Bardock – Alone Against Fate | Confira nossa review

Bardock - Alone Against Fate

Uma oportunidade de mudar o destino do Planeta Vegeta, o destino de Kakarotto, e obviamente, o SEU DESTINO!

Ficha Técnica
Desenvolvido por: CyberConnect2, BANDAI NAMCO Entertainment
Publicado por: BANDAI NAMCO Entertainment, BANDAI NAMCO Entertainment America
Gênero: RPG, luta, battle arena
Série: Dragon Ball
Lançamento: 13 de janeiro de 2023
Classificação indicativa: 12 anos
Modos: Singleplayer
Disponível para: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S, Nintendo Switch e PC

 

DRAGON BALL ZKAKAROT – BARDOCKAlone Against Fate (Sozinho Contra o Destino) trata-se da 4ª DLC de história, a primeira do segundo passe de temporada, de Dragon Ball Z Kakarot. A nossa review do game base, com os aspectos gerais do game, você pode conferir aqui.

A História do Pai de Goku

Em 17 de outubro de 1990, quando os guerreiros Z ainda enfrentavam as Forças Especiais Ginyu, no anime de Dragon Ball Z, era lançado no Japão o especial de TV “Dragon Ball Z: Uma Batalha Final Solitária – O Pai do Guerreiro Z Son Goku, que desafiou Freeza”. Uma animação que contava a história do pai de Goku, lançada no Brasil para home video e TV como “Dragon Ball Z – O Pai de Goku”. De maneira inesperada, a Bandai Namco decidiu lançar então, um segundo season pass (passe de temporada) para DBZ Kakarot, com mais 3 episódios de histórias, lançados gradualmente, sendo o primeiro deles focado justamente na história desse especial de TV.

Bardock, ao centro, e seu bando, se preparam para invadir a Vila Oculta da Folha, em busca do bijuu de 9 caudas… péra…

O enredo da DLC foca-se na história de Bardock e seu bando de saiyajins, seres  de uma raça guerreira conquistadora de planetas, subordinada ao tirano imperador galático Freeza. Bardock, cujo filho acaba de nascer, não se importa com nada além de lutar e descansar. O descaso com seu filho, explora a complexa relação entre Bardock e o recém-nascido Kakarotto, futuro terráqueo Son Goku. Analogamente a muitos pais asiáticos, Bardock inicialmente demonstra distância, desinteresse e frieza (não confundir com o vilão do game), se sentindo desapontado e até enojado com o baixo nível de poder de seu filho Goku no nascimento, em relação aos demais de sua raça, e tende a negligenciá-lo. No entanto, quando Bardock enfrenta uma morte iminente nas mãos de seu empregador, Freeza, ele acaba tendo uma visão do futuro potencial de Goku, percebendo assim a força e a promessa que é seu filho. Não apenas para sua raça, mas para todo o universo!

Originalidade

Este conteúdo adicional, oferece a oportunidade de pela primeira vez explorar certos ambientes, ainda não explorados com tamanho detalhamento, em um game de Dragon Ball, como o planeta dos saiyajins e o planeta Kanassan. Nos dois cenários, são apresentados bem mais do que o visto na animação, como sequências inéditas inexistentes no material fonte, interações inéditas entre Bardock e seu bando e entre outros personagens como Nappa e o ainda criança Príncipe Vegeta, sem tirar nada do material original, o que acaba sendo um ótimo fanservice para os amantes da franquia que gostam dessas adições ao lore. No entanto, alguns segmentos da história, a exemplo do game base, acabam tendo que ser modificados em favor de mais gameplay.

Pela primeira vez em um game da franquia, explore livremente o planeta dos saiyajins.

A cereja do topo do bolo fica sendo a grande surpresa da possibilidade de se controlar o jovem Príncipe Vegeta, com seus poucos 5 anos de idade, ao se concluir o game, mostrando os acontecimentos do filme sob sua ótica, com segmentos inéditos até então, exclusivos do game.

O jovem Príncipe Vegeta of Bel-Air, badass aos 5, se preparando para mandar um Galick Ho na fuça de quem for boicotar Hogwarts Legacy.

Cumpre o propósito, mas podia ser melhor ainda

Apesar de a DLC manter-se bastante fiel ao seu material de origem e oferecer uma visão mais aprofundada da história de fundo do pai de Goku, acaba ficando um pouco aquém em termos de jogabilidade, oferecendo na maioria das vezes combates contra hordas e hordas de inimigos, beirando quase um game do gênero musou, com um desafio quase inexistente. O combate, ao assumir o controle de Bardock, torna-se mais agressivo, com um conjunto de movimentos rápidos e poderosos. Nos combates com os chefes, no entanto, caso o jogador não se atente o suficiente, pode sofrer uma derrota súbita.

Prepare-se para ser lembrado como o vilão que extinguiu raças inteiras de aliens, apenas por 2 horas de diversão após o trabalho.

O conteúdo também não oferece nenhuma mudança revigorante em relação aos minigames encontrados no jogo principal. A pesca do game base ainda está presente, mas aqui os jogadores também podem se envolver em atividades mais destrutivas, como explodir cidades e montanhas para coletar orbes e recursos, conforme se encaixa na narrativa. As 7 missões secundárias, apesar de serem suficientes para um conteúdo de 2 horas, falham em não dar profundidade suficiente à relação de Bardock e os demais membros de sua equipe, algo que podia ser melhor explorado.

Demais aspectos técnicos

Assim como o game base, a trilha sonora é composta tanto por músicas originais, como por músicas do próprio anime e do especial de TV, o que significa que nos combates mais emocionantes você definitivamente ouvirá o tema de Bardock, Solid State Scouter! A parte visual também não deixa nada a dever ao game base e apresenta ambientes variados para um conteúdo tão condensado, como áreas urbanas, vilas, matas, lagos e desertos, todos retratados em harmonia com o restante dos elementos gráficos e efeitos de iluminação, com sua própria originalidade, sem ficar tão na cara como algo reciclado do game base direto para cá.

Bardock – Alone Against Fate: Vale a pena?

Baseado em um material de mais de 30 anos, ao oferecer uma ambientação ainda pouco explorada na franquia, o conteúdo adicional brilha pela originalidade, ainda mais por proporcionar uma das poucas, e primeiras, oportunidades de se controlar também o pequeno Príncipe Vegeta. Com uma duração relativamente curta, o produto oferece apenas poucas horas de jogo, ficando um gostinho de que mais poderia ser feito para aprofundar as histórias secundárias dos personagens, atualizar os elementos da jogabilidade, apresentar mais detalhes sobre os planetas ou ao menos oferecer ainda mais histórias. Ainda assim, é um produto que não deve em nada à qualidade do game base e é recomendado a todos que experimentaram Dragon Ball Z Kakarot, seja fã da franquia ou não.

Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PlayStation 4/5 pela Bandai Namco para a elaboração desta análise.

Depois de tudo o que passamos juntos. De tudo o que eu fiz. Não pode ser em vão. Permaneça conosco.