Shadow Labyrinth | Confira nossa preview

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Shadow Labyrinth representa uma transformação ousada de um dos ícones mais conhecidos da história dos videogames. Inspirado de maneira indireta no famoso personagem dos fliperamas dos anos 80, o jogo abandona por completo o visual cartunesco e colorido que marcou gerações para adotar uma estética sombria, adulta e pós-apocalíptica.

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A primeira vez que o público teve um vislumbre desse novo mundo foi através de um episódio da série Secret Level, da Amazon Prime Video, que presta homenagem a franquias clássicas dos games. Na época, muitos estranharam o tom sombrio daquela animação, mas agora tudo faz sentido: o episódio serviu como um teaser disfarçado para o lançamento de Shadow Labyrinth.

Além da mudança de estilo, há também uma conexão curiosa: o jogo faz parte do universo compartilhado UGSF da Bandai Namco, o que o coloca no mesmo multiverso de séries como Galaga, Ace Combat e Ridge Racer. Essa integração abre portas para diversas referências que prometem agradar os fãs mais atentos.

Jogabilidade: Combate Tático, Plataformas Criativas e Enigmas Ambientais

Durante nossa experiência antecipada, tivemos acesso a três seções distintas do jogo, cada uma focando em diferentes aspectos da jogabilidade.

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Sistema de Combate:
O combate em Shadow Labyrinth é direto, mas cheio de potencial de aprofundamento. O jogador controla um Espadachim, sempre acompanhado por PUCK, uma pequena esfera flutuante de cor amarela. As batalhas exigem atenção e uso inteligente de recursos. Há ataques básicos, magias de área, esquivas rápidas e um sistema de defesa que permite alternar entre escudo contínuo ou o clássico “parry”, ideal para jogadores mais técnicos. Além disso, há uma transformação temporária que amplifica drasticamente o poder de ataque, funcionando quase como um modo de fúria.

Desafios de Plataforma:
O design das fases aposta fortemente em obstáculos precisos e seções que testam os reflexos. A movimentação do personagem principal pode parecer um pouco escorregadia no começo, mas logo se torna natural. Um diferencial interessante é o uso do PUCK em trilhos específicos, controlando sua trajetória para desviar de armadilhas como lasers e inimigos móveis, criando uma variação divertida na dinâmica das fases.

Quebra-Cabeças Ambientais:
Os puzzles apresentados na prévia foram relativamente simples, envolvendo ações como empurrar blocos ou utilizar cordas para acessar áreas bloqueadas. Embora essa seção tenha sido a menos empolgante entre as que jogamos, é provável que o nível de desafio aumente nas fases finais do produto.

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Exploração e Progressão:
Em uma das seções que testamos, o jogo já demonstrava um bom trabalho de integração entre combate, plataforma e exploração. Elementos típicos de jogos estilo metroidvania, como o backtracking e o mapa interligado, estão presentes. O sistema de mapa, inclusive, merece destaque por ser bem detalhado, embora o zoom seja quase obrigatório para evitar confusões visuais por causa da quantidade de informações mostradas de uma só vez.

Chefões e Referências:
Os encontros com chefes são um dos grandes destaques de Shadow Labyrinth. Tivemos a oportunidade de enfrentar dois durante o teste. Um deles traz uma releitura criativa de Pinky, um dos fantasmas clássicos que caçava o personagem icônico dos arcades. Já o outro foi inspirado diretamente em Splatterhouse, outra franquia da Bandai, prometendo que outros jogos da empresa também poderão servir de base para futuras batalhas contra chefes.

Cenários: Pós-Apocalipse, Sombras e Conexões com o Multiverso Bandai

O mundo de Shadow Labyrinth é tudo menos acolhedor. Com cenários devastados, ruínas tecnológicas e um clima opressivo, o jogo entrega uma ambientação que reforça o tom sombrio de sua proposta. Os ambientes são desenhados com atenção a detalhes que vão desde a arquitetura destruída até elementos visuais que remetem ao colapso de civilizações passadas.

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A atmosfera carrega mistério: personagens secundários surgem de forma pontual, fornecendo fragmentos de história e aprofundando o lore. Curiosamente, ao contrário do que se viu na animação promocional, o protagonista não fala. Toda a comunicação fica por conta de PUCK, que funciona como guia e consciência da dupla.

O fato de Shadow Labyrinth estar inserido no universo UGSF traz ainda mais camadas para os cenários. Pequenos detalhes visuais e diálogos deixam pistas de que aquele mundo compartilha elementos com outras séries da Bandai, criando uma conexão interessante para os fãs de longa data.

Impressões iniciais são positivas

Shadow Labyrinth é uma aposta ousada da Bandai Namco, que arrisca ao transformar um personagem tão conhecido em algo completamente novo e voltado para um público mais maduro. A mistura de gêneros, as mecânicas de combate e exploração, somadas a um visual carregado de identidade, indicam que o jogo tem grande potencial.

Ainda há pontos que precisam ser ajustados até o lançamento, como a física da movimentação e a complexidade dos puzzles, mas a base mostrada até aqui é sólida. Resta agora aguardar o dia 17 de julho, quando o título será lançado para PC, Xbox Series, PS5 e Nintendo Switch, para vermos se Shadow Labyrinth conseguirá consolidar esse novo capítulo na história de uma das franquias mais icônicas dos games.

Não darei notas, uma vez que está foi apenas uma preview limitada; a nota ficará para a review completa quando o título for disponíbilizado para nós.