John Woo é um dos maiores diretores autorais de filmes de ação de todos os tempos, onde ele consegue criar poesia através da violência e com muita câmera lenta. “The Killer” (1989), por exemplo, está na lista dos melhores filmes de ação da história, por ser trágico, poético e ao mesmo tempo imprevisível. Portanto, a refilmagem “The Killer” (2024) fica aquém do esperado, mesmo sendo rodado pelo próprio diretor, mas que corresponde com a perspectiva acomodada do público ocidental.
| Título: The Killer |
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| Ano de Produção: 2024 |
| Dirigido Por: John Woo |
| Estreia: 2024 |
| Duração: 2h 05min |
| Classificação: 16 anos |
| Gênero: Ação, Suspense |
| País de Origem: EUA |
| Sinopse: The Killer é uma adaptação da obra do cineasta chinês John Woo. A história gira em torno de Zee (Nathalie Emmanuel) é uma temida assassina profissional conhecida como “a Rainha dos Mortos”, mas quando ela se recusa a assassinar uma jovem cega (Diana Silvers), ela se vê caçada por colegas criminosos. Seu pequeno erro também atrai a atenção de um astuto investigador policial (Omar Sy), que pode ser um aliado útil. |
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NARRATIVA
A trama gira em em torno de Zee (Nathalie Emmanuel), uma temida assassina profissional conhecida como “a Rainha dos Mortos”, mas quando ela se recusa a assassinar uma jovem cega (Diana Silvers), ela se vê caçada por colegas criminosos. Seu pequeno erro também atrai a atenção de um astuto investigador policial (Omar Sy), que pode ser um aliado útil.
Antes de desembarcar nos EUA no início dos anos noventa John Woo já era um diretor de quilate na China, sendo que Jean-Claude Van Damme foi o responsável de traze-lo para ocidente a partir do filme “O Alvo” (1993). Mas em termos de liberdade criativa em solo americano ele somente teve no clássico “A Outra Face” (1997) que é apontado por muitos críticos como um dos melhores filmes de ação de todos os tempos. Porém, após “Missão Impossível 2” (2000) se percebe que o realizador não teria a sua liberdade criativa de forma plena e fazendo-o se retirar dos EUA.
Porém, sinto que “The Killer” é uma forma do realizador em dizer que ainda pode fazer um bom filme de ação que agrade a massa que está acostumada com o convencional e é exatamente assim que esse filme é. Embora seja uma refilmagem de um de seus maiores clássicos, o roteiro somente segue a premissa básica do original, mas ganhando contornos típicos de um filme de ação rotineiro e cujo vilão é canastrão ao máximo. Pelo visto, Sam Worthington nasceu somente para ser o mocinho dos filmes de “Avatar” de James Cameron, pois aqui o seu desempenho é medíocre para dizer o mínimo.
ATUAÇÕES CONVINCENTES
O filme se salva graças ao ótimo de desempenho de Nathalie Emmanuel e Omar Sy, sendo que a primeira constrói para sua personagem um ser que vive a todo momento com um conflito interno e fazendo ela tomar novos rumos no decorrer da trama. Já Omar Sy se sai bem como herói de ação, ao menos fora dos padrões que o cinemão somente prega e aqui ele consegue alcançar o tom certo. Ambos em cena se torna a força matriz como um todo e fazendo obter a nossa atenção até o final da trama.
VEREDITO
Infelizmente quando o ato final chega já temos uma noção de como a história terminará e não é porque se trata de uma refilmagem de um clássico, pois aqui o final toma um novo rumo. Se no filme de 1989 tudo termina em uma verdadeira tragédia grega, aqui a trama se encerra do modo mais convencional possível, o que pode desapontar e muito aqueles fãs da velha guarda de John Woo que esperavam um filme raiz e bem ao seu estilo. Ao meu ver, nem todos os cineastas autorais obtém o seu verdadeiro proposito.
“The Killer” é o filme mais convencional da carreira de John Woo e fazendo a gente ter uma saudade maior de quando ele fazia poesia com impressionantes cenas de ação.
Onde Assistir: Prime Vídeo
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