Shazam! Fúria dos Deuses | Confira nossa crítica

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E neste mar de incertezas e cancelamentos em que a DC tem nos guiado ultimamente, a continuação do herói Shazam, em seu segundo filme Shazam! Fúria dos Deuses, foi lançada nos cinemas. Numa mistura de humor, ação e relação familiar, o enredo teve um início interessante, porém acabou com uma trama fraca e um pouco maçante.

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Ficha Técnica
Título: Shazam! Fúria dos Deuses
Ano de Produção: 2023
Dirigido Por: David F. Sandberg
Estreia: 16 de Março de 2023
Duração: 130 minutos
Classificação: 12 anos
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia e Super-herói
País de Origem: Estados Unidos da América
Sinopse: Agraciado com os poderes dos deuses, Billy Batson e seus companheiros filhos adotivos ainda estão aprendendo a conciliar a vida adolescente com alter egos de super-heróis adultos. Mas quando as Filhas de Atlas, um trio vingativo de deusas antigas, chegam à Terra em busca da magia roubada deles há muito tempo, Billy – também conhecido como Shazam – e sua família são lançados em uma batalha por seus superpoderes, suas vidas e o destino de seu mundo.

 

Sobre a Trama: Shazam! Fúria dos Deuses

 

No primeiro filme do herói, o adolescente Billy Batson (Asher Angel/Zachary Levi) adquiriu poderes de deuses e os compartilhou com seus irmãos, o que os fez juntos, derrotar o mal que estava ameaçando a humanidade. Na continuação da trama, Billy está tentando manter seus irmãos unidos enquanto tentam equilibrar a vida normal em casa e na escola, com suas vidas de super-heróis, escondendo a identidade de todos, inclusive seus pais adotivos.

Como seus irmãos são apenas crianças e adolescentes (assim como o próprio Billy), praticamente nenhum deles está dando muita atenção a responsabilidade que eles têm nas mãos. Mas quando uma ameaça extremamente gigante bate de frente com eles, enfim percebem o quão importante é o trabalho em grupo e o amor com a família.

 

Relação Familiar

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Como agora tanto Billy como seus irmãos estão com superpoderes, é claro que o ponto forte do filme é justamente a relação entre eles. Relembrando, a família deles é composta por um casal que abrigou seis crianças órfãs de lugares diferentes, sem nenhum parentesco sanguíneo. O protagonista foi o último a ingressar a família, com muita relutância no começo devida a crença de que sua mãe legítima ainda estava viva e procurando por ele.

Esta não foi a primeira família adotiva de Billy, ele já havia fugido de algumas outras justamente pela procura da mãe. Mas com o desfecho apresentado no primeiro filme, o garoto aceita a nova família e se apega muito, sendo daí de onde vem certa ansiedade dele em manter os irmãos unidos e próximos a ele. Como dito no próprio filme, Billy acaba sufocando os irmãos pelo medo de perdê-los e embora isso venha de um trauma profundo, é muito legal como abordam toda a relação e amadurecimento deles.

Aqui temos um exemplo mais que perfeito que para ser uma família, não é necessário ter o mesmo sangue. E essa mensagem o filme consegue transmitir com excelência, de forma bem fofa e realista. Acho que o grupo unido acaba entregando as melhores cenas em questão de profundidade e mensagem social.

Irmãos Superpoderosos

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Apesar das intriguinhas pessoais entre os irmãos, eles se dão muito bem e é evidente o amor que um tem pelo outro. A coisa toda parece sincronizada, isso é… Até quando o grupo se envolve em uma situação que deveria ser de salvamento. Eles conseguem resgatar as pessoas, mas todo o resto é destruído. O filme mostra que como são apenas jovens com superpoderes, eles são extremamente imaturos, o que leva a falta de um bom planejamento e organização gerarem catástrofes. E com isso, pela sociedade eles são vistos mais como um incômodo do que como heróis.

Mas indiferente de aparecerem como uma simples família ou como uma equipe com superpoderes durante o decorrer do filme, têm cenas bem legais quando todos estão envolvidos.

O Trio de Deusas

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Quando as irmãs com milênios de anos aparecem já pela primeira vez na trama, fica mais que óbvio que a ameaça agora atingiu outro patamar. As atrizes Rachel Zegler (Anthea/ Anne), Lucy Liu (Kalypso) e Helen Mirren (Hespera) arrepiaram nos papeis, fazendo o trio puxar toda a atenção para elas quando estão em cena.

O poder delas é imenso o que nos permite ter boas cenas de ação com efeitos bem legais. Porém, o desfecho que dão a elas depois de certa altura não é legal… Elas se mostram tão “as tais”, mas no final a reviravolta que dá fica um pouco estranha, além de previsível desde o início.

Ação

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Os salvamentos dos irmãos pela cidade e as lutas envolvendo a família e o trio de deusas, foram bem bacanas. Apesar de ter e muito as piadinhas constantes, já sabemos que esta é a fórmula do filme e vamos ao cinema esperando por isso, até porque mesmo os atores sendo adultos, não podemos esquecer que é uma criança ali dentro.

Porém, ainda assim, o filme apresenta algumas cenas bem bacanas de destruição e luta. Mas acho que poderiam ter aproveitado um pouquinho mais os poderes deles. Volto para o ponto de que sim, são crianças ali dentro, podem não ser muito criativos e espertos em combate, mas poderiam ter dado uma aprofundada em alguns poderes e batalhas.

