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A Lenda de Vox Machina – 2ª Temporada | Confira nossa crítica

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A Lenda de Vox Machina chegou com mais uma temporada maravilhosa e envolvente. Novamente cheia de ação e mistérios a história fisga o espectador mesclando os diversos tipos de tema e personagens em seu enredo. Com comportamentos próximos ao real e de fácil identificação A Lenda de Vox Machina é com certeza uma das melhores produções da atualidade.

Ficha Técnica
Título: A Lenda de Vox Machina
Ano de Produção: 2023
Dirigido Por: Alicia Chan, Eugene Lee, Young Heller
Estreia: 20/01/2023
Duração: 25 – 30 minutos
Classificação: 16 anos
Gênero: Fantasia, aventura, comédia, ação, animação
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: Na nova temporada de A Lenda de Vox Machina, a equipe precisa sair em busca de uma salvação contra os dragões.

Recapitulando

A série surgiu de uma campanha de RPG de Dungeons & Dragons que depois virou uma websérie chamada Critical Role. Em 2019, com o sucesso das transmissões da campanha, o grupo abriu um financiamento coletivo para lançar um episódio de 22 minutos. Mas o grupo arrecadou mais de US$ 11,3 milhões e decidiu produzir 10 episódios. Até que em novembro de 2019, a Prime Video “abraçou” a série e garantiu mais 14 episódios.

Criadores/Dubladores caracterizados como seus personagens (Reprodução/Critical Role)

Enfim, a história segue um grupo de sete mercenários. Os gêmeos Vex’ahlia Vessar e Vax’ildan Vessar, Scanlan Shorthalt, Percy de Rolo III, Pike Trickfoot, Keyleth e Grog Strongjaw. Eles também têm um urso de “estimação” que auxilia nas missões. O problema é que eles não são muito bem vindos pela sociedade e as coisas não costumam dar certo. Mas tudo muda quando eles cumprem uma missão bem especifica que grupos considerados melhores não conseguiram fazer.

Assim, a primeira temporada tem um foco bem grande em Percy, com um arco envolvendo vampiros e reencontro familiares. Pike que vai em busca de se reencontrar com sua fé. E Keyleth tendo que lidar com suas provações e inseguranças. Mas todos os outros tem seus devidos tempo de tela e auxiliam muito. E claro, desde o início da série, fica claro que os dragões são um problema.

2° temporada

A temporada se inicia do ponto em que a primeira acabou. Com dragões atacando Emon, a capital. Agora, melhores estabelecidos e mais confiantes de si, os Vox Machina têm mais atitude certeiras para ajudar as pessoas. A equipe se une e decide mandar os sobreviventes ao ataque para a cidade de Percy, Whitestone, que é chefiada pela irmã dele e mais segura. Enquanto, eles vão sair em busca de ajuda para lidar com os dragões.

O local escolhido para buscar ajuda é Vasselheim, uma antiga e poderosa cidade. Mas acaba que a ajuda é negada e Vasselheim prefere se manter fora dessa briga toda. Então, através de uma dica o grupo migra para o Covil dos Caçadores, é dito que lá eles podem encontrar o que procuram.

A caminho do local Grog se separa do grupo e acaba encontrando um velho lutador que questiona da onde vem a força de Grog. Os outros vão para o Covil dos Caçadores onde encontram uma esfinge que os testa. Ao perceber que são dignos, ela passa uma lista de tarefas para eles que envolvem os Vestígios da Divergência, armas de guerra para derrotar os deuses. Assim, a temporada se desenrola com eles em busca dos tais vestígios.

Vox Machina

Assim como na temporada anterior, essa também tem foco maior em determinados personagens. Dessa vez, os gêmeos e Grog recebem maior tempo de tela e descobrimos mais de seus passados. Os gêmeos têm inseguranças diferentes mesmo que tenham o mesmo passado. Vex parece ter sido bem mais afetada pelo comportamento do pai, enquanto Vax tem um medo enorme de perder a irmã.

(Reprodução/Prime Video)

É interessante ver como a equipe é ligada, mas algumas relações são mais fortes que outras. Como é o caso de Grog que é bem mais próximo de Pike. E os gêmeos que são bem ligados entre si, mas Vex tem uma proximidade maior com Percy crush e Vax parece até se incomodar com isso. Scanlan que fica mais solto no grupo, mas é indispensável e marcante graças a sua magia e seu jeito tarado.

Os personagens são bem diferentes entre si, assim como suas próprias vivências. O que enriquece muito a série, eles têm defeitos, mas também qualidades. São como pessoas reais e isso é maravilhoso. Uma é mais ligada a religião, outro é bem tarado, um é super inteligente, e outro é super forte. É impossível não se identificar e se apegar a um deles em pelo menos um ponto.

Pontos

A série é cheia de pontos fortes. Para alguma produção me fisgar é preciso ter ao menos uma dessas três coisas: um bom enredo, um personagem que eu me apegue, um shipp que gosto muito. E A Lenda de Vox Machina tem os três fatores. O enredo com arcos de personagens variados, mas que se encaixam, é ótimo e entretém. Existe mais de um shipp presente e eles são tão fofos. Além de ser impossível não gostar de ao menos um personagem.

A sonorização juntamente com a trilha sonora (valeu, Scanlan, pelas ótimas músicas) tem um trabalho bem importante se ligando diretamente a ambientação que também é ótima. Quando assistimos temos vontade de estar naqueles reinos com eles, de viver aquelas aventuras ou só encher a cara em algum bar por aí na companhia dos Vox Machina. O que talvez não acontecesse se não fosse essa junção maravilhosa.

Adorei ver mais pitadas da relação de Percy e Vex, mas achei que faltou mais impacto no Percy depois do que acontece com Vex por causa do primeiro vestígio (não posso contar mais porque seria spoiler). Entendo que houve amadurecimento dele da primeira para a segunda temporada, mas ele deveria ter ficado mais impactado, principalmente nos episódios seguintes.

Opinião

A Lenda de Vox Machina me fisgou desde os minutos iniciais exatamente por ser próxima da realidade. Claro que eu não vivo num mundo mágico e muito menos sou uma mercenária, mas as atitudes, falas e necessidades deles deixam tudo muito real. A combinação de gêneros em uma única coisa é o que é nossa vida.

Temos momentos dramáticos, mas também tem os divertidos, os de romance e os que quebram o coração. Isso é a realidade, não estamos nem sempre felizes e nem sempre triste. E A Lenda de Vox Machina traz todos esses momentos e sensações que experimentamos para seus personagens também. Tanto nós como eles, vivemos esse misto de tudo.

Essa temporada, assim como sua antecessora, fisga a nossa atenção. Gostei muito de alguns pontos apresentados ao longo da drama e que geram certa reflexão, inclusive sobre destino.  Para finalizar, essa é uma série que recomendo e muito, mas deixo aqui o aviso para não assistir com crianças. A animação é bem adulta, então tire as crianças da sala e dê o play.

E você, já assistiu? O que achou? Conta aí nos comentários. E para mais produções como essa é só clicar aqui.

 


 

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