A Imperatriz traz uma adaptação baseada em fatos reais estonteante, de uma história que já marcou gerações e, certamente, marcará você também.
Título: A Imperatriz |
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Ano de Produção: 2022 |
Dirigido Por: Florian Cossen e Katrin Gebbe |
Estreia: 29 de Setembro de 2022 |
Duração: 6 episódios |
Classificação: 16 anos |
Gênero: Drama, Romance, Política |
País de Origem: Alemanha |
Sinopse: Helene e Elisabeth viajam para conhecer o imperador Francisco que deverá pedir a mão de Helene em casamento. Na festa, ele surpreende a todos com sua decisão. |
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Nada como encontrar uma série pela qual você se apaixona e devora os episódios com uma paixão avassaladora. Essa foi a sensação que tive ao conhecer uma parte adaptada da história de Sissi. Mas é claro, que do mesmo jeito que me apaixonei, tive o coração quebrado, ao perceber que só existiam 6 episódios.
A Imperatriz conta a história de Elisabeth de Baviera (Devrim Lingnau), uma jovem um tanto diferente que acaba se casando com o imperador Franz da Áustria (Philip Froissant). Esse “tanto diferente” diz respeito a ela possuir um comportamento inadequado para as pessoas burguesas daquela época, a tal ponto de a acharem louca.
No entanto, se o comportamento de Elisabeth é inadequado para a corte austríaca, não o é para o povo e muito menos para o espectador que está acompanhando suas peripécias. Ela é humana e isso contrasta demais com o ar frívolo do restante de sua família e das damas de companhia.
Vemo-nos hipnotizados ao vê-la lidar com todas intrigas e desafios da corte. E, conforme a trama desenrola, isto é, com suas vitórias e quedas, acabamos nos apegando muito à personagem. A culpa de tudo isso se dá pela bela atuação de Devrim, a qual consegue nos mostrar uma imperatriz passional, mas com um belo coração e, claro, com uma beleza incrível.
Quanto aos pares amorosos, Elisabeth conta com dois partidos. O seu marido e atual imperador Franz e o irmão de Franz. Enquanto o imperador é o modelo perfeito de comportamento e ideais para o crescimento da Áustria, seu cunhado é aquele sujeito divertido, sem responsabilidades, mas que se torna tentador por não colocar em Elisabeth, o peso da coroa.
Mas a trama não foca apenas em Elisabeth, ela é mais abrangente. Ou seja, mostra a situação atual da Áustria, com todos seus conflitos. Dentre eles, as animosidades entre os países vizinhos, que exigem uma posição de Franz, bem como um povo desesperado no qual passa dificuldades e esta prestes a se rebelar. Sem contar com uma traição que parece iminente, deixando o público realmente em agonia.
Ademais, há pessoas infiltradas no castelo, prontas para atacar a qualquer oportunidade, e uma guerra prestes a acontecer. Contudo, de certa forma, você ainda consegue se preocupar com os relacionamentos dentro do palácio.
A arquiduquesa Sophie (Melika Foroutan), mãe de Franz, é a principal causa de nossos temores, uma vez que não quer soltar as rédeas do governo com seus pensamentos rígidos e, também, por importunar o jovem casal.
O que acontece na realidade é o fato de Elisabeth nunca ter sido louca, mas apenas uma mulher muito a frente do seu tempo que não aceita os costumes e normas da época, por serem realmente absurdos. Dessa forma, o espectador acaba por se identificar com ela, justamente pelo seu comportamento e torce pela sua felicidade.
Com cenários belíssimos e figurinos encantadores, acabamos viajando para um típico conto de fadas. No entanto, é importante ressaltar que a história de Sissi não é feliz, e seu reinado que perdurou entre 1854 e 1898 acabou resultando em uma tragédia.
Contudo, não é algo que necessitamos nos preocupar nessa primeira parte, pois A Imperatriz da Netflix, apenas, aborda o início da sua trajetória e, com sorte, poderemos contar com mais episódios no próximo ano.
A Imperatriz: Vale a pena?
A produção de A Imperatriz certamente cativará os amantes de séries como Bridgerton ou The Crown, que possuem personagens cativantes, romances intempestuosos e, claro, os que adoram vivenciar parte da história da humanidade com personalidades que realmente existiram.
Elisabeth von Wittelsbach, com toda certeza, marcou sua história no coração daqueles que a conheceram, sejam eles do século 19, sejam àqueles dos dias atuais, que assim como eu, a estão conhecendo agora.
Curiosidade: não é a primeira vez que a vida da imperatriz foi adaptada para as telas, na década de 50 uma trilogia de filmes foi lançada por meio da direção de Ernst Marischka, eles foram: Sissi, Sissi Imperatriz e O Destino de Sissi. Todos protagonizados por Romy Schneider.
Não nos abandone ainda, tem muita coisa legal acontecendo, dê uma olhada aqui.