Gráficos

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No geral, o filme entregou um bom resultado. As cenas de ação e magia durante o desenrolar do filme, foram muito bem feitas e ficaram bonitas de assistir.

MAS: mais para o final do filme, onde vemos uma horda de monstros atacando, tiveram momentos que eles pareciam bem toscos. Houveram tantas cenas com gráficos ótimos para ali parecerem que tiveram preguiça de melhorar ou faltou dinheiro mesmo. Ficou feinho.

Participação Especial…

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A maioria das pessoas certamente soube já de início que haveria uma participação mais que especial de um dos heróis veteranos da DC. Caso não saiba e ainda queira tentar a surpresa, não mencionarei quem é, mas digo isso: nada a ver (risos).

Sim, teve um contextinho para o personagem aparecer, mas definitivamente não precisava. Não desse jeito sem graça. E foi só para uma cena mesmo, do nada brotou ali, resolveu e foi embora mais rápido do que chegou. Claro que vale a “nostalgia”, se é que já podemos classificar assim. Ainda mais nesses tempos conturbados da DC onde não temos certeza de mais nada.

Mas não muda o fato de que a participação foi bem “meh” mesmo. Parece que o ator estava passando no corredor e chamaram só para aproveitar a presença.

Cenas Pós-Créditos: Shazam! Fúria dos Deuses

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Para os que não querem perder nada: O FILME POSSUI DUAS CENAS PÓS-CRÉDITOS.

E como a maioria dessas cenas, ambas possuem um baita engate para continuação do herói nos cinemas. Uma delas oferecendo um novo futuro ao Shazam e a outra, mostrando que o passado dele ainda está o esperando para uma revanche, assim por dizer.

Vai ou Racha?

O longa infelizmente não está recebendo um retorno muito bom nos cinemas e com o James Gunn brincando de “tiro ao alvo” em cima do que ele bem entende, essa falta de retorno é bem justificável. Para que ir gastar seu suado dinheirinho indo no cinema assistir a um filme sabendo que provavelmente ele não terá continuação? E que sim, teria um engate para o futuro do personagem apenas para nos gerar uma curiosidade que pode nunca ser sanada? Eles exigem demais de nós enquanto só nos dão mais dúvidas e incertezas em cima de tudo isso.

Eu razoavelmente gostei do primeiro filme e apenas isso me levou a retornar ao cinema ver o personagem outra vez. Sabia que a chance de engate no final era gigante e que maior ainda seria a chance de não dar em nada. E isso tudo quase já se concretizou já que SIM, ÓBVIO que temos um baita fio solto para ser continuado. É um herói legal, os atores são muito bons, mas é a DC fazendo “DCzisse” como sempre: deixando um pé lá e outro aqui, nem vai e nem racha.

Se eles não sabem o que querem e deixam isso óbvio para todos, como cobram tanto um retorno nosso? É difícil (ou impossível talvez) se empolgar com um filme que você sabe que a chance de continuação é minúscula com essa nova “repaginada” no mundo DC.

Conclusão: Shazam! Fúria dos Deuses

Resumindo, o enredo começou interessante e num todo tinha chance de ser um ótimo filme. Quem for ver Shazam esperando filme sério, já está errado, afinal, ele é sim mais descontraído. Desde o primeiro, onde houve até mesmo um certo exagero nisso, ficou bem óbvia a proposta. E aí está um ponto legal disso tudo: os personagens têm crescimento. E sabe o que é mais bacana? Eles crescem de uma forma literalmente HUMANA. Eles têm problemas comuns como nós temos, tanto na escola, no trabalho e assuntos familiares. A DC soube ter um bom início de abordagem nisso no primeiro filme e nesse segundo, soube fazer ainda melhor. Eu gosto de tramas assim, que de certa forma se aproximam de nós.

MAS, ainda assim é complicadinho dar um veredicto. Para quem gosta do personagem e quem curte heróis sem muito compromisso, é claro que vale a pena dar uma conferida. Tem efeitos legais, os atores mandam muito bem e no geral, para quem não sabe muito o que está acontecendo ali dentro e principalmente aqui fora, pode se aventurar tranquilamente.

Porém, serei sincera, para mim tiveram momentos da metade do filme em diante que a trama parecia maçante. Apesar de cenas legais e alguns pontos positivos, a trama não me prendeu como deveria e isso me fez querer que apenas terminasse logo. PORÉM, recentemente encarei coisa bem “pior” (Oi, Homem-Formiga 3, tudo bem?), que em comparação faz Shazam ser ilustríssimo do início ao fim. Acho que para os amantes dos filmes de super heróis assim como eu, possa correr a mesma sensação, afinal, o velho reconhecimento da fórmula desgastada e repetida dos longas de heróis junto com a vibe (ou falta dela no caso) que a DC está dispersando por aí, pode acabar transformando o resultado em algo um pouco chato e sem graça.

Para os fãs vidrados neste mundo todo de superpoderes assim como eu, acho que um bom conselho seria: tem chance de esperar para assistir em casa? Então talvez devesse fazer isso… Talvez estando no seu próprio sofá para se esquecer dos riscos de Shazam nunca mais voltar ou apenas para poder assistir ao filme “parcelado”, acho que seria uma opção melhor para quem ainda quiser se aventurar.

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