Existem duas palavras capazes de causar calafrios nos fãs de qualquer franquia consagrada, sejam elas filmes, séries, desenhos, animes, livros ou até mesmo jogos. Essas palavras são: nova adaptação!
O que é, tão somente, pegar uma obra de sucesso e fazer um reboot (mudando a história original), um remake (dando uma nova roupagem à mesma história) ou ampliar o universo dela (acrescentando acontecimentos à história). Muitos podem dizer “mas isso é bom, mantém a obra viva”, porém, o placar revela uma goleada para o time dos fracassos sobre o dos sucessos.
Para começar, basta ver os live actions lançados pela todo-poderosa Disney. Os quais oscilam entre o primor de A Bela e a Fera e a tragédia de O Rei Leão. Com direito a um A Dama e o Vagabundo completamente insosso e um Cruella magistral! Porém, ela não é a única a errar a mão em obras cujos nomes pareciam garantir sucesso absoluto.
Recentemente, saiu um novo filme de Mortal Kombat, carregando altas expectativas dos fãs. Contudo, apesar de deter à disposição toda a tecnologia moderna, passou deveras longe de captar a essência do lendário jogo! Sendo o longa de 1995 muito melhor, mesmo sem os aparatos disponíveis hoje em dia. E olha que ele nem foi lá grande coisa!
Todavia, nem tudo são espinhos. Como exemplo disso temos Cobra Kai, pegando na veia o espirito dos fantásticos longas de Karatê Kid.
Ghostbusters – Mais Além, introduzindo personagens novos, perfeitamente encaixados no universo, sem esquecer dos antigos. Contando, inclusive, com uma genial e emocionante homenagem ao saudoso Harold Ramis!
Bem como as diversas obras ampliando o universo Star Wars, com destaque para The Mandalorian, Rogue One e Clone Wars, verdadeiras obras-primas, que quase nos fizeram esquecer da bizarra trilogia cinematográfica recém-lançada.
No meio de tantos titãs, um personagem roubou a cena. Não pela proporção do seu filme, mas pelo modo como ele atingiu destaque na mídia. Sonic!
O live action do icônico ouriço azul tinha tudo para passar despercebido, ganhando apenas manchetes temporárias, tivessem os animadores feito um trabalho decente. Entretanto, a caracterização horrorosa apresentada no primeiro trailer, gerou uma avalanche de críticas! Os traços humanizados deram ao mascote da Sega aspecto esdrúxulo e teriam enterrado a franquia, não fosse os produtores ouvirem os fãs e refazerem por completo o protagonista. Como resultado, a longa foi um sucesso e ganhou até uma continuação, igualmente cativante.
Ouvir os fãs, aliás, é o que tem faltado aos responsáveis por Cavaleiros do Zodíaco! Um dos maiores animes de todos os tempos, quiçá o maior, teve sua essência deixada de lado na sanha da Toei (estúdio dono dos direitos da obra) pela conquista do público americano.
Ao invés de fazer o simples, dando à fanbase um reboot com traços da qualidade daqueles apresentados nas maquinas de jogos da Pachinko e concluindo Lost Canvas (os direitos não pertencem à Toei, mas poderia adquiri-los), preferiram descaracterizar completamente a obra e deixa-la irreconhecível. Consequentemente, vêm acumulando fracasso em cima de fracasso, enquanto levam os apaixonados a se corroerem de raiva! Vide a repercussão do já flopado live action.
Outra vítima do público americano é o chamado Monsterverse. O qual tem como personagem principal Godzilla e vinha montando, com maestria, um universo bastante interessante. Culminando no espetacular Godzilla II – Rei dos Monstros! Criticado por gente que nunca assistiu aos filmes originais do lagartão, pelo fato de dar muita atenção aos humanos e menos à porradaria entre os monstros.
Atendendo a esses críticos, todo o entorno das feras foi praticamente abandonado em Godzilla vs Kong, deixando o filme agitado e vazio, bem como eles adoram.
Em suma, entre enormes acertos tal qual Chucky e Wandinha, sempre há desastres igual DragonBall Evolution. E ainda vem aí o live action de Yu Yu Hakusho.
Cruzem os dedos, galera! Pois sempre que uma nova adaptação é anunciada, “os deuses atiram uma moeda ao ar e o mundo segura a respiração para ver de que lado cairá”.
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