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A Lenda do Tesouro Perdido: No Limiar da História | Confira nossa crítica

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Para aqueles que curtem o estilo “aventura da sessão da tarde”, A Lenda do Tesouro Perdido: No Limiar da História é um prato cheio. Um roteiro leve, mas cheio de enigmas e mistérios.

 

Ficha Técnica
Título: A Lenda do Tesouro Perdido: No Limiar da História
Ano de Produção: 2021
Dirigido Por: Nathan Hope, Mira Nair, Monica Raymund
Estreia: 14 de dezembro de 2022
Duração: 290 minutos
Classificação: Livre
Gênero: Ação, Aventura, Mistério
País de Origem: EUA
Sinopse: A vida de Jess Valenzuela vira de cabeça para baixo quando um estranho enigmático dá uma pista de um tesouro antigo que pode estar ligado ao seu pai, que morreu quando ela era bebê. Jess tem um dom para resolver enigmas e suas habilidades são postas à prova enquanto ela e seus amigos seguem uma série de pistas escondidas em artefatos e marcos americanos. 

Sobre a Trama

Com intensão de expandir o universo cinematográfico da franquia de filmes que acompanhou nosso amado historiador e caçador de tesouros, Benjamin Franklin Gates, A Lenda do Tesouro Perdido: No Limiar da História estreou no final de 2022 no streaming da Disney+.

Nesta nova trama, a protagonista da vez se chama Jess Vanenzuela (Lisette Olivera). Esperta e determinada, Jess tem uma aptidão natural para desvendar enigmas e quebra-cabeças, qualidades que descobre vir de seu pai, um homem que passou a vida em busca de um dos maiores tesouros da humanidade. Sendo criada pela mãe para não seguir os passos do pai, Jess acaba não tendo escolha quando uma pista do tesouro cai em seu colo e sua curiosidade fala mais alto, a fazendo começar a investigar por conta própria e acabar na mira de um grupo inimigo que também procura pelo tesouro.

Nesta jornada, Jess acaba descobrindo que o tesouro vai muito além de “mera” riqueza, pois a história dele está diretamente interligada com o passado misterioso de sua própria família.

Ação e Aventura

A série prometeu e entregou. Toda a trama é envolta de uma aventura bem light, perfeita até mesmo para um cinema familiar no sábado à noite. Sem muito sangue e violência, sem uma linguagem tão pesada, o seriado apresenta uma sequência de enigmas interessantes que em meio a fuga e conflitos dos personagens, tentamos desvendar junto com eles.

Porém, talvez por ter sido em formato de série e neste formato mais “suave”, tiveram alguns momentos em que o seriado parecia bem monótono. Com 10 episódios longos, todos bem próximos de uma hora de duração, foi difícil não haverem aqueles minutos em que me peguei perdendo o foco da tela.

Personagens

Geralmente, em qualquer obra, os personagens dividem opiniões, alguns são mais bem trabalhos e atiçam nossa curiosidade e outros nem tanto. Mas até aqui tudo bem. Contudo, em várias cenas acabamos nos deparando com alguns personagens beeeem “sem sal” que deixa aquela determinada parte, CHATA. Sim, tiveram momentos que foi inevitável eu preferir ficar pensando no que eu faria de almoço no dia seguinte.

Entretanto, a protagonista é uma ótima personagem que é claro, lembra MUITO o próprio Ben Gates, protagonista do filme que serviu como inspiração para a trama toda. A Jess carregou a série praticamente nas costas e os amigos dela, quando estavam em cena com ela, também se encaixavam bem. Mas geralmente quando estavam sozinhos, algumas piadinhas não funcionavam e parecia estar faltando um baita tempero ali.

Uma personagem que começou quietinha, mas que da metade em diante acabou roubando a cena quando aparecia, foi a Agente Ross (Lyndon Smith). A novata do FBI recentemente cometeu um erro em sua carreira e com medo de repetir o mal julgamento, decide seguir seus instintos enquanto está na nova investigação. Ela é muito esperta e não se deixa enganar tão fácil, é bem divertido acompanhar o lado dela enquanto tenta praticamente sozinha entender o que está acontecendo entre os amigos da Jess e a Billy, chefe do grupo que também está de atrás do tesouro.

