![Atomic Heart - Capa](https://teoriageek.com.br/wp-content/uploads/2023/02/Atomic-Heart-Capa.jpg)
Desenvolvido por: Mundfish |
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Publicado por: Focus Entertainment |
Gênero: Tiro em primeira pessoa, ação e aventura |
Série: Atomic Heart |
Lançamento: 21 de fevereiro de 2023 |
Classificação indicativa: 18 Anos |
Modos: 1 Jogador |
Disponível para: PlayStation 5, Xbox One, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox Cloud Gaming e PC |
História e apresentação
Se existe um ponto em que Atomic Heart se destaca, é em sua apresentação visual. Com cenários detalhados e uma ambientação cativante, o jogo nos transporta para uma versão alternativa da Rússia, onde robôs coexistem harmoniosamente com os humanos — ao menos até certo ponto. As cores vibrantes, a arquitetura retrofuturista e a atenção aos detalhes tecnológicos enriquecem a experiência visual.
Mas, como era de se esperar, algo sai terrivelmente errado. No dia do lançamento de um novo sistema de controle de robôs, eles se rebelam contra seus criadores. A sociedade que antes vivia em harmonia entra em colapso, transformando essas máquinas auxiliares em armas mortais. Cabe ao protagonista, P-3, desvendar os segredos por trás dessa revolta.
Um Início lento mas interessante
O jogo começa com um ritmo lento, repleto de informações e pouca ação. Quando finalmente a jogabilidade se desenrola, o estresse aumenta devido à infinidade de quebra-cabeças que precisam ser resolvidos antes de avançar. A constante busca por canisters é capaz de gerar gatilhos até nos jogadores mais pacientes.
Curiosamente, conforme o protagonista reclama dos enigmas incessantes, essa frustração também ecoa nos sentimentos do jogador. O resultado é quase cômico: você quer explodir algo, mas está preso em mais um puzzle.
Outro ponto peculiar é o encontro com Nora, uma geladeira tarada que serve como ponto de melhorias. Embora seja uma tentativa de alívio cômico, a interação com a personagem pode gerar desconforto, em vez de proporcionar leveza.
Jogabilidade repleta de ação e diversão
Se você tiver resiliência para superar o início moroso, será recompensado com o acesso ao mundo aberto. Finalmente, é possível se entregar a um combate mais visceral, com uma boa variedade de armas e habilidades.
No entanto, o jogo não facilita: inimigos surgem constantemente, robôs consertam estruturas destruídas e câmeras alertam sobre sua presença. Você se sente compelido a ser furtivo ou a reduzir a dificuldade para se tornar mais agressivo.
As armas variam entre escopetas, pistolas, dispositivos elétricos, machados e porretes. Já as habilidades dependem da luva do protagonista, que oferece opções como ataques elétricos, telecinese e escudos protetores. Um destaque interessante é a capacidade de puxar vários itens simultaneamente apenas segurando um botão.
Problemas Persistentes
Embora o jogo tenha seus momentos de glória, alguns problemas não podem ser ignorados. A navegação é confusa em determinados momentos; o mapa só existe no mundo externo, deixando você muitas vezes perdido. A falta de uma opção de viagem rápida também torna a exploração cansativa.
Em termos de acessibilidade, o jogo deixa a desejar. Não há opção de remapeamento dos controles nem um menu com tutoriais. Apesar disso, a dublagem em português do Brasil está excelente — ainda que prejudicada por uma mixagem problemática, onde a voz da luva frequentemente se sobrepõe às músicas e efeitos sonoros.
DLC Enchantment Under the Sea
A expansão Enchantment Under the Sea traz uma nova camada de exploração ao mundo de Atomic Heart. Ambientada em uma base subaquática secreta, a DLC introduz novos inimigos inspirados em criaturas marinhas e tecnologias futuristas.
Uma das grandes atrações é o combate dinâmico em ambientes com gravidade reduzida, onde a manipulação dos elementos aquáticos adiciona complexidade ao gameplay. Há também novos quebra-cabeças que, diferentemente da campanha principal, são melhor equilibrados, oferecendo desafios sem se tornarem exaustivos.
A narrativa da DLC expande o mistério sobre os avanços tecnológicos da sociedade retratada em Atomic Heart, revelando segredos que conectam eventos subaquáticos ao colapso dos robôs na superfície.
Vale a Pena?
Atomic Heart é um jogo com inspirações claras em títulos como BioShock e Wolfenstein, mas que consegue preservar sua própria identidade. Apesar dos problemas no ritmo inicial e na navegação, a experiência se torna viciante conforme você progride.
Para os assinantes do Game Pass, Atomic Heart é um título que merece ser explorado. Para os demais jogadores, é recomendável aguardar uma promoção. A DLC Enchantment Under the Sea adiciona ainda mais valor ao jogo, tornando-o uma opção interessante para quem busca desafios e uma narrativa intrigante em um universo retrofuturista.
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