Corra que a Polícia Vem aí (2025) | Confira nossa crítica

Frank Drebin Jr continua o legado de seu pai no Esquadrão de Polícia, mantendo a lenda viva, com muitas loucuras em um mundo insano, e deve resolver um caso de assassinato para evitar que o departamento de polícia seja fechado.

Ficha Técnica
Título: Corra que A Polícia Vem Aí
Ano de Produção: 2025
Dirigido Por: Akiva Schaffer
Estreia: 14 de Agosto de 2025
Duração: 85 Minutos
Classificação: 14 Anos
Gênero: Ação, Comédia
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: Seguindo os passos de seu pai atrapalhado, o detetive Frank Drebin Jr. deve resolver um caso de assassinato para evitar que o departamento de polícia seja fechado.

 

A Loucura É Essencial

Seth McFarlane consegue transformar em ouro tudo que toca, e aqui é apenas mais uma prova disso: Ele conseguiu manter o espírito livre do nonsense dos anos 80 e 90, sem se render à “modernidade” de Hollywood, conseguindo assim ter um roteiro impecável e com piadas na medida certa, e os exageros como sempre deveriam ter continuado.

O contraste entre os personagens Frank Drebin Jr (vivido por Liam Neeson), e seus colegas de Esquadrão de Polícia é bem nítido, assim como a sensualidade sutil de Pamela Anderson como a senhorita Davenport, brincando com clichês e com o inesperado, assim como os clássicos seriado “Esquadrãod e Polícia” e trilogia “Corra que A Polícia Vem Aí”. Trazem pros dias atuais, sem perder o espírito que fez esta franquia ser tão maravilhosa.

Adaptações e Homenagens

Como era esperado, o filme brinca bastante com estereótipos de filmes policiais e noir, assim como joga várias críticas e referências diretas à filmes e séries, além de fazer algumas zoeiras em cima das diferenças entre tecnologias contemporâneas, e de época.

A dublagem também, não fica nada pra trás, pois a direção de Wendel Bezerra e uma ótima adaptação dos trocadilhos e piadas rende boas risadas a cada minuto de filme, fazendo com que o tempo passe bem rápido, e o espectador queira que o filme tenha mais cenas, mesmo após ele acabar. Aliás, há duas pequenas cenas pós créditos (além de uma música bem especial durante os créditos, e piada visual na parte escrita dos mesmos).

Pastelão Revival Perfeito

Assim como com Leslie Nielsen e o elenco de três décadas atrás, Liam Neeson e o novo elenco conseguem passar todo o ar da graça, com espontaneidade e originalidade, sem medo de ser “bobo”. A trilha sonora também, foi um prato cheio pra nostalgia, e pra diversão, além de termos bons motivos para o filme ter lançamentos em mídia física (tanto o filme quanto a sua trilha sonora, merecem uma versão brasileira). Fica a dica para a Paramount do Brasil.

Há diálogos afiados, e bem inusitados, ao melhor estilo “National Lampoons”, o que já demonstra que a graça de antigamente ainda funciona bem, tanto com o público mais “maduro” quanto o mais jovem. Talvez torcedores do Palmeiras vão ficar com o rosto corado em algum momento, e os defensores dos direitos dos animais vão acabar repensando em aves como possíveis “drones”, com essa obra prima, que é praticamente um Clássico Instantâneo (mas que não dura apenas 3 minutos).

Veredicto Final

A volta do verdadeiro humor aos cinemas do mundo todo, em sua melhor forma, com muito vigor e possibilidades de continuações (assim espero). Um dos raros filmes que receberá nota 10, de tão impecável!!!