A Morte do Demônio: A Ascensão | Confira nossa crítica

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Quando antigos espíritos de demônios kandarianos voltam a despertar, o mundo volta a correr perigo, nessa nova aventura do universo de Evil Dead (A Morte do Demônio), com atualizações na história, homenagens ao que já foi feito e algumas novidades leves para o deleite dos fãs.

Henrique Yatta assistiu ao filme e te conta o que achou:

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Ficha Técnica
Título: A Morte do Demônio: A Ascensão
Ano de Produção: 2023
Dirigido Por: Lee Cronin
Estreia: 20 de abril de 2023
Duração: 120 min
Classificação: 18 anos 
Gênero: Terror. Suspense. 
País de Origem: Estados Unidos. Irlanda. Nova Zelândia. 
Sinopse: Em síntese, A Morte do Demônio: A Ascensão conta a perturbadora história de duas irmãs distantes, interpretadas por Alyssa Sutherland e Lily Sullivan, cujo reencontro é interrompido em razão de demônios devoradores de carne que aparecem de repente, levando-as, assim, a uma batalha primal pela sobrevivência, enfrentando a versão mais assustadora que se possa imaginar de uma família.

Tudo tem um começo, e novos recomeços

A história consegue ser uma espécie de recomeço com soft reboot, no entanto, não apaga os filmes originais da franquia, pelo fato de ocorrer em outro período de tempo e localidade. 

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Dessa vez, conhecemos novos personagens, bem como, suas frustrações e defeitos, além de vermos como o livro dos mortos mexe com cada alma, individualmente. 

Em resumo, são duas histórias paralelas: uma mais longa e outra mais curta, que possuem uma ligação inusitada (e é um ótimo motivo para ir ao cinema ver no telão, viver cada susto e cada mistério do desenrolar desta nova história).

Ninguém está seguro

Assim como todo o resto da franquia, o filme consegue manter a essência de que ninguém está realmente seguro e protegido contra os demônios kandarianos. E, dessa vez, temos ainda participações de “sangue novo”, com personagens bem mais jovens que o habitual — o que nos traz uma carga emocional bem mais pesada.

Antes, o local isolado era uma cabana na floresta, agora, é um prédio em Los Angeles condenado e cheio de gente problemática. E é justamente essa gente cheia de problemas que precisa enfrentar o perigo iminente que os espreita. Afinal, o que poderia dar errado, sendo agora em um centro urbano?

O Mal não vê cara, idade ou coração

Há um simbolismo bem interessante, em torno das ações e situações do elenco principal e secundários. 

Aliás, o roteiro brinca com clichês, tirando cada um da sua zona de conforto, deixando até os momentos mais banais se tornarem interessantes, prendendo a sua atenção a cada nova surpresa que surge pelo caminho.

Ademais, as crianças têm um papel fundamental aqui, nesse emaranhado, que se tornou essa teia firme que forma a tríade de terror, suspense e drama. Você chega a ficar em dúvida, a todo momento, sobre qual a função de cada uma e ainda se haverá algum tipo de “herói” no fim desta jornada.

Isso porque, o perigo está sempre ali, esperando e observando cada passo, cada respiro, cada pensamento, cada ação.

Paralelos Colaterais

O que há de positivo (mas que alguns vão considerar negativos, devido à época em que vivemos, que não está muito boa para o cinema no mundo) pode ser um “mais do mesmo” ou,  também, pode ser um baita fanservice

Uma vez que há elementos bem sutis, como uma pizzaria com nome da personagem Henrietta, do primeiro filme, de 1981; itens importantes que se  tornaram icônicos na trilogia original de Bruce Campbell (que, aqui, está apenas como produtor executivo, ao lado de Sam Raimi), como é o caso da espingarda, e outros, que deixarei você descobrir. 

Ou seja, são pequenos detalhes, que não farão diferença para os novatos do cinema de terror. Entretanto, farão muito sentido aos fãs mais antigos, justamente, por brincarem com a nostalgia.

Sons do além

Todo filme precisa ter sua trilha sonora, seja com músicas incidentais, seja com música ambiente, para ditar o ritmo de uma cena. 

Em A Morte do Demônio, temos uma edição de som impecável, que auxilia bastante no clima crescente de tensão, do início ao fim. Ouso dizer que houve, aqui, um trabalho de pesquisa muito bem feito, em relação à voz dos demônios, ambientação, dentre outras coisas.

É pra rir ou pra chorar?

Ao longo dos filmes (e da série), o ritmo foi mudando e sendo moldado, pois se iniciou como um trabalho de baixo orçamento e temática mais séria, precisando usar técnicas experimentais para concluir o filme. Já no segundo, foi introduzido um humor mais sarcástico; e no terceiro, a galhofa, fazendo com que cada um dos três estilos seja marcante. 

Dessa vez, o roteiro apontou para a seriedade, mantendo a essência antiga e designs mais novos e atuais, conseguindo unir o útil ao agradável. 

Sem contar que as maquiagens ficaram muito boas e o derramamento de sangue é de tirar o fôlego!

Com certeza, esse filme consegue empolgar quem o vê, independentemente de ser novo assistindo à franquia, ou nostálgico hardcore, vendo detalhes para comparar depois. 

Veredicto: A Morte do Demônio – A Ascensão

Como é de se imaginar, o filme consegue fazer justiça tanto à trilogia original quanto ao remake de 2013, podendo ser o empurrãozinho que faltava para que venham mais filmes (e quem sabe até, a continuação da série). 

Por isso, vá aos cinemas sem medo (ou preparado para bons sustos)e, se possível, reveja os filmes anteriores da franquia, para captar algumas das ideias que o filme tenta passar, além do plot principal, é claro. Há belas surpresas em alguns momentos.

E por conta da tentativa, dos acertos, das referências e da coragem de arriscar algo novo, ainda mais em cima de uma grande responsabilidade que é mexer nessa franquia, na qual mudou para sempre os cinemas do mundo, em exemplo, a relação à câmera de “Visão Demoníaca”, minha nota é:

Critica especialmente realizada por Henrique Yatta (Instagram: @henrikepoeta)

Revisão de Lu Guedes (Instagram: @lu.guedesvieira)

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