
Desenvolvido por: Cattle Call Inc. |
---|
Publicado por: Square Enix |
Gênero:: JRPG |
Série: Bravely Default |
Lançamento: 5 de Junho de 2025 |
Classificação indicativa: 12 anos |
Modos: Single-player |
Disponível para: Nintendo Switch 2 |
Eu sou muito fã de RPGs de turnos, especialmente daqueles que são desenvolvidos e publicados pela Square Enix. Contudo, existem muitos jogos e franquias que ainda não consegui jogar, e Bravely Default é uma delas. Com a chegada do Switch 2 e a remasterização do título, finalmente tive a oportunidade de jogá-lo para esta review, graças a uma cópia cedida pela Square Enix. Mas será que é tudo isso mesmo? Vamos descobrir.
História: interessante e até nostálgica
Nossa história começa com uma cena que nos apresenta aos quatro protagonistas: Tiz Arrior, Agnès, Ringabel e Edea, junto com seus objetivos pessoais. No entanto, rapidamente assumimos o controle de Tiz, um morador de um vilarejo que leva uma vida simples, um dia de cada vez com sua família. Mas tudo isso muda quando uma tragédia atinge o vilarejo, destruindo tudo e matando todos, restando apenas Tiz como o único sobrevivente.
Sem muito pelo que viver, além do desejo de entender o que aconteceu, Tiz cruza o caminho de Agnès Oblige, uma vestal do vento. Essa posição significa que ela é a guardiã do cristal do vento, cuja função é manter o equilíbrio do mundo. Eles se encontram porque uma energia maligna corrompeu o cristal e causou destruição.
Tiz e Agnès então embarcam em uma jornada para entender o que está acontecendo com os cristais que sustentam o mundo. A história nos leva por uma aventura cheia de personagens marcantes e momentos memoráveis.
No geral, achei a história excelente. Ela começa de forma catastrófica e cheia de perguntas que vão sendo respondidas aos poucos. A questão dos quatro cristais elementais lembra bastante os antigos Final Fantasy, e a própria estrutura do jogo parece claramente inspirada nesses clássicos. Se há uma crítica, é quanto ao ritmo, que pode parecer arrastado em certos momentos, mas isso é comum em JRPGs, que geralmente são longos.
Jogabilidade: A magia da simplicidade bem executada
Para sustentar essa história emocionante, o jogo oferece uma base de jogabilidade bem sólida, dividida em três pilares: exploração, combate e progressão. Por enquanto, vou focar nos dois primeiros.
Na exploração, temos um jogo fundamentalmente simples, que mais uma vez lembra os Final Fantasy clássicos. Exploramos um mapa em mundo aberto, visitamos cidades, dungeons e outros ambientes, interagimos com NPCs, compramos itens e descansamos.
Apesar da simplicidade, a exploração é eficiente. O mundo é belíssimo, e é muito satisfatório conhecer cada canto das cidades e reinos que visitamos. As dungeons também escondem muitos tesouros, e no geral, a experiência é excelente.
Durante a exploração, enfrentamos inimigos por meio dos amados (e odiados) encontros aleatórios. É aí que entra o combate do jogo. Aqui, temos um JRPG de turnos com foco em dois sistemas principais: Brave e Default. O jogador pode usar ataques, magias e habilidades, mas também tem a opção de escolher o comando Default, que faz o personagem passar o turno e acumular um ponto de Brave. Na próxima vez que for sua vez de agir, você pode usar o modo Brave para executar várias ações em sequência, de acordo com os pontos acumulados.
O combate, embora simples, ganha uma nova dimensão com esse sistema. Ele obriga o jogador a pensar estrategicamente, antecipar movimentos e montar táticas complexas. Dá para usar vários turnos de uma vez com diferentes propósitos ou se preparar para eliminar os inimigos o mais rápido possível. É realmente bem divertido e interessante, um dos pontos mais positivos do jogo.
Sistema de progressão e Jobs
Um dos aspectos que mais me agradou em Bravely Default foi o sistema de progressão dos personagens, que é extremamente flexível e cheio de possibilidades. Aqui, o jogo adota um sistema de Jobs, que basicamente são classes que cada personagem pode escolher e trocar a qualquer momento fora de combate. Isso dá ao jogador uma liberdade imensa para experimentar combinações, estratégias e estilos de jogo diferentes.
Cada Job vem com suas próprias habilidades, magias, equipamentos recomendados e um estilo único. Começamos com alguns Jobs mais básicos, como Freelancer e Mago Branco, mas à medida que avançamos na história e vencemos certos chefes, vamos desbloqueando novas classes, como Cavaleiro, Ladino, Invocador, Ninja, entre muitas outras. No total, são dezenas de opções que cobrem praticamente todos os arquétipos clássicos de RPG, além de algumas ideias bem criativas.
Minigames e conteúdo opcional
Essa versão remasterizada inclui diversos minigames que aproveitam os controles de movimento do Nintendo Switch 2. Alguns são de ritmo, outros envolvem controlar a nave do jogo. Todos são muito bem feitos, divertidos e adicionam variedade à experiência.
Além disso, há muito conteúdo opcional herdado do jogo original. Temos desde missões paralelas, algumas normais e outras secretas, até superchefes no endgame que vão desafiar até os jogadores mais experientes. Para quem gosta de conteúdo além da campanha principal, Bravely Default oferece bastante.
Tudo remasterizado com a maior qualidade
Remasterizar um título que originalmente foi lançado no Nintendo 3DS, com suas duas telas, não é tarefa fácil. Mas posso dizer que, em muitos aspectos, essa remasterização foi feita com muito cuidado.
Graficamente, temos uma resolução muito maior, desempenho melhor e uma direção de arte excelente que dá nova vida ao jogo. As melhorias de qualidade de vida, como poder acelerar combates, diálogos e a movimentação durante a exploração, também foram muito bem-vindas.
Outro ponto alto foi a adaptação dos minigames, que aproveitam de maneira criativa os novos controles do Switch 2, como o modo mouse e o giroscópio. O resultado é uma experiência moderna, sem perder o charme do original. Realmente impressiona.
Bravely Default: Vale ou não a pena jogar?
Se você é fã de JRPGs, especialmente dos clássicos da era de ouro da Square, Bravely Default é quase obrigatório. A história é envolvente, os personagens são cativantes, o combate é estratégico e viciante, e o mundo é um prazer de explorar. Mesmo com alguns momentos de ritmo mais lento e os encontros aleatórios que podem não agradar a todos, o saldo final é muito positivo.
Com a nova remasterização, o jogo não só se adapta bem aos tempos modernos, como também entrega uma das melhores experiências de RPG por turnos disponíveis atualmente no Switch 2. Vale muito a pena jogar.

Quer ficar antenado nas novidades sobre o mundo gamer? clique aqui
Além disso, conheça o nosso Canal no YouTube.