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Bloomtown: A Different Story | Confira nossa review

Bloomtown: A Different Story
Ficha Técnica
Desenvolvido por: Lazy Bear Games
Publicado por: Twin Sails Interactive
Gênero:: RPG
Série: Bloomtown
Lançamento: 24 de Setembro
Classificação indicativa: Livre
Modos: Um jogador
Disponível para: Playstation, Xbox, Switch e PC

 

O que me chamou a atenção de imediato em Bloomtown foram seus belíssimos visuais em pixel art: coloridos, detalhados e claramente feitos com muito carinho. A segunda coisa foi o fato de ser desenvolvido pelos mesmos criadores de Graveyard Keeper, um dos melhores indies do ano em que foi lançado. Com isso, Bloomtown já carregava grandes expectativas de entregar uma experiência única. Mas será que o jogo realmente consegue alcançar esse potencial?

História

Em Bloomtown: A Different Story, a trama nos leva de volta à década de 1960, onde os irmãos Emily e Chester são enviados para passar as férias na casa do avô, localizada na pacata cidade de Bloomtown. O enredo começa de maneira simples, com os irmãos frustrados por estarem longe de Chicago e convencidos de que não haverá nada de interessante para fazer em uma cidade tão sonolenta. No entanto, logo descobrem que Bloomtown não é tão tranquila quanto parece.

Emily é visitada por uma entidade demoníaca que a leva ao misterioso reino de Underside, e, à medida que a cidade enfrenta desaparecimentos inexplicáveis e eventos sobrenaturais, os irmãos são arrastados para uma missão perigosa. Junto com amigos recém-conhecidos, Emily e Chester precisam enfrentar forças obscuras que ameaçam a segurança de todos em Bloomtown. A história flui com uma sensação de mistério, onde cada descoberta revela novas camadas sobre a cidade, seus habitantes e os segredos que guardam. Embora a premissa pareça familiar — crianças enfrentando perigos sobrenaturais —, o jogo desenvolve essa narrativa com personagens cativantes, diálogos envolventes e uma trama que mantém o jogador intrigado do começo ao fim.

O jogo captura perfeitamente o espírito de aventuras clássicas de amadurecimento, remetendo a jogos como EarthBound e séries como Stranger Things, onde a inocência juvenil se choca com terrores inesperados. Os laços entre os personagens crescem à medida que enfrentam desafios juntos, e o ambiente da cidade de Bloomtown, com seus segredos sombrios, reforça o impacto emocional da história.

Jogabilidade

No coração de Bloomtown: A Different Story está seu sistema de combate baseado em turnos, que combina elementos tradicionais de RPG com mecânicas inovadoras, como a captura e fusão de demônios. Cada personagem do grupo possui um “demônio interior”, uma manifestação única que lhes confere poderes sobrenaturais. Além disso, há a possibilidade de capturar demônios menores durante as batalhas, que podem ser utilizados para personalizar ainda mais as habilidades dos personagens. Essa mecânica adiciona uma camada estratégica ao combate, permitindo ao jogador experimentar diferentes combinações de personagens e habilidades.

O combate é enriquecido com um sistema elemental em que alguns inimigos são mais vulneráveis a certos tipos de ataques, como fogo, gelo ou eletricidade. Essa variedade força o jogador a pensar em estratégias dinâmicas conforme o jogo avança e os inimigos se tornam mais difíceis. Além disso, o jogo apresenta uma mecânica de fusão de demônios, desbloqueada ao longo da campanha, que expande as possibilidades de construção de equipe e aumenta a profundidade tática do combate.

Outra mecânica interessante é o desenvolvimento das estatísticas dos personagens. Ao longo do jogo, você pode melhorar atributos como Coragem, Charme, Inteligência e Proficiência, que influenciam diretamente no desenrolar das missões e no sucesso em interações sociais e combates. Por exemplo, um alto nível de Charme pode permitir que você evite confrontos por meio da persuasão, enquanto uma baixa Coragem pode dificultar a captura de demônios. Essa liberdade de personalização, aliada ao combate estratégico, cria uma jogabilidade envolvente e diversificada.

