Baseado no livro “Apaixonada aos 40”, o filme conta a história da crise de meia idade de uma mulher que acaba descobrindo o quão monótona sua vida é, quando sua filha viaja para o exterior enquanto ela passa por um divórcio.
| Título: Apaixonada |
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| Ano de Produção: 2023 |
| Dirigido Por: Natália Warth |
| Estreia: 07 de março de 2024 |
| Duração: 95min |
| Classificação: 14 anos |
| Gênero: Comédia |
| País de Origem: Brasil |
| Sinopse: Quando Bia (Giovanna Antonelli), uma mulher de 40 anos, percebe que seu casamento de 22 anos está falido, que sua vida está sem cor e que ela pode perder tudo se não mudar, ela entra em uma imensa crise. que a leva a um hospital. Sem mais nada para fazer, após o divórcio do marido e o afastamento da filha única, ela decide se reconhecer, se reconectar, se buscar em uma emocionante, leve e divertida jornada pelo amor próprio. |
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Apaixonada ou Iludida?
Em “Apaixonada”, somos levados a explorar a jornada de autodescoberta da protagonista Beatriz, vivida de maneira cativante por Giovanna Antonelli, em meio às turbulências da vida após o divórcio e a partida da filha para estudar fora do país.
Baseado no livro “Apaixonada aos 40” (de Cris Souza Fontês), o filme busca abordar a transição de mulheres maduras para uma nova fase da vida, repleta de desafios e oportunidades de reconstrução pessoal. No entanto, mesmo com uma premissa potencialmente envolvente, a execução deixa a desejar ao não explorar profundamente as nuances emocionais e psicológicas da protagonista, por escolher um caminho mais “leve” para a jornada da personagem.
Falta de Profundidade
A precariedade na construção dos relacionamentos e dos conflitos de Beatriz fica evidente, principalmente na superficialidade com que a trama aborda os dilemas enfrentados pela personagem. A participação de Alfredo, interpretado por Danton Mello, como um elemento volátil na vida de Beatriz, não recebe a devida complexidade e profundidade, resultando em interações previsíveis e sem impacto emocional significativo.
A personagem de Beatriz parece ser mais uma composição de estereótipos do que uma figura autêntica, o que limita o desenvolvimento emocional e a conexão com o público. As tentativas de romance com personagens secundários, como Pablo, interpretado por Rodrigo Simas, carecem de autenticidade e relevância, falhando em transmitir uma jornada convincente de autovalorização.
A Música Salva
Apesar dessas falhas de execução, “Apaixonada” destaca-se pela trilha sonora envolvente que remete aos clássicos filmes de romance europeus das décadas passadas. Além disso, as atuações de Danton Mello e Jonas Bloch merecem reconhecimento, trazendo camadas de profundidade e emoção às cenas em que estão presentes.
Em sua tentativa de abordar temas relevantes como a independência feminina e a busca pela felicidade após desafios pessoais, “Apaixonada” acaba por sucumbir a clichês e mais clichês, resultando em uma narrativa previsível e pouco impactante.
Veredito Final
Para os fãs de dramas românticos com um toque nostálgico, “Apaixonada” pode oferecer momentos de entretenimento, mas deixa a desejar em sua abordagem e desenvolvimento dos conflitos internos de seus personagens. Uma obra que, apesar de suas intenções louváveis, não consegue atingir seu potencial pleno.
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