A Profecia do Mal | Confira nossa crítica

Quando assisti ao trailer de A Profecia do Mal, tinha certeza que ver o filme inteiro seria uma provação divina para mim também, mas me enchi de fé, respirei fundo e encarei a missão. E olha…a coisa era bem pior do que eu esperava!

A Profecia do Mal poster
Ficha Técnica
Título: A Profecia do mal
Ano de Produção: 2022
Dirigido Por: Nathan Frankowski
Estreia: 26 de janeiro de 2023
Duração: 1h 51min
Classificação: 14 anos
Gênero: Terror/Ficção cientifica
País de Origem: EUA
Sinopse: Uma poderosa empresa de biotecnologia possui uma tecnologia inovadora que permite clonar as pessoas mais influentes da história usando apenas alguns fragmentos de DNA. Por trás desse empreendimento está uma cabala de satanistas que estão roubando o sudário de Cristo e, assim, obtendo posse do DNA de Jesus. O clone deve servir como a oferenda definitiva ao diabo. O Arcanjo Miguel (Peter Mensah) vem à Terra e não vai parar até impedir a conspiração do diabo.

 

Narrativa, direção, atuações e roteiro

Dirigido por Nathan Frankowski, mais conhecido pelo interessante Para Escrever O Amor Em Seus Braços, de 2012, roteiro absolutamente sem sentido e mal amarrado de Ed Alan e um elenco pouco estrelado e pouquíssimo inspirado que conta com Alice Orr-Ewing (Laura), John Doyle (Padre Marconi), Eveline Hall (Liz) e Peter mensah ( Arcanjo Miguel), conta a história de uma “seita satânica biotecnológica” (AHN?!) que rouba o Santo Sudário e deseja usar o DNA de Jesus ali encontrado para trazê-lo de volta e libertar Lúcifer que foi aprisionado pelo Arcanjo Miguel nas profundezas do inferno inserindo esse material genético no ventre da pobre Laura, estudante americana que estava no lugar errado e na hora errada quando os capangas dessa seita roubam e peça e que mais tarde, descobrimos que é “A Escolhida”. Confuso, né? Mas ,calma que vai piorar muito.

Para resolver esse mundo de clichês ultra batidos, Miguel possui o corpo do Padre Marconi e volta como uma versão Série C e parca do Justiceiro, personagem das HQs da Marvel. Sim, de escopeta, tochas e sinalizadores em punho, ele vai atrás de Liz, líder dessa seita e seus asseclas.

Os problemas vão muito além desse roteiro sem nexo e muito mal conduzido. A péssima e rasa direção além de diálogos pouco inspirados e cheios de clichê somados a atuações dignas de Os Mutantes, da Record, fazem com que você zero se envolva, se relacione ou se preocupe com os personagens, que por si só, são muito fracos e sem essência.

Edição, continuidade, efeitos especiais e trilha sonora

As caracterizações dos demônios que habitam o inferno são algo à parte. Chega a dar vergonha de tão ridículo. Lembram aqueles monstros da série do Ultraman dos anos 60. As cenas de luta são extremamente previsíveis e mal coreografadas. Vale destacar os efeitos especiais dignos de filmes dos Trapalhões nos anos 80. Nitidamente incompletos e com aquela sensação de renderização de games antigos do Playstation 2.

A edição de cenas sem critério me deixaram de boca aberta. Parece que não houve preocupação nem com continuidade. Por exemplo, um personagem aparece com cabelo, em seguida careca e deformado. Logo depois aparece com cabelo e sem nenhuma marca ou cicatriz. Acho que o último prego nesse caixão é falta de uma trilha sonora adequada que poderia trazer, pelo menos, uma ambiência e clima de tensão. O que temos aqui são apenas trechinhos preguiçosos de sintetizadores de programas baratos de audio.

O filme tenta flertar com o Terror, mas não assusta em momento nenhum. Tenta flertar com fantasia, mas é tudo feito de forma tão tosca, que se perde. Mira na ficção científica, mas erra miseravelmente. E, finalmente, tenta trazer algo dos filmes de super heróis, mas com seus personagens sem nenhum carisma é impossível. Só em termos de comparação, o filme me remeteu a Olhos Famintos – Renascimento. Quem viu, sabe a bomba que foi. É quase o mesmo grau de tosquice.

Considerações finais

O filme se arrasta com problemas sérios de ritmo e fica dando voltas e mais voltas se debatendo em várias direções sem encontrar uma resolução pra nada por longas quase duas horas criando uma gordura totalmente desnecessária e fico me perguntando por que uma produção que nem o charme das produções Trash dos anos 80 tem, e que mais parece um videoclipe ruim de alguma banda antiga de Heavy Metal com pouco orçamento não foi direto para a tv ou canais de streaming. Sua distribuição em circuito de cinema também não faz sentido.

A Profecia do Mal ficou facilmente no meu Top 3 de piores filmes que já assisti e é fortíssimo candidato a Pior Filme do Ano nas listas por aí. A conferir.

Crítica escrita por: Jayroxx – Siga o Jay no Instagram aqui.

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