Billy (Catherine Zeta-Jones), líder do grupo que está a procura do tesouro há anos, entrega um bom papel. Mas ainda assim parecia faltar alguma coisa ali. Sabem aqueles vilões espertos, mas burros? Tiveram alguns destes momentos que se tornaram um tédio. Contudo, sendo um seriado de indicação livre, não podemos exigir um grupo totalmente sanguinário que sai atirando para matar todos e acerta. Então mantiveram um bom equilíbrio para validar a proposta inicial.

Referências ao Filme A Lenda do Tesouro Perdido

Aos fãs dos filmes que deram origem a ideia, é claro que era esperado alguma referência as caçadas de nosso querido historiador Benjamin Gates. E como um belo presente, de início já se pode notar a trilha sonora. Sim, meus caros, aquelas músicas emocionantes que faziam da qualidade do filme ainda maior, esteve presente em alguns momentos do seriado, puxando aquela saudade gostosa e sendo capaz de despertar a mesma empolgação que antigamente causava.

Além disto, a série entregou momentos em que os novos personagens até mesmo interagiram com itens usados nos dois primeiros filmes. E sem falar nas baitas participações especiais de alguns personagens antigos que vieram com os mesmos atores da época, para representá-los! Foi impossível não sentir a baita onda de nostalgia cada vez que um deles dava as caras durante a série e enriquecia o conteúdo apresentado.

Por mais que a série, ao todo, tenha uma trama mais devagar devido ao formato e não tão emocionante quanto os filmes, todas essas referências fazem com que fiquemos presos diante da tela para ver o que vai acontecer e quais outras ligações eles trarão com as histórias já contadas no cinema. Porque SIM, eles interligam os novos personagens com os antigos e isso é demais!

Benjamin Gates Retorna num Terceiro Filme?

Para quem assistiu aos filmes e ficou até o finalzinho do segundo, não há a menor dúvida de que pegará a referência deixada por um dos personagens que faz uma participação especial no seriado. A dica que ele dá, referenciando o final do segundo que ficou em aberto e deixando claro que tanto se lembravam como estavam trabalhando naquilo… Sim, meus gentis amantes de nostalgia, se a Disney não está trabalhando no roteiro do próximo filme, ela fez por maldade, porque sequer disfarçaram.

Nicolas Cage que prepare a bolsa para a próxima caçada! E claro, ao lado dele nada menos que seu fiel escudeiro Riley Poole (Justin Bartha) e seu par romântico Abigail Chase (Diane Kruger).

Segunda Temporada  de A Lenda do Tesouro Perdido: No Limiar da História?

E quem duvidava que a Disney chegaria com um seriado assim sem ter a esperança da continuação? Pois bem, a trama deixa um baita engate no último episódio levando-nos a crer que haverá sim uma segunda temporada OU que tudo será abordado em um novo filme. Com a dica dada em meio a trama de que a trama de Benjamin Gates terá continuação, por que não há algo que junte os dois grupos de amigos agora? Seria legal ver a inteligência do grupo “antigo” se juntar com a inteligência dos “novatos”.

Conclusão: A Lenda do Tesouro Perdido No Limiar da História

Apesar de toda a nostalgia, série que é série, indiferente do que serviu como inspiração, deve caminhar sozinha, certo? Pois bem…

Ao todo, a série apresenta o prometido. Uma aventura em meio a uma caça ao tesouro com mistérios, surpresas e reviravoltas que te prendem em várias cenas. Para os que curtem o estilo, aproveitem, deu para sentir o carinho da Disney com a produção.

Mas os episódios foram MUITO longos, o que tornou alguns momentos (e episódios) chatos.. E para quem não gosta do velho “clichê” onde ao assistirmos já sabemos de tudo que vai acontecer antes mesmo de ver de fato, pode se irritar fácil. Poucas são as surpresas em relação à trama com os personagens, tornando o que devia ser surpreendente, em algo óbvio e nada envolvente. Contudo, houve um momento aqui e outro ali que o roteiro entregava uma “bombinha”, mas a satisfação passa rápido com a avalanche de finais óbvios e fáceis para todas as cenas seguintes.

Para as famílias e para os amantes da nostalgia, vale a pena conferir. Aos demais, procurando apenas um programa leve para chegar em casa e aliviar a cabeça, é uma boa pedida também. Apesar dos pesares, a série é indicada sim.

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