Existem produções com enorme potencial, especialmente levando em conta o material literário original, mas que na hora da execução patinam em detalhes deveras primordiais.

Título: As Bruxas Mayfair |
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Ano de Produção: 2024 |
Dirigido Por: Colin Bucksey |
Estreia: 2025 |
Duração: 8 episódios |
Classificação: 14 anos |
Gênero: Fantasia, Drama |
País de Origem: Estados Unidos |
Sinopse: Rowan Fielding, uma jovem neurocirurgiã intuitiva, descobre que é a improvável herdeira de uma família de bruxas. Enquanto acostuma com seus novos poderes, ela deve lidar com uma presença sinistra que assombra sua família há gerações. |
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Amor Incestuoso
Após dar à luz e conceder o tão almejado corpo ao perigoso Lasher (Jack Huston), a dedicada Rowan Mayfair (Alexandra Daddario) encontra dificuldades na criação de sua incomum cria. Muito por conta do rápido crescimento dele, aprendendo as coisas num ritmo alucinante.
Apesar disso, a memória do antes poderoso espírito não o acompanha na reencarnação, deixando-o confuso quanto à missão pela qual jaz ali. Fora a bizarra dubiedade dos sentimentos desenvolvidos pela mãe.
Afinal, a ama como genitora, sem dúvida. Porém, a forte atração sexual presente entre ambos, oriunda do período em que era apenas uma entidade, torna as interações dos dois no mínimo desconfortável.
Intrigas Familiares
Todavia, esse nem é o maior problema da dupla! Pois um ardiloso ancestral da jovem, o já falecido Julien Mayfair (Ted Levine), utiliza vitrolas antigas para se comunicar com os vivos. Arquitetando, assim, uma trama sombria acerca do novo membro da casta.
Membro esse que logo começa a assassinar mulheres do clã, de maneira totalmente involuntária. Sendo atraído incontrolavelmente até elas e lhes causando hemorragias letais, sem sequer ter tal intenção.
Diante da situação claramente fora do controle, a sociedade secreta Talamasca entra em ação. Enviando seu agente mais próximo da protagonista, o incorruptível Ciprien Grieve (Tongayi Chirisa), e a prima telepata dela, Moira Mayfair (Alyssa Jirrels), na missão de capturar o pujante homicida.
Linhagem Valiosa
Entretanto, mal sabiam eles que uma teia de eventos corria em paralelo aos seus esforços. Visando juntar o desmemoriado Talto à noiva selecionada pelo outro braço da genealogia Mayfair, com o intuito de usar os rebentos do casal num terrível ritual sangrento.
A despeito da notória pretensão de conceder um ar soturno à série, o que vemos em tela é uma história bastante leve. Demasiado longe, inclusive, de provocar suspense nos espectadores! Muito graças às cenas chave pouco impactantes, lotadas de reviravoltas previsíveis.
Os efeitos especiais, dignos de lançamentos da virada do século, também não ajudam na imersão. Com a trilha sonora legal e os cenários bem montados até salvando, mas o figurino genérico e as atuações sem sal, de boa parte do elenco, desanimando quem assiste.
Obviamente, há pontos altos na leva atual de episódios, merecendo destaque maior os arcos dos coadjuvantes. No entanto, a falta de capricho nos pormenores mina demais o interesse dos fãs! Motivo pelo qual, talvez, a terceira temporada nem mesmo foi confirmada ainda.

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