A Abragames é uma entidade sem fins lucrativos que possui o objetivo de fortalecer a indústria nacional de desenvolvimento de jogos
Durante os primeiros dias da Brasil Game Show (BGS), o Teoria Geek buscou trazer um conteúdo diversificado, com o objetivo de mostrar o quanto esse evento pode ser importante para os mais variados públicos.
Você é um desenvolvedor?
Se sim, a BGS é uma ótima oportunidade para você, e eu já vou explicar o porquê. Um dos encontros mais enriquecedores que tivemos, foi com a Carolina Caravana, Vice-Presidente da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames). Nessa pequena entrevista, buscamos sintetizar bons motivos para conhecer esse pessoal que vem fazendo um ótimo trabalho aqui no Brasil.
Qual o principal objetivo da Abragames aqui na BGS 2022?
Este é o primeiro ano que a Abragames está fazendo uma parceria com a BGS e a ideia é que isso cresça ao longo dos próximos anos e que a gente facilite a entrada das empresas e desenvolvedores por aqui. Então, o intuito é esse: fazer um primeiro contato e aumentar ao longo dos anos essa facilidade.
Tem muita coisa que pode ser entendida como benefício das empresas que participam. Tem tanto a área de negócios, para serviços e conseguir vários contatos aqui, quanto principalmente para estúdios que nunca tiveram essa experiência de ter o seu jogo testado por um público grande. Pois existe bastante grupos diversos e vem gente do Brasil inteiro e até de fora do país pra se divertir aqui. Então, esse feedback, muito honesto pelo jogador, é um ótimo choque de realidade. Quando você é um estúdio iniciante e nunca teve essa experiência, sugiro que isso aconteça, e o quanto antes, melhor.
Cite 3 grandes motivos para atrair os desenvolvedores de jogos para vir aqui.
Além desses dois motivos que já falei, de ter a possibilidade de fazer negócios e alcançar esse público, existe também o contato com empresas que você não sabia que existiam. Você irá conhecer outros desenvolvedores aqui. Além do acesso a empresas grandes, como a Nintendo e a PlayStation, que embora tenhamos outras formas de conseguir contato, aqui isso, também, é possível.
Se um desenvolvedor é uma pessoa com deficiência (PcD) e quer vir ao evento saber mais sobre a associação, vocês possuem alguém para auxiliá-lo?
A gente tem uma pessoa no nosso estande que teria o prazer de receber qualquer pessoa e a própria feira tem acesso facilitado para pessoas com deficiência. Temos essa pessoa que estaria lá, e caso haja alguma necessidade especial que o nosso funcionário não consiga atender, a gente consegue chamar algum de nossos apoiadores pra facilitar essa conversa.
É muito importante tocar nesse assunto de diversidade no geral. O PcD acaba sendo pouco focado no sentido de público consumidor e com certeza também na hora de contratação. Um dos nossos parceiros é a AbleGamers, inclusive, e eles estão aqui na feira.
A AbleGamers faz parceria com várias organizações, incluindo hospitais e centros de reabilitação, para alcançar mais pessoas com deficiência e fornecer um local próximo para ajudar na configuração para entrar no mundo dos jogos. As organizações parceiras são alimentadas pela AbleGamers por meio de suporte e treinamento contínuos da equipe.
A AQUIRIS é um dos principais estúdios associados a vocês que também está aqui na BGS. Sendo um dos maiores estúdios brasileiros, qual foi a principal contribuição da Abragames para seu crescimento na indústria?
Não posso deixar de falar, que não foi a Abragames que fez a empresa crescer, porque todo o mérito é deles. Inclusive, foi a AQUIRIS que contribuiu com a própria associação, até porque o Sandro Manfredini (Sócio Diretor de Negócios da AQUIRIS) foi o presidente anterior à gestão que eu participo.
Mas o nosso projeto de exportação, junto com a APEXBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), com certeza contribuiu para essa geração de empresas que atualmente estão num tamanho interessante a chegar aonde elas estão. O fato de a própria associação existir como um ponto focal, para que o setor público venha conversar com a indústria, foi uma questão importante e o próprio projeto setorial, em parceria com a APEXBrasil, que facilita essa conversa com desenvolvedores internacionais e investidores.
O slogan do nosso site Teoria Geek diz que “o importante é se divertir”. Como você definiria o ânimo do pessoal que está trabalhando aqui na AbraGames?
Eu estou super empolgada de estar aqui representando a AbraGames. Eu já vim diversas vezes para a BGS com a minha empresa e esta é a primeira vez que eu estou representando a Abra. Ainda não consegui passar na feira toda, porque eu estou aqui na sala de imprensa falando com todo mundo sobre essa experiência, mas eu estou bastante animada. O pessoal daqui, também, está bem empolgado pra passear pela feira, ver a área indie, pois é o local onde a gente conversa mais com os desenvolvedores. Quanto maior, quanto mais bem estruturada, quanto mais desenvolvedores estiverem aqui, mais a gente fica feliz.
Não nos abandone ainda, tem muita coisa legal acontecendo, dê uma olhada aqui.