“Tubarão” (1975) é um verdadeiro clássico da história do cinema, mas que abriu uma porta para diversas imitações e que jamais chegaram ao mesmo patamar. “Piranha” (1978), por exemplo, foi talvez o único em obter certo reconhecimento, mesmo com um orçamento limitado, porém, com bastante criatividade para dizer o mínimo. Agora, em pleno século vinte um temos esse francês “Sob as Águas do Sena” (2024), que serve tanto de alerta ecológico como também uma diversão escapista.
Título: Sob as Águas do Sena |
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Ano de Produção: 2024 |
Dirigido Por: Xavier Gens |
Estreia: 05 de julho de 2024 |
Duração: 1h 44min |
Classificação: 14 anos |
Gênero: Ação, Suspense |
País de Origem: França |
Sinopse: No coração de Paris, no verão de 2024, pela primeira vez os parisienses irão sediar o anual Campeonato Mundial de Triatlo, uma famosa competição de natação no lendário rio Sena. Porém, os planos estão prestes a mudar quando a ativista ambiental Mika nota uma estranha agitação no rio. É com urgência que ela alerta a cientista Sophia (Bérénice Bejo) que um grande tubarão está nadando nas profundezas do rio Sena. Apesar de desacreditada, o terror se instaura, e a competição se torna uma luta pela sobrevivência. Para evitar um banho de sangue no coração da cidade, elas precisam se juntar ao chefe de polícia Adil. Em uma corrida contra o tempo, o trio precisa encontrar uma maneira de neutralizar o tubarão e garantir a segurança dos competidores e espectadores, enquanto enfrentam a incredulidade das autoridades e o pânico crescente entre os habitantes de Paris. |
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Narrativa
Dirigido por Xavier Gens, o filme é sobre a história de um campeonato de natação que irá acontecer pela primeira vez em Paris e no lendário rio Sena. Porém, os planos estão prestes a mudar quando a ativista ambiental Mika nota uma estranha agitação no rio. É com urgência que ela alerta a cientista Sophia (Bérénice Bejo) que um grande tubarão está nadando nas profundezas do rio Sena.
O filme começa de uma forma até bem interessante ao retratar o mar cheio de lixo, cujo plástico está matando diversos animais marinhos e pondo em risco até mesmo a vida dos seres humanos. Devido a esse peso em que se denuncia a poluição acelerada que ocorre nos mares do mundo, o filme ganha até mesmo contornos dramáticos, principalmente protagonizados pela atriz Bérénice Bejo que se entrega em um papel que poderia até mesmo soar ridículo, mas nos surpreendendo com ótimo desempenho.
Varios gêneros em um?
O problema do filme talvez seja justamente em não encontrar um tom certo como um todo, sendo que a produção transita para momentos dramáticos, pastelão, horror, e até mesmo através do gênero catástrofe. Se por um lado o filme lembra até mesmo a carnificina vista em “Piranha”, por outro, há sempre aquela crítica ácida com relação aos poderosos que querem somente obter algum lucro através do turismo e sem se importar com a possibilidade de um monstro se encontrar nas águas neste momento. A prefeita de Paris, por exemplo, é uma versão feminina do Prefeito ambicioso visto no clássico “Tubarão” e fazendo a gente ter uma noção do que irá acontecer em seguida.
O ato final nos reserva momentos até mesmo inesperados, com direito a muito efeito visual e cinema catástrofe que surge do nada na tela. O final deixa em aberto para uma possível sequência, mas da maneira como se encerra adianto que é até mesmo corajoso diga-se de passagem. Nada mal para um filme cuja a ideia é aparentemente boba, mas diverte em um final da noite de domingo.
Veredito
“Sob as Águas do Sena” é um filme B de primeira, do qual lhe diverte mesmo com os absurdos que surgem a todo momento na tela.