| Desenvolvido por: Ubisoft |
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| Publicado por: Ubisoft |
| Gênero::Ação e Aventura |
| Série:Assassin’s Creed |
| Lançamento: 20 de março de 2025 |
| Classificação indicativa: 16 anos |
| Modos: Um jogador |
| Disponível para: PS5, Xbox Series S|X e PC |
Assassin’s Creed Shadows é um dos lançamentos mais aguardados de 2025 e se passa em um período histórico que sempre me fascinou. Por isso, minha expectativa para jogá-lo era enorme. Agora, após mergulhar na experiência, trago esta review para compartilhar se o jogo realmente vale a pena.
História
A narrativa de Assassin’s Creed Shadows inicia de forma intrigante ao nos apresentar Yasuke, um ex-escravo e guarda-costas dos portugueses. No Japão feudal, os portugueses negociam com Oda Nobunaga, uma figura influente da época. Como parte do acordo, Yasuke se junta às fileiras de Nobunaga, enquanto os portugueses ganham permissão para conduzir suas atividades comerciais na região.
Meses depois, assumimos o controle de Yasuke durante uma invasão, momento em que conhecemos as mecânicas de combate samurai. Em seguida, o jogo nos coloca na pele de Naoe, que precisa defender seu vilarejo ao lado do pai. Sua jogabilidade foca no stealth, embora ela também seja letal no combate corpo a corpo.
A narrativa se desdobra quando Naoe recebe a missão de recuperar e proteger uma caixa misteriosa. Entretanto, as coisas saem do controle e a caixa é roubada por um grupo de 12 alvos que devemos eliminar ao longo da campanha, tanto por vingança quanto para recuperar o objeto e desvendar seu conteúdo.
Esse prólogo de cerca de três horas estabelece a dinâmica entre os protagonistas, mas deixa claro que Yasuke recebe menos tempo de destaque, enquanto Naoe tem sua história mais desenvolvida. O problema central da narrativa é que, após o prólogo, a história se torna fragmentada devido à estrutura do jogo.
Estrutura da Campanha
A campanha se desenvolve de forma não linear, permitindo que os jogadores escolham a ordem em que eliminam os alvos. Cada inimigo possui sua própria fortaleza e desafios específicos, mas a progressão da história se perde em meio à liberdade oferecida. Diferente de outros jogos da franquia, onde há uma trama contínua que guia o jogador, aqui o enredo se dilui conforme avançamos, tornando-se menos impactante.
A alternância entre Yasuke e Naoe adiciona variedade, mas não há obrigatoriedade em equilibrar o uso dos personagens, permitindo que o jogador se prenda a um estilo único. Isso, por um lado, favorece a liberdade de escolha, mas, por outro, compromete a imersão da narrativa, já que momentos importantes podem ser experienciados de forma desconectada.
Conteúdo Opcional
Além das missões principais, há diversas atividades secundárias espalhadas pelo mapa. Os jogadores podem se envolver em missões de assassinato, caça a tesouros e confrontos contra mercenários de elite. Também há a possibilidade de interagir com personagens secundários, que oferecem pequenas histórias paralelas.
O mundo aberto é vasto e recheado de segredos, mas sofre com um problema recorrente da franquia: a repetitividade. Muitas das missões seguem um padrão similar, o que pode tornar o conteúdo opcional cansativo depois de algumas horas. No entanto, para aqueles que gostam de explorar, há recompensas interessantes, como armas raras e melhorias para os personagens.
Jogabilidade
O jogo é um título de ação e aventura em terceira pessoa com elementos de stealth. Podemos alternar entre Yasuke e Naoe durante as missões ou jogar exclusivamente com um deles. Yasuke é um tanque no combate, utilizando katana, naginata e até armas de fogo.
Sua jogabilidade é focada na ação, mas ele é limitado em furtividade e movimentação vertical. Já Naoe é especialista em stealth, com ferramentas como kunais, shurikens e bombas de fumaça. Sua mobilidade é maior devido ao uso de um gancho.
Os combates são divertidos, mas a variedade de inimigos é baixa, tornando-os previsíveis conforme a campanha avança. A inteligência artificial também apresenta falhas, com inimigos que às vezes não reagem de maneira coerente às ações do jogador. Apesar disso, as mecânicas de combate são satisfatórias, proporcionando duelos intensos quando enfrentamos adversários mais desafiadores.
Sistemas
A progressão acontece através de experiência adquirida ao cumprir objetivos, desbloqueando habilidades ativas e passivas. Além disso, há um sistema de itemização com armas e equipamentos de diferentes raridades e efeitos. A personalização de builds é possível, mas limitada, pois os atributos dos equipamentos são gerados aleatoriamente, tornando difícil criar uma combinação específica.
No esconderijo da liga, podemos erguer edifícios que oferecem melhorias na jogabilidade. Esse sistema de construção adiciona uma camada extra de estratégia, permitindo que os jogadores aprimorem sua base e obtenham vantagens dentro do jogo. No entanto, a profundidade desse sistema é relativamente superficial, servindo mais como um complemento do que como um recurso essencial para a progressão.
Aspectos Técnicos
Visualmente, Assassin’s Creed Shadows impressiona em alguns momentos, mas decepciona em outros. O design do Japão feudal é bem elaborado, mas sofre com problemas técnicos. As texturas e iluminação são consistentes, mas os NPCs apresentam animações robóticas e falta de expressão facial convincente. Além disso, a performance do jogo é irregular, com quedas de frame rate quando acessemos a área do esconderijo.
Contudo, o jogo rodou na maioria do tempo de forma tranquila e sem apresentar nenhum tipo de bug ou problema que pudesse comprometer a experiência e progressão.
Assasssin’s Creed Shadows: Vale a Pena?
Assassin’s Creed Shadows tinha potencial para ser um grande título, mas falha em vários aspectos. A jogabilidade repetitiva, a narrativa fragmentada e os problemas técnicos comprometem a experiência. Se você é fã de Assassin’s Creed, talvez encontre algo para aproveitar. Caso contrário, existem opções melhores no gênero, como Ghost of Tsushima.
No fim, Shadows fica à sombra de seus próprios problemas.
Depois de tudo o que passamos juntos. De tudo o que eu fiz. Não pode ser em vão. Permaneça conosco.
