhado de uma casa, piando sem parar. O barulho só para quando o dono da residência promete um presente à entidade (fumo ou cachaça, na maioria das vezes).
No dia seguinte, a Matinta (em sua forma de bruxa) retorna à casa para cobrar o presente. Se o dono não cumprir sua palavra, ela roga uma praga de consequências terríveis.
Mula Sem Cabeça
Famosa por atuar em novelas da Globo e da Record, a atriz Simone Spoladore vive uma das criaturas mais famosas do folclore nacional em Cidade Invisível: a Mula Sem Cabeça.
De acordo com a lenda original, a entidade é uma mulher que, após manter relações sexuais com um padre, é condenada por Deus a vagar pela noite como uma mula sem cabeça, com chamas saindo do pescoço.
Em Cidade Invisível, a lenda da Mula Sem Cabeça ganha uma caracterização bem mais moderna e “desconstruída”.
A lenda original diz também que a Mula sempre vaga pelos pastos, serras e matas na madrugada de quinta para sexta-feira.
Zaori
Uma das lendas menos conhecidas da 2ª temporada de Cidade Invisível é do Zaori. Esse ícone do folclore vem da Região Sul, particularmente do Rio Grande do Sul.
De acordo com o folclore sulista, “Zaori” é um homem que nasce na Sexta-Feira da Paixão (Sexta-Feira Santa).
Os Zaoris se parecem com homens comuns. A única diferença entre as criaturas mágicas e os humanos são os olhos: brilhantes e de cores que não existem na natureza.
Com esses olhos especiais, os Zaoris têm o poder da “visão além do alcance”. Eles podem enxergar através das paredes, a distâncias longínquas, e durante a noite. Muitos deles usam as habilidades especiais para encontrar tesouros escondidos.
De acordo com o antropólogo Luís da Câmara Cascudo, o mito tem origem árabe, e é relacionado ao velho hábito de enterrar dinheiro, um costume muito popular na península ibérica.
Na trama de Cidade Invisível, o ator pernambucano Sebá Alves (também conhecido como Mestre Sebá) interpreta o Zaori Lazo, uma entidade poderosa que é escravizada por um grupo de garimpeiros.
Boiúna
Finalmente, temos a Boiúna, uma criatura mágica que desempenha um papel muito importante na 2ª temporada de Cidade Invisível.
A versão humana da personagem é interpretada pela atriz Zahy Tentear. No mundo dos humanos, a Boiúna assume o nome Débora.
A lenda da Boiúna vem dos Tenetehára-Guajajaras – um dos povos indígenas mais numerosos do Brasil.
De acordo com a mitologia dessa etnia, a Boiúna é uma cobra gigante que reside no fundo dos rios e lagos da Floresta Amazônica. Famosa por seus olhos cintilantes, ela costuma assumir a forma de uma bela mulher para atrair a atenção dos marinheiros e, em seguida, afogá-los.
A Boiúna também é conhecida como cobra-grande, mãe-do-rio e Senhora das Águas. O nome da lenda deriva da expressão em tupi mbóiuna, que é formada pela junção dos termos mbói (cobra) e una (preta). Ou seja: o nome significa, literalmente, “cobra preta”.
Todos os episódios da 2ª temporada de Cidade Invisível estão disponíveis na Netflix.