Conteúdo Secundário

Bloomtown não se limita à sua história principal; ele oferece uma quantidade robusta de conteúdo secundário que enriquece a experiência. O jogo inclui uma série de missões paralelas que incentivam a exploração e a interação com os habitantes da cidade. Essas missões secundárias não são apenas um complemento ao enredo principal, mas também oferecem recompensas valiosas, como itens, dinheiro e novos demônios para adicionar à sua equipe.

Além disso, há atividades como cultivo e culinária, que permitem ao jogador plantar e colher recursos que podem ser usados para criar itens de cura e melhorar as chances de sobrevivência. Outra atividade interessante é a coleta de discos de vinil raros, que adicionam uma camada extra de colecionismo ao jogo. Essas atividades são integradas de forma a não parecerem repetitivas ou desnecessárias, tornando o mundo de Bloomtown vivo e interativo.

O sistema de atributos é outro ponto que se destaca no conteúdo secundário. Além de serem usados no combate, os atributos são necessários para superar desafios durante a exploração ou interações sociais. Isso significa que o jogador precisa equilibrar o tempo gasto em aumentar esses atributos com as outras atividades secundárias disponíveis, o que adiciona um elemento de estratégia à progressão do jogo.

Gráficos

Visualmente, Bloomtown é um espetáculo em pixel art, remetendo aos RPGs dos anos 90, mas com um refinamento moderno. Os cenários são vibrantes e repletos de detalhes, com cada área do mapa apresentando um estilo único que reflete a personalidade dos habitantes e os segredos da cidade. A paleta de cores é usada de forma inteligente para distinguir o mundo real de Bloomtown e o reino sobrenatural de Underside, criando uma atmosfera de contraste entre o mundano e o sobrenatural.

Os sprites dos personagens e inimigos são desenhados com um nível impressionante de cuidado, e as animações durante o combate são fluidas e cheias de personalidade. O design dos demônios, em particular, se destaca, com cada criatura apresentando características únicas e visuais criativos que tornam cada batalha visualmente interessante. Além disso, a ambientação sobrenatural de Underside é um ponto forte, trazendo cenários que mesclam o grotesco e o belo de forma harmoniosa.

A estética geral de Bloomtown é cativante e combina perfeitamente com o tom nostálgico e misterioso do jogo, fazendo com que cada nova área do mapa seja um prazer de explorar.

Aspectos Técnicos

Tecnicamente, Bloomtown apresenta um desempenho sólido, com raros momentos de lentidão ou problemas de carregamento. No entanto, o jogo sofre com um problema recorrente de ritmo, especialmente durante as batalhas. Embora o combate por turnos seja bem-executado, ele pode se tornar um tanto lento em determinados momentos, principalmente em combates mais prolongados. A falta de uma opção para acelerar as animações de combate, como visto em outros RPGs, pode fazer com que o ritmo do jogo pareça arrastado em certas situações.

Outro aspecto técnico que merece destaque é a trilha sonora. Composta por faixas que mesclam nostalgia e tensão, a música de Bloomtown complementa perfeitamente a atmosfera do jogo, adicionando profundidade emocional aos momentos mais intensos e oferecendo uma sensação de tranquilidade durante a exploração. A sonoplastia também é bem trabalhada, com efeitos sonoros precisos que ajudam a dar vida ao mundo e aos combates.

Embora o jogo não apresente grandes bugs ou falhas técnicas, o ritmo lento nas batalhas e a progressão um pouco arrastada no submundo podem ser frustrantes para alguns jogadores. Apesar disso, a experiência técnica de Bloomtown é geralmente agradável e bem-polida, com poucos problemas de performance.

Bloomtown: A Different Story: Vale a Pena?

Sim, Bloomtown: A Different Story vale cada centavo. O jogo entrega uma experiência imersiva, uma jogabilidade refinada e um mundo interessante. Para os fãs de um bom RPG, bloomtown é obrigatório.

Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PC (Steam) pela Twin Sails Interactive para a elaboração desta análise.


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