Black Mirror: 7ª Temporada | Confira nossa crítica

A série distópica mais aclamada do segmento, segue em alto nível no seu sétimo ano. Brindando-nos com novas narrativas excêntricas e absolutamente surpreendentes.

Ficha Técnica
Título: Black Mirror
Ano de Produção: 2024
Dirigido Por: Charlie Brooker
Estreia: 2025
Duração: 6 episódios
Classificação: 18 anos
Gênero: Drama, Distopia
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: As histórias bizarras não têm limite nesta série antológica que revela o pior da humanidade, suas maiores invenções e muito mais.

 

Extorsão Tecnológica

Logo de cara, nos deparamos com o episódio mais perturbador dessa leva: Pessoas Comuns. Afinal, aborda a maneira extremamente tirânica utilizada pelas empresas ao tratar seus clientes. Em especial aqueles dependentes, de alguma forma, dos serviços delas.

Vítima de um terrível acidente, a professora Amanda (Rashida Jones) fica à beira da morte e apenas a tecnologia inovadora da empresa Rivermind é capaz de salvar sua vida. Entretanto, tal salvamento requer planos mensais. Os quais vão subindo, abusivamente, no decorrer dos meses! Deixando em desespero seu marido, o humilde assalariado Mike (Chris O’Dowd ).

Seguindo linha semelhante, que mostra os males provenientes da ciência quando jaz em mãos inescrupulosas, Bête Noire acompanha uma verdadeira tortura psicológica. Tudo graças ao surgimento da colega de escola da confeiteira Maria (Siena Kelly ), a aparentemente doce Verity (Rosy McEwen), na empresa onde ela trabalha. Tal aparição vira inexplicavelmente a rotina da garota de ponta cabeça, fazendo-a questionar até mesmo a realidade na qual encontra-se envolta.

Emoções Virtuais

Porém, os artifícios modernos não possuem uso apenas para fins nefastos. Como fica claro em outros dois capítulos recém-lançados, os deveras intensos Hotel Reverie e Eulogy.

No primeiro, vislumbramos uma equipe de filmagem visionária usando táticas imersivas para colocar a famosa atriz contemporânea, Brandy Friday (Issa Rae), no papel principal de um consagrado filme antigo. Contudo, a interação junto à recriação da falecida estrela Dorothy Chambers (Emma Corrin) e problemas técnicos externos, colocam todo o projeto em risco.

Já o segundo, é uma legítima obra de arte dramática! Sem dúvida o mais profundo dessa edição. Pois nos proporciona mergulhar ciberneticamente nas memórias do ressentido Phillip (Paul Giamatti), enquanto tenta lembrar do rosto da ex-amada que acabara de perecer. Trazendo à tona, assim, diversos momentos comoventes vividos juntos.

Ficção Reflexiva

Obviamente, uma pitada de fantasia não poderia faltar. Gênero cujo qual marca presença tanto na aventura espacial USS Callister: Into Infinity, continuação da trama narrada na quarta remessa, quanto no bizarro Brinquedo, explorando a evolução de um videogame revolucionário bastante intrigante.

Muitas produções perdem o cerne ou terminam declinando a qualidade conforme o tempo passa. Felizmente, não é o caso de Black Mirror! A qual entrega outra temporada espetacular, com algumas cenas dignas das maiores concepções de Hollywood.

A parte técnica, claro, beira o impecável. Seja nos excelentes efeitos especiais, nas marcantes trilhas sonoras, nos cenários deslumbrantes, na belíssima fotografia, nos figurinos maravilhosos ou nas tocantes atuações do célebre elenco.

Todavia, o ritmo razoavelmente arrastado de certos trechos chega a ser cansativo, quase desanimador. Embora os desfechos magníficos desfaçam um pouco essa sensação! Outra crítica fica por conta da falta de plot twists, com os enredos transcorrendo de modo muito previsível. O conjunto, entretanto, torna a experiência para os espectadores definitivamente extraordinária.

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