Borderlands 4 | Confira nossa review

Borderlands
Ficha Técnica
Desenvolvido por: Gearbox Software
Publicado por: 2K
Gênero::FPS com elementos de RPG
Série:Borderlands
Lançamento: 11 de Setembro
Classificação indicativa: 18 anos
Modos: um jogador, multijogador local e online até 4 pessoas
Disponível para: PS5, Xbox Series S|X e PC

 

Como grande fã de Borderlands, eu estava empolgado desde o anúncio de Borderlands 4, ansioso para mergulhar novamente naquele loop viciante de violência, humor escrachado e diversão caótica. Ao mesmo tempo, confesso que tinha minhas preocupações sobre a direção que a franquia poderia tomar neste novo título. Agora, nesta review, vamos descobrir juntos se realmente vale a pena jogar ou não.

Vale ressaltar que esta review só foi possível graças ao envio antecipado de uma cópia pela 2K, com o objetivo de viabilizar a produção de conteúdo. Nosso agradecimento à 2K Games pelo apoio! Principalmente a Carol, um muito obrigado!

História: Entre caos & Piadas

alar sobre a história de Borderlands é sempre interessante, já que muitos jogadores mergulham fundo nela, enquanto outros preferem ignorar completamente, talvez pela forma como é contada. No entanto, em Borderlands 4 devo dizer que, além de estar bem construída, ela é realmente muito boa.

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Nossa jornada começa com uma cena introdutória no planeta Kairos, onde os quatro novos Vault Hunters chegam em busca do que mais move esse universo: os Vaults. Esses cofres alienígenas, deixados pelos enigmáticos Erdianos (Eridians), podem guardar tesouros, tecnologias avançadas ou até criaturas colossais e monstruosas.

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O que os protagonistas não esperavam encontrar era um planeta dominado por um ditador psicopata conhecido como Senhor do Tempo, o grande vilão desta aventura. Ele utiliza uma tecnologia capaz de controlar pessoas e estendeu seu domínio por diversas regiões de Kairos. Entre os confrontos contra esse inimigo e seus exércitos, cabe a nós buscar os Vaults e tentar pôr fim ao seu reinado.

A narrativa é contada através de diversas cenas, algumas em primeira pessoa, colocando o jogador dentro da ação, e outras em terceira pessoa, permitindo ver nosso personagem em momentos-chave. Os diálogos também se desenvolvem por meio de comunicadores com outros NPCs. No geral, a história é divertida, bem-humorada e, em alguns pontos, até memorável. É uma evolução clara em relação a Borderlands 3 e, melhor ainda, está totalmente legendada em português do Brasil, o que facilita a imersão.

Jogabilidade: Pick your Hero

Na jogabilidade, Borderlands 4 continua sendo um FPS de ação com elementos fortes de RPG, inserido no gênero looter shooter, aquele ciclo viciante de eliminar inimigos, coletar armas e fortalecer seu personagem. Aqui temos quatro novos heróis jogáveis:

  • Vex, a Siren

  • Rafa, o Exo-Soldado

  • Harlowe, a Gravitar

  • Amon, o Forgeknight

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Cada um possui habilidades ativas e passivas extremamente únicas, o que torna cada experiência de gameplay memorável e divertida. Essa diversidade se soma à enorme variedade de armas disponíveis: pistolas, rifles automáticos, escopetas e muitas outras, todas com características próprias.

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Outro destaque é a movimentação. Agora contamos com pulo duplo, ganchos e outras mecânicas que oferecem muito mais controle e agilidade ao jogador. Essa adição, embora simples, torna a jogabilidade mais dinâmica e, na minha opinião, representa a melhor evolução já feita na franquia. O resultado é um jogo bonito, divertido e com um ritmo excelente.

Sistemas de progressão e loot

A progressão segue o modelo clássico da série: ao derrotar inimigos, ganhamos experiência, subimos de nível e desbloqueamos pontos para investir em uma árvore de habilidades robusta, repleta de passivas e ativas. A variedade de combinações é enorme, especialmente quando somamos as armas e seus efeitos à equação.

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O loot, como sempre, é regido pelo RNG. Armas são geradas com atributos parcialmente aleatórios, como dano, cadência de tiro, velocidade de recarga e, principalmente, efeitos passivos. Além disso, as raridades seguem a escala já conhecida: comum, rara, épica e lendária, cada uma trazendo melhorias significativas.

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Esse sistema garante uma progressão recompensadora: cada nova arma encontrada, cada habilidade desbloqueada e cada ajuste na build transmite aquela sensação de estar, pouco a pouco, moldando o herói exatamente da forma que você deseja. É um ciclo viciante e, acima de tudo, divertido.

Perfomance de Borderlands no PC; direção de arte e trilha sonora.

Eu joguei no PC e antes de iniciar, ouvir muitas impressões extremamente negativa sobre como o jogo estava rodando nos consoles da nova geração e nos PCs, fiquei preocupado mas decidi arriscar mesmo assim e me surpreendi ao ter uma experiência bem tranquila, o jogo rodou de maneira consistente e a experiência foi divertida com tudo no alto, junto com o uso de DLSS.

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A parte visual de Borderlands 4 mantém a identidade da franquia, com o já conhecido estilo em cel-shading que mistura traços cartunescos e cores fortes. Porém, aqui ele foi elevado a um novo patamar. O planeta Kairos é cheio de cenários variados, que vão desde desertos áridos até regiões futuristas repletas de neon, cada um com um cuidado especial em iluminação, detalhes e ambientação. A direção de arte garante que, mesmo após horas de jogo, cada área explorada ainda consiga surpreender visualmente.

A trilha sonora também merece destaque. As músicas acompanham bem o ritmo frenético do combate, alternando entre batidas pesadas, eletrônicas e temas mais atmosféricos nas partes de exploração. Em chefes e momentos de clímax, a trilha cresce de forma épica e ajuda a aumentar a imersão. Além disso, os efeitos sonoros de cada arma são variados e impactantes, tornando o ato de atirar ainda mais prazeroso.

Borderlands 4: Vale ou não a pena jogar?

Borderlands 4 é, sem dúvida, um dos melhores jogos da franquia. Ele consegue evoluir em praticamente todos os aspectos: a história é mais envolvente, a jogabilidade ganhou novas camadas com movimentação mais fluida, os sistemas de loot e progressão estão mais recompensadores, e a direção de arte continua única e memorável.

Claro que ainda existem pontos que podem cansar, como a dependência do RNG no loot ou a repetição natural de algumas missões, comuns no gênero looter shooter. Mas no geral, esses detalhes não diminuem a experiência.

Se você é fã de Borderlands, vai encontrar aqui a melhor versão da série. Se nunca jogou, esse é um ótimo ponto de entrada, já que o jogo consegue equilibrar humor, ação caótica e sistemas profundos de progressão de forma acessível e divertida.

Em resumo: sim, vale muito a pena jogar Borderlands 4.