Diferente da maioria das grandes produções, A Roda do Tempo não consegue se firmar no hall das melhores, nem pode ser taxada de trivial. Oscilando, inexplicavelmente, entra uma obra de arte e um tremendo potencial desperdiçado.
Título: A Roda do Tempo |
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Ano de Produção: 2024 |
Dirigido Por: Rafe Judkins |
Estreia: 2025 |
Duração: 8 episódios |
Classificação: 16 anos |
Gênero: Fantasia |
País de Origem: Estados Unidos |
Sinopse: Com os Amaldiçoados soltos pelo mundo, os heróis da Luz devem traçar seus próprios caminhos e reunir forças ocultas enquanto enfrentam as próprias Sombras. |
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Turbilhão de Sentimentos
Sufocado pelo enorme pressão inerente às responsabilidade como Dragão Renascido, o perturbado Rand al’Thor (Josha Stradowski) tenta manter-se focado no seu objetivo principal: aprender a controlar os próprios poderes.
Determinadas a ajudá-lo nessa missão, custe o que custar, Egwene al’Vere (Madeleine Madden) e Moiraine Damodred (Rosamund Pike) se expõem voluntariamente a terríveis perigos. Esforço o qual de nada valerá, se o jovem ceder aos impulsos destrutivos da sua transtornada mente.
Já Nynaeve al’Meara (Zoe Robins) e Elayne Trakand (Ceara Coveney), colocam a vida em risco tencionando deter os planos nefastos da inclemente Liandrin Guirale (Kate Fleetwood). Cuja intenção é dominar o protagonista à força, usando pujantes artefatos mágicos. Tudo isso enquanto o grande templo das Aes Sedai, a Torre Branca, sofre com ardilosas tramas nos seus turbulentos bastidores.
Herói Despretensioso
No outro arco da narrativa, o compassivo Perrin Aybara (Marcus Rutherford) precisa abandonar a face bondosa caso queira salvar sua terra natal, Dois Rios, de uma aterradora ameaça dupla.
Acompanhado do fiel amigo, o grandalhão Loial (Hammed Animashaun), bem como de outras figuras importantes, ele então convence os moradores locais a aderir à luta. Treinando-os, assim, para encarar os altamente preparados exércitos dos inimigos.
Entretanto, uma conspiração tecida meticulosamente por um velho antagonista, torna a já dramática situação ainda pior. Obrigando o mocinho a buscar forças as quais nem sabia que tinha, no intuito de proteger aqueles a quem ama.
Soberana das Sombras
Vilã máxima dessa leva de episódios, a traiçoeira Lanfear (Natasha O’Keeffe) manipula magistralmente todos ao seu redor. Roubando a cena, sem dúvida, devido à presença marcante a cada aparição e ao domínio incomparável da dissimulação.
Dona de um orçamento robusto e uma base de fãs estabelecida, a série original do Prime Vídeo até não faz feio na sua terceira temporada. Contudo, continua transparecendo a sensação de faltar algo para se tornar verdadeiramente épica.
Parte do problema são os efeitos especiais, os quais deixam bastante a desejar em vários momentos. Todavia, os figurinos, a trilha sonora, os cenários, a maquiagem e as atuações do elenco seguem num nível deveras elevado.
Apesar disso, talvez graças à imensa quantidade de personagens complexos, fica difícil se apegar realmente a alguém. Fora o ar meio frio da história, incapaz de tocar fundo o coração dos espectadores. Seria esse o motivo da não renovação ainda? Só o tempo dirá.
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