Cemitério Maldito: A Origem tem algumas mortes legais, algum suspense ( sendo legal com o longa ), mas no final das contas, era melhor nem ter acontecido.
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Título: Pet Sematary: Bloodlines (Original) |
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Ano de Produção: 2023 |
Dirigido Por: Lindsey Beer |
Estreia: 6 de Outubro de 2023 ( Brasil ) |
Duração: 87 minutos |
Classificação: 16 – Não recomendado para menores de 16 anos |
Gênero: Terror |
País de Origem: Estados Unidos da América |
Sinopse: Em 1969, um jovem Jud Crandall sonha em deixar sua cidade natal, Ludlow, Maine, para trás, mas logo descobre segredos sinistros enterrados e é forçado a enfrentar uma história familiar sombria que o manterá para sempre conectado a Ludlow. Juntos, Jud e seus amigos de infância devem lutar contra um antigo mal que tomou conta de Ludlow desde a sua fundação e, uma vez descoberto, tem o poder de destruir tudo em seu caminho. |
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Cemitério Maldito é uma das melhores melhores obras de Stephen King. O filme de 1989 fez alguma justiça em relação a obra original, as outras adaptações, prefiro nem comentar, e infelizmente, essa vai decepcionar também. As adaptações nunca exploraram totalmente a lenda do cemitério. No livro, há um capítulo que faz isso, e nesse novo filme,tentaram partir desse caminho.
Como tudo Começou
Como acontece com qualquer sequência, prequela ou remake, será comparado ao original. Algo a ter em mente é que este filme foi feito para um serviço de streaming, não para uma o cinema. Ainda assim, é difícil não colocar todas as versões lado a lado ao julgá-las. Esse filme não é tão bom quanto o original, ou mesmo o remake recente que muitos gostaram, mas nada nunca será, então esses são padrões bastante elevados para se ter.
O filme se passa em 1969 e dá aos fãs do livro algo que eles desejam há muito tempo – a história de Jud Crandall e seu amigo Timmy Baterman. Uma parte muito curta de um livro mais longo, mas algo que muitos leitores ficaram curiosio e queriam saber mais.
Investigar mais esta parte da história do cemitério (sem trocadilhos) é interessante. É bom aprender mais sobre aquela área e a cidade de Ludlow, o que por sua vez nos permite entender ainda mais sobre o( s) filme(s) da franquia.
Facilmente a melhor parte do filme são as mortes. Existem alguns criativas, que são sempre apreciadas num filme de terror. Antes delas, os espectadores são presenteados com momentos de suspense e nervosismo. Novamente, exatamente o que você deseja neste gênero.
Sobre o Filme
As performances monótonas de David Duchovny e Pam Grier como cidadãos sobrecarregados por uma maldição ancestral já deixam claro o desanimo que o filme é. A única reviravolta genuinamente boa neste filme vem de Forrest Goodluck, que interpreta o outro melhor amigo de infância de Jud, Manny. Breves flashbacks dos meninos tomando cerveja furtivamente em uma casa na árvore pouco fazem para fundamentar o que é supostamente um vínculo para toda a vida, e o personagem de Goodluck (assim como o de sua irmã, Donna, interpretada por Isabella LaBlanc) parece ter sido escrito no filme para dar autenticidade, à tradição nativa no romance de King. Mas ele é o melhor ator do filme, o que é uma sorte tê-lo.
A fotografia noturna enlameada aumenta a aura de uma tarde passada esperando em um ponto de ônibus imaginando se vai chover e, olhe, um cachorro zumbi. Mas o que realmente mata o longa, é a edição. Lindsey Beer é nova no gênero de terror. Mas, ao contrário de alguns diretores de terror iniciantes, ela não mostra um talento intuitivo para suspense ou timing. Como resultado, o filme se arrasta tanto no nível macro quanto no micro. Nem mesmo os sustos funcionam, em outras palavras, deixando apenas choques repentinos de carnificina macabra para manter o público acordado.
Algumas delas são selvagens o suficiente para tirar temporariamente “A Origem” de seu ritmo lento, e há algumas boas ideias enterradas na lama do roteiro. Um é um breve flashback de 1674, na terra que um dia se tornaria Ludlow; esta terra foi envenenada desde o início, como se constatou, e a chegada dos seus colonos brancos apenas acelerou o surgimento desse mal. De alguma forma, o filme de 1674 é mais convincente do que o de 1969, e as ideias elaboradas nesse breve segmento são mais convincentes do que aquelas que constituem a narrativa central. Mas então é enterrado e não volta mais. Pena, esse é um momento em que a ressurreição teria sido útil.
Considerações Gerais
Sendo um fã da obra original literária, queria muito ter gostado do filme, e não por não ter a mente aberta para adaptações, simplesmente o filme não entrega o que poderia, as atuações são ruins, trilha sonora inexistente e um enredo que não envolve em momento algum o telespectador, uma pena.
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